Educador utiliza jogos virtuais para ensinar Matemática
Informática torna as aulas mais fáceis e divertidas, estimulando o aprendizado
Por Priscila Sellis | 21/5/2010

Considerada por muitos uma matéria difícil e complicada, a Matemática vira uma diversão nas aulas do professor Guilherme Mendes, que atua na rede municipal de Praia Grande, nas escolas Roberto Shoji (para Educação de Jovens e Adultos – EJA) e Isabel Figueroa Bréfere (para Ensino Fundamental). Ele utiliza a informática para tornar as aulas atrativas e eficientes. Seus alunos aprendem equações, expressões numéricas, estatística, plano cartesiano e muitos outros tópicos matemáticos através de jogos virtuais. Os recursos estão disponíveis em seu blog, que foi criado com o objetivo de ensinar Matemática e Física de forma fácil e divertida.
Depois de explicar a matéria na teoria e dar alguns exercícios em sala de aula, o professor leva os alunos para o laboratório de informática, onde a diversão dos jogos ajuda na assimilação e fixação dos conteúdos, além de despertar o interesse dos estudantes. “Nós temos nas escolas municipais laboratórios de informática muito bem equipados e com monitor para dar apoio; além disso, a internet dispõe de uma imensidão de aplicativos”, diz o professor, completando: “Com tudo isso, por que não aproveitar os recursos da informática para tornar as aulas mais dinâmicas e atraentes?”
Ele conta, por exemplo, que os alunos da EJA, da escola Roberto Shoji, aprenderam Plano Cartesiano, jogando Batalha Naval no computador. “Desta forma, eles saem do abstrato e passam a utilizar os conceitos na prática. Na Batalha Naval, eles precisam calcular as coordenadas dos navios, a distância de um para o outro e vários detalhes. No passo a passo do jogo, são obrigados a fazer os cálculos e aprendem brincando, sem perceber que, na verdade, estão fazendo exercícios matemáticos”, detalha Guilherme. No caso da EJA, o desafio de utilizar a informática é ainda maior porque muitos alunos não estão habituados a usar computador. “Alguns não sabem nem pegar o mouse, mas eu insisto com muita paciência e, depois que aprendem, não querem largar o computador nem para o recreio”.
Mas antes de partir para os jogos que desenvolvem o raciocínio lógico, o professor relaciona o tópico matemático ao cotidiano dos estudantes. “Mostro que eles não estão simplesmente aprendendo por aprender, mas que utilizarão esses conceitos em sua vida. Para ensinar cálculos de juros, por exemplo, utilizo uma situação de compra de roupas. No caso dos alunos da EJA, busco saber qual a profissão deles e relacionar a matemática ao seu dia a dia”, explica, prosseguindo: “O resultado do aprendizado é bem melhor, pois não se trata daquela matéria chata que a pessoa aprende sem sabe onde vai utilizar”.
Os alunos aprovam: “Pra quem trabalha o dia todo, como eu, é ótimo ter uma aula assim à noite, onde você aprende se divertindo. Além disso, a utilização da informática ajuda a abrir nossa mente”, diz o mestre de obras Nelson Moreira dos Santos, de 41 anos, aluno do 1º ano do Ensino Médio, da EJA. “Gostei de aprender pelo computador. É bem mais legal do que ficar sentado na sala de aula, olhando pra lousa”, afirma a dona de casa Lurdes Aparecida da Silva dos Santos, 45 anos, da mesma classe. “Pelo blog dele, consegui tirar as dúvidas sobre um exercício onde estava com dificuldades”, diz a estudante Rosana Santana, de 16 anos, também da EJA.
A Assistente Técnico Pedagógica, Rosângela Maniçoba, ressalta que o método utilizado por Guilherme tem dado ótimos resultados. “Sua técnica leva à aprendizagem significativa. Além disso, traz muita motivação para os estudantes, principalmente os da EJA, que se sentem mais capazes ao perceber que podem aprender através de novas tecnologias”. A diretora da escola Roberto Shoji, Andréa Sodré, concorda: “Ele realiza um trabalho admirável. Até eu fiquei adorando matemática ao assistir sua aula. E a escola ficou muito contente por ser incluída em seu blog”.
Blog – Com média de 400 acessos por dia, o blog do professor Guilherme (www.professorguilherme.net) possui aulas teóricas e práticas, montadas por ele próprio, “Estão completas e prontas para qualquer pessoa acessar”, diz o professor, que criou a ferramenta há cerca de dois anos. Para os alunos, é uma vantagem a mais, já que podem tirar dúvidas de qualquer lugar onde estejam ou pegar os tópicos que perderam, devido a alguma ausência em sala de aula.
