Dia mundial de combate ao fumo é marcado por ciclo de palestras

Por Antonio Cassimiro | 28/5/2004

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O Dia Mundial sem Tabaco, a ser lembrado segunda-feira (dia 31), será marcado por várias palestras nas unidades de saúde de Praia Grande. Serão abordados aspectos preocupantes da droga, que apesar de ser legal, é responsável por cerca de 50 diferentes enfermidades e pela morte de 5 milhões de pessoas por ano no mundo. As atividades começam às 10 horas, que incluirão distribuição de folders e divulgação de estatísticas.
Os palestrantes, enfermeiros da Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande (Sesap), pretendem atingir não somente fumantes como parentes e amigos de viciados. Entre os dados alarmantes a serem divulgados estão estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que estimou o registro de mais de 400 mil casos da doença, anualmente no Brasil, causados pelo cigarro. Destes, pelo menos 200 mil fumantes morrem no País por ano em decorrência do tabagismo.
Conforme o instituto, dos principais tipos de câncer em geral, 30% têm o tabagismo como causa principal ou importante fator de risco. O Dia Mundial sem Tabaco foi criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que calcula que a partir de 2020, a epidemia tabagística será responsável por 10 milhões de mortes por ano, das quais 70% em países em desenvolvimento. O órgão luta pelo banimento ou restrição a propaganda, introdução de novos alertas de saúde contra os termos “suave” e “light” nos cigarros, adoção de medidas mais duras contra o contrabando de cigarro, proteção ao “fumante passivo” e responsabilidade do fabricante pelas conseqüências da produção e comercialização do fumo.
FUMANTE PASSIVO – As palestras abordarão também a questão do fumente passivo, que o INCA, em sua página eletrônica (inca.gov.br), classifica de vítima da poluição tabagística ambiental (PTA). Segundo a OMS, a fumaça que sai dos derivados do tabaco é mais prejudicial em ambientes fechados. O tabagismo passivo seria a terceira maior causa de morte evitável no mundo, depois do tabagismo ativo e ao consumo de álcool.
Outras informações sobre o fumante passivo diz respeito ao ar “tragado”, que conteria, “em média, três vezes mais nicotina, três vezes mais monóxido de carbono e até cinqüenta vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca fumante através do filtro do cigarro”.