Aeroporto de PG se apresenta como alternativa a Congonhas

Prefeitura já protocolou projeto junto à Anac

Por | 25/7/2007

Planejado inicialmente para funcionar como pista de pouso e decolagens para transporte aéreo de cargas, o projeto de implantação de um aeroporto em Praia Grande pode vir a ser uma das alternativas do Governo Federal para minimizar o caos do setor da aviação civil em São Paulo.

Diante da crise e do anúncio de estudo de novos aeroportos no Estado - para compensar a redução do uso de Congonhas e evitar a saturação de Cumbica, a Prefeitura de Praia Grande protocolou, junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o projeto de engenharia que elaborou com vistas à criação de um complexo industrial dotado de pistas para aeronaves de grande porte.

O estudo completo está sendo encaminhado também à ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, responsável pela definição da localização do novo aeroporto no Estado.

Desde 99, quando deputado federal, o prefeito de Praia Grande, Alberto Mourão, já pregava na Câmara a necessidade de novos aeroportos em São Paulo, prevendo a saturação e o apagão que ocorreriam no setor da aviação civil. Foi quando deu início aos primeiros estudos sobre a possibilidade de esse aeroporto ser implantado em Praia Grande.

Em 2001, a Prefeitura contratou projetos de viabilidade técnica e econômica tendo como foco central o transporte de carga aérea que, segundo estudos do prefeito, também sofrerá em breve um apagão por falta de espaço em hangares e de pistas disponíveis para pouso e decolagens no País.

Projeto – No final do ano passado foi concluído o projeto de engenharia, depois de serem confirmados a viabilidade técnica e o interesse econômico do empreendimento. A área definida para a implantação do complexo industrial com aeroporto situa-se no Bairro Andaraguá, em gleba de mais de 4 milhões de metros quadrados, entre os km 290 e 285 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega e Rio Branco.

Conforme Mourão, o aeroporto projetado por Praia Grande pode comportar o transporte de passageiros em virtude da extensão de sua pista: 2,6 quilômetros, com ganho de 20% por estar ao nível do mar. Essas dimensões permitem operações de aeronaves de grande porte como boings e jatos.

A área do futuro complexo industrial é privada, mas seu proprietário está disposto a ceder uma parte para o aeroporto, informou Mourão, que acredita que uma das maiores vantagens para uma possível escolha de Praia Grande como alternativa a Congonhas esteja na proximidade da área com o complexo Anchieta-Imigrantes, e que poderia servir para atender a demanda do transporte de passageiros das regiões Sul de São Paulo, ABCD e da própria Baixada Santista, que envolve uma população de cerca de 10 milhões de pessoas.