PG investe em Educação Infantil
Município antecipa meta do Governo Federal
Por Priscila Sellis | 30/5/2008

Praia Grande é uma das cidades brasileiras mais avançadas na oferta da Educação Infantil, investindo de forma especial na qualidade do ensino de crianças de 0 a 5 anos de idade, que contam com acolhimento em período integral, profissionais capacitados e atendimento de qualidade, tanto na parte pedagógica quanto nos cuidados com higiene e alimentação.
A promoção da Educação Infantil é mais uma das metas educacionais decretadas pelo Governo Federal, que vem sendo cumprida antecipadamente pela Prefeitura de Praia Grande. Das 28 metas do Compromisso Todos pela Educação, 22 já foram alcançadas pelo Município, que teria até o ano 2022 para atingi-las. Muitas já eram praticadas antes mesmo de se tornarem uma determinação do governo. As outras seis estão sendo implantadas.
Vagas - Desde 2001, o Município multiplicou a quantidade de creches, proporcionando muito mais vagas para essa faixa etária. Só para se ter uma idéia, nos últimos seis anos o número de crianças de 0 a 3 anos atendidas em período integral pela rede municipal aumentou de 878 para 3.602, o que representa um crescimento de mais de 300%. O número total de atendidos de 0 a 6 anos nas escolas e creches também registrou um aumento significativo, de 56%.
Esses dados representam um avanço muito grande, principalmente se comparado à situação da Educação Infantil no Brasil, onde na maioria das cidades há escassa oferta e atendimento deficiente. Só para se ter uma idéia, apenas uma em cada oito crianças de 0 a 3 anos de idade tem acesso a creches no País, o que significa que só 13% da população brasileira nessa faixa etária é atendida. Esse quadro é bem diferente do cenário de Praia Grande, onde mais de 80% da demanda é suprida. De acordo com a secretária de Educação, Maura Ligia Costa Russo, o fator que impede o município de atender 100% da demanda é o crescimento acelerado da população (média de 6% ao ano), bem acima da média brasileira (1,8%). “Estamos sempre cumprindo metas em relação ao aumento de vagas, mas quando atingimos o alvo, já há outra lista de espera. Acredito que se o crescimento não fosse tão grande, atenderíamos toda a demanda”. Ela ressalta, ainda, que a preocupação do Município em atender crianças em idade pré-escolar é constante. “Concedemos vagas mensalmente, ao contrário de muitas cidades, que abrem inscrição apenas uma vez por ano”.
Verbas - A Cidade segue o exemplo dos países mais desenvolvidos do mundo, que investem maciçamente na Educação Infantil. E já que o Governo Federal não priorizava essa área do ensino no repasse de verbas, a Prefeitura investiu recursos dos próprios cofres até 2006, ano em que a Educação Infantil foi inclusa pelo governo no Fundeb, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. “Investimos porque entendemos a importância dessa fase para a evolução da criança, sabemos que as que entram mais cedo na escola têm melhor desempenho na alfabetização e em todas as outras etapas escolares”, pontua a secretária.
Futuro - Diversos estudos realizados por especialistas nacionais e internacionais comprovam a importância da Educação Infantil. As pesquisas apontam, por exemplo, que além de terem menor índice de repetência, as crianças que começam a estudar antes dos 6 anos são, em geral, mais bem-sucedidas no futuro, com melhor situação financeira, mais poder de compra e mais saúde. E quanto mais cedo se entra para a escola, melhor.
Mas não basta apenas estar no ambiente escolar. Os pequenos precisam ser estimulados da forma correta, através de um trabalho educacional de qualidade. Segundo os estudiosos, a fase dos 2 aos 6 anos de idade é a época em que seu cérebro mais faz conexões que permitem o aprendizado. É o período em que a criança experimenta as ferramentas que usará para o resto da vida, garantindo seu sucesso quando for adulta. “Para estimulá-la de forma adequada, desenvolvemos um trabalho pedagógico voltado especificamente às necessidades dessa faixa etária”, explica Cláudia Meirelles, chefe da Divisão de Educação Infantil da Seduc, acrescentando que o objetivo é favorecer o desenvolvimento da autonomia, socialização, comunicação, expressão e coordenação motora da criança, além de influenciar a formação de seu caráter, com a transmissão de valores como respeito e cidadania.
Planejamento - As crianças atendidas nas 24 creches da cidade são divididas por classes de acordo com a faixa etária. Para cada fase do desenvolvimento, existem atividades apropriadas. Desenhos, brincadeiras, música, dança, historinhas, vídeos educativos são atividades que fazem parte do dia-a-dia nas creches. Mas nada é feito por acaso, tudo é muito bem planejado e tem objetivos bem definidos. “As brincadeiras que envolvem historinhas, por exemplo, visam estimular nas crianças o contato com os livros e o gosto pela leitura. Já atividades que envolvem dança estimulam a coordenação motora, enquanto determinados jogos desenvolvem conceitos matemáticos”, exemplifica Cláudia.
Não apenas as brincadeiras e atividades pedagógicas são fonte de aprendizagem, mas também os cuidados presentes no cotidiano da creche. “Na hora do banho, por exemplo, o professor aproveita para conversar com a criança sobre a importância da higiene. Na hora das refeições, ensina sobre a importância de lavar as mãos e ainda fala sobre o valor da alimentação”, explica Márcia Eloriaga, chefe da Seção de Creche.
Dentro desse contexto, afetividade é outra palavra-chave. “Os professores não poupam expressões de carinho aos alunos, pois sabem que a criança se desenvolve melhor quando se sente querida. Isso proporciona a ela mais auto-estima e confiança na sua capacidade”, destaca Márcia.
