Terceira etapa da Via Expressa será entregue até dia 19 deste mês
Trecho Boqueirão-Aviação ganhou pista dupla e nove passagens, além de defensas de aço laterais. Vegetação existente foi, ao máximo, preservada
Por João Carlos Miranda | 12/1/2006

Até o próximo dia 19 será inaugurada a terceira etapa (Boqueirão-Aviação) da Via Expressa Sul de Praia Grande, uma das obras mais modernas do sistema viário da Baixada. A entrega da obra faz parte das comemorações do aniversário da Cidade, que dia 19 completa 39 anos de emancipação político-administrativa.
A obra é um dos maiores investimentos feitos na região pelo menos nos últimos 30 anos. O custo desse trecho é de R$ 28 milhões, sendo 90% dos recursos oriundos dos cofres municipais. A etapa a ser entregue compreende drenagem, duplicação, implantação de viadutos para pedestres e de veículos sob a pista, ciclovias e paisagismo em aproximadamente 3,2 quilômetros de extensão.
A Via Expressa Sul terá dez quilômetros de extensão. Desse total, somando-se a etapa a ser inaugurada nos próximos dias, 9,6 quilômetros já foram concluídos.
No trecho Boqueirão-Aviação há três passagens exclusivas para pedestres: junto à Rua Quito, entre as Ruas Filipinas e Guatemala e da Avenida São Paulo. Para veículos e pedestres também são três, localizadas na altura das Ruas Sorocaba, Honduras e Avenida Júlio de Mesquita.
Um dos destaques da obra é a passagem na altura da Avenida Guilhermina. É a maior de todas já construídas, com 30 metros de extensão e 4,5 metros de altura. Este viaduto permitirá a passagem de ônibus e caminhões.
Árvores – Outro diferencial dessa etapa foi a preservação das árvores existentes, plantadas quando a pista (Acesso 291 da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega) havia sido construída, há mais de 30 anos. Reconhecendo o valor histórico e paisagístico das árvores, a Prefeitura alterou o projeto de duplicação da estrada nesse trecho, de forma a preservar o maior número possível de espécimes, mas sem comprometer as normas de segurança.
“Das 270 árvores, cerca de 30 apenas foram retiradas e, na medida do possível, replantadas na mesma área”, informou o secretário de Obras Públicas (Seop), Luiz Fernando Lopes. “É importante ressaltar que, além do replantio, a área ganhou novas mudas e grama.”
A alternativa utilizada para não ferir as normas técnicas, principalmente quanto à proximidade da pista, foi a instalação de defensas metálicas em todo o trecho. Com isso, reduziu-se o número de árvores que teriam de ser transferidas para outros locais.
Ciclovias - Outra importante obra que compõe o sistema viário da Via Expressa é a ciclovia, com 20 quilômetros de extensão. Cerca de 13 quilômetros foram concluídos e os demais estão em fase final de obras. A passagem especial para os ciclistas, com sinalização adequada e paisagismo, acompanha as duas avenidas marginais, em dez quilômetros de cada lado.
“A Prefeitura tem uma preocupação especial com os ciclistas. Ao utilizarem bicicleta para chegar ao trabalho ou por lazer, eles fazem parte do trânsito e também são vítimas constantes no tráfego urbano”, enfatizou Lopes.
As obras seguem o padrão estabelecido para a Via Expressa: a pista tem 2,20 metros de largura. Os serviços compreendem a colocação de mais de 14 mil metros de guias, 5 mil metros de passeio, 19 mil metros quadrados de asfalto e paisagismo, com a utilização de 10 mil metros quadrados de gramas (trecho entre o canal e a ciclovia).
Histórico - O Acesso 291 era a estrada de 10 quilômetros que ligava a cabeceira da Ponte do Mar Pequeno, no início da Rodovia dos Imigrantes, à Curva do “S”, no entroncamento da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) com a Rodovia Pedro Taques.
