Vigilância Sanitária alerta sobre cuidados no consumo de pescado

Na sexta-feira da Paixão, o alimento é o preferido da maioria da população católica

Por Tatiana Giulietti | 7/4/2006

O consumo de peixes, frutos do mar e crustáceos exige cuidados especiais, da hora da compra ao preparo. Para orientar o consumidor e o comerciante, a Vigilância Sanitária de Praia Grande lançou a campanha “Para uma Semana Santa e Saudável”. Além de receber denúncias e dar informações pelo telefone 3496-2432, os técnicos já estão distribuindo panfletos com dicas que devem ser colocadas em prática.

“O comerciante deve cobrir os produtos com bastante gelo para que tenham maior durabilidade”, disse o chefe de Divisão da Vigilância Sanitária, Luis Carlos Marono. “Se o alimento estiver contaminado, pode causar intoxicação e infecção intestinal. Em caso de dúvida, mesmo durante o preparo, o melhor é descartar, jogar fora mesmo”.

Marono recomenda a não ingestão de pescados crus. No caso de sashimi (carne crua de peixes finamente fatiada e degustada geralmente com molho de soja e uma pasta apimentada, prato da culinária japonesa), ele explica que as espécies oferecidas em restaurantes especializados não vivem em áreas de risco, mas em alto mar ou cultivados em cativeiro, como o atum, o robalo grande e o salmão.

Vale frisar que no momento da compra, o peixe deve estar íntegro, apresentar frescor, odor característico, olhos brilhantes, guelras vermelhas e escama firme. No caso do bacalhau, a peça não pode ter qualquer resquício de bolor e estrias finas (tripinhas brancas e rosadas). O camarão fresco ou congelado precisa estar com a cabeça bem presa; carne firme com casca aderente ao corpo e olhos negros e destacados.

Siri, caranguejo e guaiamu devem ser consumidos frescos, observando barriga branca, pinças e pernas bem presas ao corpo. Já a lula, o polvo e o calamar devem estar com pele lisa, carnes consistentes e elásticas; ausência de pigmentação avermelhada e olhos negros e destacados. Para consumir ostras e mariscos, que filtram de 20 a 40 litros de água por hora, o cliente deve saber a procedência.

Os locais que vendem os alimentos – peixarias, feiras livres e ambulantes - também devem ser observados. As instalações têm de estar limpas e não apresentar insetos voadores. Deve-se verificar também se o lixo do local é bem acondicionado.

A Divisão de Vigilância Sanitária mantém equipes de fiscalização todos os dias nas ruas. Qualquer denúncia ou dúvida também pode ser encaminhada pelo e-mail vigilanciasanitaria@praiagrande.sp.gov.br ou em dias úteis, das 9 às 16 horas, diretamente no prédio da Secretaria da Saúde, na Avenida Presidente Kennedy, 8.850, Mirim.