Ação e Cidadania estreita laço com terceiro setor

Cidade foi dividida em cinco zonas para diagnosticar necessidades das comunidades

Por Daniel Elias | 3/3/2009

Foto Indisponivel

Estreitar os laços entre a Administração Municipal e as mais de 110 entidades representativas de comunidades, como associações de bairros, organizações não governamentais, times de futebol e grupos religiosos existentes em Praia Grande. Esta é uma das metas da equipe Coordenadoria de Ação e Cidadania da Prefeitura de Praia Grande, que tem como responsável pelo gerenciamento dos trabalhos Elpídio Gualberto de Oliveira.

A Coordenadoria atua junto do terceiro setor, que é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com as dificuldades do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições, então chamadas terceiro setor.

“Muitas vezes, estas instituições não são percebidas pela população. Entretanto, esses grupos agem perante a sociedade, de forma organizada e brigando pelo seu espaço”, explicou Oliveira, também conhecido como professor Beto. “Para isso atendemos os responsáveis dessas entidades aqui na nossa sala e, quando os representantes desses grupos não podem vir aqui, vamos até eles para auxiliar no que for preciso”.

Segundo o coordenador, a equipe tem visitado os bairros para ver as necessidades da sociedade. “Nossa intenção é de conversar não só com os presidentes de associações, mas também com as lideranças do bairro. Por exemplo, o jornaleiro pode ser um representante da comunidade. Quantas pessoas param lá para conversar com ele? A mesma coisa o barbeiro, a cabeleireira. Passa na padaria e fica lá cinco minutos, que o dono já conta um monte de coisas para você”, completou.

Para o professor Beto, a importância desse trabalho é dar voz a essas entidades, que muitas vezes colaboram com o governo. “Não há como os agentes políticos estarem direto nos bairros para verem as necessidades da comunidade e enxergar o todo, dizendo o que está certo ou errado. Neste caso, são esses grupos do terceiro setor e as lideranças de bairro, que podem auxiliar a Administração Pública a governar a Cidade”.

Com o intuito de melhor definir quais as necessidades das comunidades, a Coordenadoria de Ação e Cidadania dividiu a Cidade em cinco zonas. “Com isso, podemos adotar a mesma linguagem em cada setor. Não adianta fazer uma reunião para discutir problemas e soluções, juntando representantes de entidades dos bairros Vila Sônia e Caiçara, por exemplo. Ambos vivem na mesma Cidade, porém as necessidades de cada um são muito diferentes”, ressaltou Oliveira. “Não quer dizer que em determinados momentos não faremos um grande encontro, até por que esse evento ocorrerá”.

Atualmente, a Coordenadoria de Ação e Cidadania atende 32 associações de bairro e 82 organizações não governamentais. Além dessas, outras 85 entidades estão em fase de cadastramento no setor e serão assistidas pela equipe.