O trecho compreendido entre a entrada de Praia Grande até a ponte denomina-se Avenida Ayrton Senna.
Todo o complexo viário, desde a curva do “S” até a ponte, leva o nome de Xixová e recebeu as primeiras intervenções da Prefeitura a partir de 1993. Com a Via Expressa Sul, todo o Complexo Viário Xixová consumiu cerca de R$ 75 milhões desde 93, dos quais apenas R$ 10 milhões vieram do Estado, por meio do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estâncias (Dade).
Em seu primeiro mandato (1993-96), o prefeito Alberto Mourão conseguiu que a administração do Acesso 291 passasse para a Prefeitura. “Já tínhamos em mente um projeto de duplicação”, revela o prefeito. A partir do momento que a via passou a ser administrada pela Prefeitura, começou a receber uma série de serviços que melhoraram suas condições, pois a manutenção do DER era muito precária”.
Com a via acaba a triste história do Acesso 291, feita de vários capítulos de acidentes e atropelamentos. Por ano, morriam na pista pelo menos 20 pessoas, vítimas fatais dos cerca de 400 acidentes ocorridos anualmente, de acordo com dados da Polícia Rodoviária.
A construção de 21 passagens sob a pista, ciclovia na sua extensão de 10 quilômetros, alças de acesso e duplicação colabora para a diminuição dessas estatísticas e esse é o principal objetivo da obra, segundo Mourão.
A duplicação do antigo Acesso 291 implicou na retirada das lombadas, alvo de queixas antigas dos motoristas, mas necessárias até então para diminuir os riscos de acidentes. Com a retirada, a velocidade permitida passou a ser própria de vias expressas, o que facilita a fluidez do trânsito. Os trevos foram eliminados e o acesso da pista para os bairros se deu por meio de alças e retornos, dentro do chamado “padrão DER” ou “pingos”, como os existentes na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no trecho que vai de Praia Grande a Peruíbe.
Imigrantes - Além de modernizar o sistema viário de Praia Grande, a Via Expressa Sul é a uma iniciativa concreta de uma prefeitura da Região Metropolitana para se adequar à realidade da duplicação da Imigrantes, com recursos próprios.
Transformado em free way, o acesso tem um importante caráter regional. A drenagem de 20 quilômetros de canais que margeiam a Via Expressa também trouxe reflexos positivos para a periferia, com a redução de alagamentos e enchentes, as principais vias de escoamento das águas da maioria dos bairros situados na antiga Terceira Zona Residencial.
A via tem um intenso movimento de ciclistas, que também eram vítimas de acidentes, alguns fatais, daí a importância da ciclovia ao longo das suas marginais.
Empregos - A construção da Via Expressa Sul representou uma nova revolução em Praia Grande, como a ocorrida na Administração 93-96, quando a Cidade ganhou uma nova cara, não apenas com a urbanização da orla, mas também com as mudanças no sistema viário. Como se sabe, essas obras causaram um grande impacto no desenvolvimento local. E os reflexos dessa nova obra de envergadura estão sendo sentidos na economia local.
A interferência urbanística que o Governo Municipal vem fazendo desde 1994 no Acesso 291 já provocou um aumento de 1000% no número de estabelecimentos comerciais ao longo dos seus dois corredores marginais. Desde o asfaltamento das avenidas Ministro Marcos Freire e Roberto Almeida Vinhas (duas marginais à Via Expressa), passando pela construção das rotatórias e viaduto na entrada da Cidade, até hoje, com as obras da nova via, foram registradas cerca de 300 novas empresas na área. Uma evolução considerável, se levado em conta que, entre os anos de 1974 a 1993, havia uma média de 28 empresas, de acordo com os arquivos da Secretaria de Finanças. Com a Via Expressa Sul, os índices tendem a crescer ainda mais.
