Brincadeira ecológica vira mania nas escolas

Pet in bol utiliza material reciclável: garrafa pet e cabo de vassoura

Por Antonio Cassimiro | 12/11/2008

Uma nova e ecológica modalidade esportiva está surgindo em Praia Grande e reúne elementos que podem ser produzidos em casa, a partir de garrafas plásticas e cabos de vassoura. O pet in bol é uma criação do inspetor de alunos Reginaldo Cesário dos Santos, que teve a idéia durante recreação com crianças. Agora a brincadeira já é praticada por times de jovens, de adultos e da terceira idade. Devido ao sucesso do invento, o autor levou o jogo da quadra para a praia e até para campos de futebol.

Segundo Santos, tudo começou em junho deste ano, no pátio da Escola Municipal Estina Campi Baptista, no Canto do Forte, durante atividade com produtos recicláveis. “Uma das crianças pisou numa garrafa plástica de refrigerante, então, recortei a parte amassada, encaixei um pedaço de cabo de vassoura, coloquei uma bolinha de tênis dentro e fiquei jogando para o alto. As crianças viram e me pediram para fazer mais. De repente, todos quiseram e decidi inventar o jogo”, disse.

Patenteada como rapete, a garrafa cortada serve para encaixar a bola de tênis (como uma luva de beisebol), sendo usada também para arremessá-la para o alto. O pet in bol tem regra parecida com o vôlei e pode ser jogado em quadra, campo ou na praia. Separado por rede, cada lado pode ter de dois a seis jogadores. O objetivo da modalidade é passar a bola sem deixá-la cair. A bolinha não pode ficar com o jogador mais que cinco segundos e deve ser repassada para os integrantes do time três vezes, no máximo. A partida é de ponto corrido, com três sets de 21 pontos.

A novidade está ganhando adeptos e duas competições já foram realizadas em Praia Grande, chamando a atenção de curiosos. Atualmente, cerca de cem pessoas praticam a modalidade na Cidade. “É um jogo fácil e muito divertido. Qualquer pessoa pode produzir os acessórios, montados com garrafas pets e cabos de vassoura, objetos muitas vezes encontrados nas ruas ou no lixo”, destacou Santos. O funcionário público passou a treinar equipes todas as semanas, na orla da praia do Município e de São Vicente.

O objetivo agora é registrar o jogo como modalidade esportiva, providência adotada por Santos, mas que enfrenta obstáculos criados por exigências burocráticas do órgão expedidor de patentes, no Rio de Janeiro. O inspetor de alunos sonha em ver o esporte nas ruas de todo o País. “Espero que ganhe grande dimensão, como aconteceu com o biribol, criado por um professor de Birigui, no interior de São Paulo. O pet in bol tem tudo para se transformar numa grande modalidade e até ser exportado para outros países”, completou Santos.

O inspetor de alunos trabalha na Estina Campi Batista, na Rua Xixová, 1.110, Canto do Forte, telefone 3496-5313. Às segundas e terças-feiras, após o expediente de trabalho, ele treina equipes na praia do Boqueirão. Aos sábados e domingos, pela manhã, o treinamento ocorre na Biquinha, em São Vicente, e, à noite, na Ocian, em Praia Grande.