Ao som de chorinho, alunos da Escola Anahy Navarro Trovão celebram Dia das Mães

Jovens e adultos deficientes fizeram apresentação de dança

Por Paola Vieira | 9/6/2014

Nostalgia e emoção tomaram conta da Noite Cultural, promovida pela Escola Municipal de Educação Especial Anahy Navarro Trovão, na noite deste domingo (8). A festa em homenagem ao Dia das Mães contou com apresentação musical dos alunos do Porto das Artes, de dança dos alunos da unidade e show do grupo musical Simonian.

Foram convidados para o evento, além dos pais dos alunos da E.M Anahy Navarro Trovão, familiares de alunos e assistidos da Escola Municipal de Educação Especial Sérgio Vieira de Melo, do Centro Socioterapêutico Antônio Tavares Santana, do Lar São Francisco Assis e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Praia Grande (APAE-PG).

De acordo com a diretora da E.M Anahy Navarro Trovão, Maria Aparecida dos Santos, eventos deste tipo ajudam no desenvolvimento social dos alunos. “Esta é uma noite nostálgica, só de chorinho. É uma forma, fora da data, de homenagear as mães. Procuramos nestes momentos unir as famílias. Muitos alunos não têm a possibilidade de participar de festas ou ir a shows e esse evento também promove a interação social e isso aumenta a autoestima deles”.

Aluno da E.M Anahy Navarro Trovão, Cleyton dos Santos, estava vestido a caráter e ansioso para dançar para sua mãe. “Estou elegante e vou dançar para ela. Sou um ótimo bailarino. Minha mãe está bem ansiosa para me ver dançar”, disse.

Mãe de Cleyton, Aparecida Moraes, explicou que as atividades da unidade de ensino ajudam no desenvolvimento motor e psicossocial do jovem, que frequenta a escola especial desde 1996. “Ele faz diversas atividades nesta escola e isso ajuda muito no desenvolvimento dele. Ele é um jovem muito carinhoso”.

Uma das mães homenageadas foi Cleusa Ribeiro dos Santos, que além de ter dois filhos biológicos (um falecido), ainda adotou mais 12 crianças e jovens, entre eles Felipe Santos Nascimento, de 9 anos, que tem paralisia cerebral. “Adotei seis irmãos, um deles é o Felipe. Depois adotei mais dois irmãos e, em seguida, mais um menino que hoje está com 12 anos. Em janeiro deste ano adotei uma menina de 17 que tem uma filha de 2 anos e serei avó. Não escolhi o Felipe, foi ele que me escolheu. Nunca me imaginei com uma criança especial e, de repente, o sorriso dele me iluminava. Para mim, ele é o melhor filho, me mostra a alegria da vida”.

Unidades - Praia Grande contrariou determinação do Governo Federal (que não autoriza mais que sejam incluídas em despesas da Educação as escolas especiais, obrigando todos, independentemente do tipo de deficiência, a serem incluídos na rede regular de ensino): o Município mantém com recursos próprios duas unidades escolares especiais: a Anahy Navarro Trovão, com 102 alunos e a Sérgio Vieira de Mello, com 103 alunos.

No ensino de inclusão, todas as Unidades Escolares possuem alunos com Deficiência (inclusão) da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA). São 724 alunos inclusos nas 64 Unidades Escolares.

O Centro Socioterapêutico Antônio Tavares Santana conta com 33 profissionais e desenvolve ações que buscam inserir os pacientes na sociedade, respeitando suas limitações e investindo em seus potenciais.

O equipamento possui uma equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e assistente social) que presta atendimento em grupo e individual a um público de cerca de 70 pacientes.

A Administração Municipal oferece a APAE, entidade pessoa jurídica de direito privado, de caráter assistencial e sem fins lucrativos, subvenção anual no valor de R$ 60 mil (de acordo com a Lei nº 1562 de 20 de junho de 2011). A unidade ainda foi contemplada com valor global de R$ 200 mil, através de convênio que prevê o fornecimento de materiais de consumo de diversas espécies como gêneros alimentícios, escritório, higiene, pedagógico, agasalhos, entre outros. A APAE atende 80 pessoas com deficiência e conta com profissionais na área de fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, assistência social e psicologia.

Já o Lar São Francisco de Assis atende cerca de 60 idosos, sem assistência familiar ou acamados, acima dos 80 anos. No local, os idosos recebem cuidados médicos básicos, medicamentos de uso contínuo e moram no local.

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