Integração - A Via Expressa Sul representa também a integração total entre os bairros da Cidade: as chamadas Primeira e Segunda Zonas Residenciais (todos os bairros situados entre a pista e a praia) com a Terceira Zona, da periferia, o que acabava criando uma segregação social na comunidade. Com a construção das passagens de pedestres e de veículos toda a cidade está unida por meio do fácil acesso de um bairro ao outro, além da valorização imobiliária que essa integração possibilita.
A obra é um dos maiores investimentos feitos na região pelo menos nos últimos 30 anos. O custo desse trecho é de R$ 28 milhões, sendo 90% dos recursos oriundos dos cofres municipais. A etapa a ser entregue compreende drenagem, duplicação, implantação de viadutos para pedestres e de veículos sob a pista, ciclovias e paisagismo em aproximadamente 3,2 quilômetros de extensão.
A Via Expressa Sul terá dez quilômetros de extensão. Desse total, somando-se a etapa a ser inaugurada nos próximos dias, 9,6 quilômetros já foram concluídos.
No trecho Boqueirão-Aviação há três passagens exclusivas para pedestres: junto à Rua Quito, entre as Ruas Filipinas e Guatemala e da Avenida São Paulo. Para veículos e pedestres também são três, localizadas na altura das Ruas Sorocaba, Honduras e Avenida Júlio de Mesquita.
Um dos destaques da obra é a passagem na altura da Avenida Guilhermina. É a maior de todas já construídas, com 30 metros de extensão e 4,5 metros de altura. Este viaduto permitirá a passagem de ônibus e caminhões.
Árvores – Outro diferencial dessa etapa foi a preservação das árvores existentes, plantadas quando a pista (Acesso 291 da Rodovia Padre Manuel da Nóbrega) havia sido construída, há mais de 30 anos. Reconhecendo o valor histórico e paisagístico das árvores, a Prefeitura alterou o projeto de duplicação da estrada nesse trecho, de forma a preservar o maior número possível de espécimes, mas sem comprometer as normas de segurança.
“Das 270 árvores, cerca de 30 apenas foram retiradas e, na medida do possível, replantadas na mesma área”, informou o secretário de Obras Públicas (Seop), Luiz Fernando Lopes. “É importante ressaltar que, além do replantio, a área ganhou novas mudas e grama.”
A alternativa utilizada para não ferir as normas técnicas, principalmente quanto à proximidade da pista, foi a instalação de defensas metálicas em todo o trecho. Com isso, reduziu-se o número de árvores que teriam de ser transferidas para outros locais.
Ciclovias - Outra importante obra que compõe o sistema viário da Via Expressa é a ciclovia, com 20 quilômetros de extensão. Cerca de 13 quilômetros foram concluídos e os demais estão em fase final de obras. A passagem especial para os ciclistas, com sinalização adequada e paisagismo, acompanha as duas avenidas marginais, em dez quilômetros de cada lado.
“A Prefeitura tem uma preocupação especial com os ciclistas. Ao utilizarem bicicleta para chegar ao trabalho ou por lazer, eles fazem parte do trânsito e também são vítimas constantes no tráfego urbano”, enfatizou Lopes.
As obras seguem o padrão estabelecido para a Via Expressa: a pista tem 2,20 metros de largura. Os serviços compreendem a colocação de mais de 14 mil metros de guias, 5 mil metros de passeio, 19 mil metros quadrados de asfalto e paisagismo, com a utilização de 10 mil metros quadrados de gramas (trecho entre o canal e a ciclovia).
Histórico - O Acesso 291 era a estrada de 10 quilômetros que ligava a cabeceira da Ponte do Mar Pequeno, no início da Rodovia dos Imigrantes, à Curva do “S”, no entroncamento da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) com a Rodovia Pedro Taques.
O trecho compreendido entre a entrada de Praia Grande até a ponte denomina-se Avenida Ayrton Senna.
Todo o complexo viário, desde a curva do “S” até a ponte, leva o nome de Xixová e recebeu as primeiras intervenções da Prefeitura a partir de 1993. Com a Via Expressa Sul, todo o Complexo Viário Xixová consumiu cerca de R$ 75 milhões desde 93, dos quais apenas R$ 10 milhões vieram do Estado, por meio do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estâncias (Dade).