“Acredito que a tecnologia veio pra facilitar o dia a dia do professor, que passa a exercer um papel de estimulador do conhecimento, aguçando a curiosidade do aluno”, afirma Guilherme, que pretende fazer mestrado na área de Educação, no próximo ano. “Tenho prazer em ensinar e acredito que o aluno percebe quando o professor tem paixão pelo que faz, ficando mais interessado e motivado a aprender”.
Depois de explicar a matéria na teoria e dar alguns exercícios em sala de aula, o professor leva os alunos para o laboratório de informática, onde a diversão dos jogos ajuda na assimilação e fixação dos conteúdos, além de despertar o interesse dos estudantes. “Nós temos nas escolas municipais laboratórios de informática muito bem equipados e com monitor para dar apoio; além disso, a internet dispõe de uma imensidão de aplicativos”, diz o professor, completando: “Com tudo isso, por que não aproveitar os recursos da informática para tornar as aulas mais dinâmicas e atraentes?”
Ele conta, por exemplo, que os alunos da EJA, da escola Roberto Shoji, aprenderam Plano Cartesiano, jogando Batalha Naval no computador. “Desta forma, eles saem do abstrato e passam a utilizar os conceitos na prática. Na Batalha Naval, eles precisam calcular as coordenadas dos navios, a distância de um para o outro e vários detalhes. No passo a passo do jogo, são obrigados a fazer os cálculos e aprendem brincando, sem perceber que, na verdade, estão fazendo exercícios matemáticos”, detalha Guilherme. No caso da EJA, o desafio de utilizar a informática é ainda maior porque muitos alunos não estão habituados a usar computador. “Alguns não sabem nem pegar o mouse, mas eu insisto com muita paciência e, depois que aprendem, não querem largar o computador nem para o recreio”.
Mas antes de partir para os jogos que desenvolvem o raciocínio lógico, o professor relaciona o tópico matemático ao cotidiano dos estudantes. “Mostro que eles não estão simplesmente aprendendo por aprender, mas que utilizarão esses conceitos em sua vida. Para ensinar cálculos de juros, por exemplo, utilizo uma situação de compra de roupas. No caso dos alunos da EJA, busco saber qual a profissão deles e relacionar a matemática ao seu dia a dia”, explica, prosseguindo: “O resultado do aprendizado é bem melhor, pois não se trata daquela matéria chata que a pessoa aprende sem sabe onde vai utilizar”.
Os alunos aprovam: “Pra quem trabalha o dia todo, como eu, é ótimo ter uma aula assim à noite, onde você aprende se divertindo. Além disso, a utilização da informática ajuda a abrir nossa mente”, diz o mestre de obras Nelson Moreira dos Santos, de 41 anos, aluno do 1º ano do Ensino Médio, da EJA. “Gostei de aprender pelo computador. É bem mais legal do que ficar sentado na sala de aula, olhando pra lousa”, afirma a dona de casa Lurdes Aparecida da Silva dos Santos, 45 anos, da mesma classe. “Pelo blog dele, consegui tirar as dúvidas sobre um exercício onde estava com dificuldades”, diz a estudante Rosana Santana, de 16 anos, também da EJA.
A Assistente Técnico Pedagógica, Rosângela Maniçoba, ressalta que o método utilizado por Guilherme tem dado ótimos resultados. “Sua técnica leva à aprendizagem significativa. Além disso, traz muita motivação para os estudantes, principalmente os da EJA, que se sentem mais capazes ao perceber que podem aprender através de novas tecnologias”. A diretora da escola Roberto Shoji, Andréa Sodré, concorda: “Ele realiza um trabalho admirável. Até eu fiquei adorando matemática ao assistir sua aula. E a escola ficou muito contente por ser incluída em seu blog”.
Blog – Com média de 400 acessos por dia, o blog do professor Guilherme (www.professorguilherme.net) possui aulas teóricas e práticas, montadas por ele próprio, “Estão completas e prontas para qualquer pessoa acessar”, diz o professor, que criou a ferramenta há cerca de dois anos. Para os alunos, é uma vantagem a mais, já que podem tirar dúvidas de qualquer lugar onde estejam ou pegar os tópicos que perderam, devido a alguma ausência em sala de aula.
“Acredito que a tecnologia veio pra facilitar o dia a dia do professor, que passa a exercer um papel de estimulador do conhecimento, aguçando a curiosidade do aluno”, afirma Guilherme, que pretende fazer mestrado na área de Educação, no próximo ano. “Tenho prazer em ensinar e acredito que o aluno percebe quando o professor tem paixão pelo que faz, ficando mais interessado e motivado a aprender”.