Serviços essenciais funcionam no Feriado de Tiradentes

Trânsito terá Onda Verde para facilitar retorno dos turistas

Por João Carlos Miranda | 19/4/2006

Nesta sexta-feira (21), feriado nacional de Tiradentes, não haverá expediente nas repartições públicas municipais de Praia Grande, funcionando apenas os serviços essenciais de Saúde, Guarda Municipal, coleta de lixo e Transportes.

Para reduzir problemas no retorno dos turistas às suas cidades de origem, o setor de Fiscalização de Trânsito e Engenharia de Tráfego realiza domingo (23), na Avenida Ayrton Senna da Silva, a operação “Onda Verde”, com reprogramação e ampliação de tempo para aberto nos semáforos, aumentando o escoamento do tráfego na principal via de saída da Cidade.

Também serão instalados painéis eletrônicos e faixas de orientação ao longo da Via Expressa Sul, que sugerem a opção de saída do Município pela Rodovia Pedro Taques, evitando possíveis engarrafamentos dentro do Município.

Durante a Onda Verde, quem tiver como destino São Vicente ou Santos contará com faixa exclusiva na Avenida Ayrton Senna, com acesso direto à Ponte Pênsil. O ingresso à faixa ocorrerá pela Avenida Marechal Mallet, na altura da Avenida Paris, no Bairro Boqueirão. A Avenida Tupiniquins, no Bairro Japuí, em São Vicente, terá mão única em direção à Ponte Pênsil.

Para comunicar abusos, congestionamentos ou acidentes de trânsito, o telefone do setor é o 0800-7720194.

Confira em detalhes o que funciona neste feriado:

Prontos-Socorros - Boqueirão, ao lado da Santa Casa; Quietude, Avenida Ministro Marcos Freire s/n; e Jardim Samambaia, Avenida Estados Unidos, s/n, funcionam 24 horas.

Multiclínicas e Unidades de Saúde da Família – não funcionam.

Hospital Municipal - atende normalmente. Para solicitar remoção de ambulância, basta ligar 192.

Guarda civil - expediente normal.

Liberação de Veículos – Pátio Municipal não funciona.

Coleta de lixo domiciliar e seletiva – atendimento normal.

Limpeza das praias – acontece normalmente.

Feiras livres – funcionam normalmente. Na sexta-feira, Bairro Boqueirão (Canto do Forte), Rua Xixová; no Bairro Guilhermina, Rua Argentina e no Bairro Antártica (Vila Sônia), Rua Maria de Jesus Jardim. Sábado há feiras no Bairro Boqueirão, na Rua Paulo Feffin; Bairro Mirim, no Espaço Piaçabuçu (entre a Prefeitura e o Fórum); No Bairro Solemar II (Jardim Real), Rua Azaléia, e Bairro Tupi (Tupiry II), na Rua Ariovaldo Augusto de Oliveira. No domingo: Bairro Sítio do Campo (Tude Bastos), Avenida Irmãos Adorno; no Bairro Quietude (Jardim Anhanguera), Avenida Josefa Alves de Siqueira; Bairro Caiçara, Rua Mathilde de Azevedo Setúbal; Bairro Trevo (Jardim Samambaia), Avenida Maria Cavalcante da Silva e na Avenida Dr. Esmeraldo Tarquínio Filho.

Butique (Boqueirão) e Mercado de Peixes (Ocian) - funcionam das 7 às 17 horas.

Feiras de artesanato (Guilhermina, Ocian e Caiçara) - funcionam a partir das 13 horas.

Double Deck – De sexta-feira a domingo, a partir da Avenida dos Sindicatos, às 9h30, 10h25, 11h20, 12h15, 14h30, 15h25, 16h20, 17h15 e 18h10. A passagem custa R$ 2,50.

PIT – O Posto de Informações Turísticas funciona das 9h até 18 horas, na Avenida Castelo Branco, esquina com a Avenida dos Sindicatos, no Bairro Mirim.

Inconfidência Mineira - O feriado do dia 21 de Abril é uma homenagem ao patrono cívico do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Há 214 anos (1792), num sábado, nesta data, ele foi enforcado e esquartejado no Largo da Lampadosa, Rio de Janeiro, por ser considerado um dos principais membros do movimento hoje conhecido como Inconfidência Mineira.

Nasceu na Fazenda Pombal, próximo a São João Del Rei, Minas Gerais. Como era órfão de pai e mãe, foi criado por Sebastião Ferreira Leitão, seu tio. Trabalhou como vendedor ambulante, foi membro do Regimento de Cavalaria da Capitania de Minas Gerais como alferes e também era dentista (ofício aprendido com o tio), daí a alcunha de Tiradentes.

A inconfidência nasceu e morreu em 1792, quando as minas de ouro já não produziam tanto e a população estava se empobrecendo. O principal motivo foi o Quinto (imposto sobre o ouro), que continuava sendo cobrado, mas já não se alcançava as 100 arrobas (1.500 kg) anuais estipuladas, e a Derrama, outro imposto, agora sobre todos, que visava completar o exigido pelo império.

Assim, a elite econômica e cultural mineira, formada por homens ricos que não queriam mais pagar os impostos e influenciados pelo iluminismo e liberalismo europeus, por pensadores como Montesquieu e Voltaire, pela independência dos Estados Unidos (1776) e a Revolução Francesa (1789), organizou o que seria um golpe, a ser praticado quando a Derrama fosse determinada.

Segundo o planejado, seria proclamada a República do Brasil. O governador seria substituído por Tomás Antônio Gonzaga. Seria criada uma Casa da Moeda e fundada uma universidade, entre outros objetivos. Mas o coronel Joaquim Silvério dos Reis, integrante de movimento, a fim de obter perdão de suas dívidas para com a Fazenda Real, denunciou os planos do grupo.

Rapidamente, todos os integrantes foram presos, julgados e condenados à morte. Mas logo a pena foi alterada por Maria I, rainha de Portugal, para degredo perpétuo na África, exceto Tiradentes, que teve mantida e executada sua sentença.

O lema da Inconfidência: Libertas Quae Sera Tamen, (liberdade, ainda que tardia), retirado do verso de Públio Virgílio Marão (70 - 19 AC), faz hoje parte da bandeira do Estado de Minas Gerais.