Em seu primeiro mandato (1993-96), o prefeito Alberto Mourão conseguiu que a administração do Acesso 291 passasse para a Prefeitura. “Já tínhamos em mente um projeto de duplicação”, revela o prefeito. A partir do momento que a via passou a ser administrada pela Prefeitura, começou a receber uma série de serviços que melhoraram suas condições, pois a manutenção do DER era muito precária”.
Com a via acaba a triste história do Acesso 291, feita de vários capítulos de acidentes e atropelamentos. Por ano, morriam na pista pelo menos 20 pessoas, vítimas fatais dos cerca de 400 acidentes ocorridos anualmente, de acordo com dados da Polícia Rodoviária.
A construção de 21 passagens sob a pista, ciclovia na sua extensão de 10 quilômetros, alças de acesso e duplicação colabora para a diminuição dessas estatísticas e esse é o principal objetivo da obra, segundo Mourão.
A duplicação do antigo Acesso 291 implicou na retirada das lombadas, alvo de queixas antigas dos motoristas, mas necessárias até então para diminuir os riscos de acidentes. Com a retirada, a velocidade permitida passou a ser própria de vias expressas, o que facilita a fluidez do trânsito. Os trevos foram eliminados e o acesso da pista para os bairros se deu por meio de alças e retornos, dentro do chamado “padrão DER” ou “pingos”, como os existentes na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no trecho que vai de Praia Grande a Peruíbe.
Imigrantes - Além de modernizar o sistema viário de Praia Grande, a Via Expressa Sul é a uma iniciativa concreta de uma prefeitura da Região Metropolitana para se adequar à realidade da duplicação da Imigrantes, com recursos próprios.
Transformado em free way, o acesso tem um importante caráter regional. A drenagem de 20 quilômetros de canais que margeiam a Via Expressa também trouxe reflexos positivos para a periferia, com a redução de alagamentos e enchentes, as principais vias de escoamento das águas da maioria dos bairros situados na antiga Terceira Zona Residencial.
A via tem um intenso movimento de ciclistas, que também eram vítimas de acidentes, alguns fatais, daí a importância da ciclovia ao longo das suas marginais.
Empregos - A construção da Via Expressa Sul representou uma nova revolução em Praia Grande, como a ocorrida na Administração 93-96, quando a Cidade ganhou uma nova cara, não apenas com a urbanização da orla, mas também com as mudanças no sistema viário. Como se sabe, essas obras causaram um grande impacto no desenvolvimento local. E os reflexos dessa nova obra de envergadura estão sendo sentidos na economia local.
A interferência urbanística que o Governo Municipal vem fazendo desde 1994 no Acesso 291 já provocou um aumento de 1000% no número de estabelecimentos comerciais ao longo dos seus dois corredores marginais. Desde o asfaltamento das avenidas Ministro Marcos Freire e Roberto Almeida Vinhas (duas marginais à Via Expressa), passando pela construção das rotatórias e viaduto na entrada da Cidade, até hoje, com as obras da nova via, foram registradas cerca de 300 novas empresas na área. Uma evolução considerável, se levado em conta que, entre os anos de 1974 a 1993, havia uma média de 28 empresas, de acordo com os arquivos da Secretaria de Finanças. Com a Via Expressa Sul, os índices tendem a crescer ainda mais.
Integração - A Via Expressa Sul representa também a integração total entre os bairros da Cidade: as chamadas Primeira e Segunda Zonas Residenciais (todos os bairros situados entre a pista e a praia) com a Terceira Zona, da periferia, o que acabava criando uma segregação social na comunidade. Com a construção das passagens de pedestres e de veículos toda a cidade está unida por meio do fácil acesso de um bairro ao outro, além da valorização imobiliária que essa integração possibilita.