O resultado de todo esse empenho se reflete na tranqüilidade dos pais. “Me sinto muito segura em deixar meu filho aqui”, diz Cristina Aparecida Nascimento, mãe de Vítor Guilherme, de 4 anos, que estuda na escola João Batista Resine Alves. “É o terceiro filho meu que passa por essa creche. Aqui, eles se sentem em casa, são muito bem cuidados”.
A promoção da Educação Infantil é mais uma das metas educacionais decretadas pelo Governo Federal, que vem sendo cumprida antecipadamente pela Prefeitura de Praia Grande. Das 28 metas do Compromisso Todos pela Educação, 22 já foram alcançadas pelo Município, que teria até o ano 2022 para atingi-las. Muitas já eram praticadas antes mesmo de se tornarem uma determinação do governo. As outras seis estão sendo implantadas.
Vagas - Desde 2001, o Município multiplicou a quantidade de creches, proporcionando muito mais vagas para essa faixa etária. Só para se ter uma idéia, nos últimos seis anos o número de crianças de 0 a 3 anos atendidas em período integral pela rede municipal aumentou de 878 para 3.602, o que representa um crescimento de mais de 300%. O número total de atendidos de 0 a 6 anos nas escolas e creches também registrou um aumento significativo, de 56%.
Esses dados representam um avanço muito grande, principalmente se comparado à situação da Educação Infantil no Brasil, onde na maioria das cidades há escassa oferta e atendimento deficiente. Só para se ter uma idéia, apenas uma em cada oito crianças de 0 a 3 anos de idade tem acesso a creches no País, o que significa que só 13% da população brasileira nessa faixa etária é atendida. Esse quadro é bem diferente do cenário de Praia Grande, onde mais de 80% da demanda é suprida. De acordo com a secretária de Educação, Maura Ligia Costa Russo, o fator que impede o município de atender 100% da demanda é o crescimento acelerado da população (média de 6% ao ano), bem acima da média brasileira (1,8%). “Estamos sempre cumprindo metas em relação ao aumento de vagas, mas quando atingimos o alvo, já há outra lista de espera. Acredito que se o crescimento não fosse tão grande, atenderíamos toda a demanda”. Ela ressalta, ainda, que a preocupação do Município em atender crianças em idade pré-escolar é constante. “Concedemos vagas mensalmente, ao contrário de muitas cidades, que abrem inscrição apenas uma vez por ano”.
Verbas - A Cidade segue o exemplo dos países mais desenvolvidos do mundo, que investem maciçamente na Educação Infantil. E já que o Governo Federal não priorizava essa área do ensino no repasse de verbas, a Prefeitura investiu recursos dos próprios cofres até 2006, ano em que a Educação Infantil foi inclusa pelo governo no Fundeb, Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. “Investimos porque entendemos a importância dessa fase para a evolução da criança, sabemos que as que entram mais cedo na escola têm melhor desempenho na alfabetização e em todas as outras etapas escolares”, pontua a secretária.
Futuro - Diversos estudos realizados por especialistas nacionais e internacionais comprovam a importância da Educação Infantil. As pesquisas apontam, por exemplo, que além de terem menor índice de repetência, as crianças que começam a estudar antes dos 6 anos são, em geral, mais bem-sucedidas no futuro, com melhor situação financeira, mais poder de compra e mais saúde. E quanto mais cedo se entra para a escola, melhor.
Mas não basta apenas estar no ambiente escolar. Os pequenos precisam ser estimulados da forma correta, através de um trabalho educacional de qualidade. Segundo os estudiosos, a fase dos 2 aos 6 anos de idade é a época em que seu cérebro mais faz conexões que permitem o aprendizado. É o período em que a criança experimenta as ferramentas que usará para o resto da vida, garantindo seu sucesso quando for adulta. “Para estimulá-la de forma adequada, desenvolvemos um trabalho pedagógico voltado especificamente às necessidades dessa faixa etária”, explica Cláudia Meirelles, chefe da Divisão de Educação Infantil da Seduc, acrescentando que o objetivo é favorecer o desenvolvimento da autonomia, socialização, comunicação, expressão e coordenação motora da criança, além de influenciar a formação de seu caráter, com a transmissão de valores como respeito e cidadania.
Planejamento - As crianças atendidas nas 24 creches da cidade são divididas por classes de acordo com a faixa etária. Para cada fase do desenvolvimento, existem atividades apropriadas. Desenhos, brincadeiras, música, dança, historinhas, vídeos educativos são atividades que fazem parte do dia-a-dia nas creches. Mas nada é feito por acaso, tudo é muito bem planejado e tem objetivos bem definidos. “As brincadeiras que envolvem historinhas, por exemplo, visam estimular nas crianças o contato com os livros e o gosto pela leitura. Já atividades que envolvem dança estimulam a coordenação motora, enquanto determinados jogos desenvolvem conceitos matemáticos”, exemplifica Cláudia.
Não apenas as brincadeiras e atividades pedagógicas são fonte de aprendizagem, mas também os cuidados presentes no cotidiano da creche. “Na hora do banho, por exemplo, o professor aproveita para conversar com a criança sobre a importância da higiene. Na hora das refeições, ensina sobre a importância de lavar as mãos e ainda fala sobre o valor da alimentação”, explica Márcia Eloriaga, chefe da Seção de Creche.
Dentro desse contexto, afetividade é outra palavra-chave. “Os professores não poupam expressões de carinho aos alunos, pois sabem que a criança se desenvolve melhor quando se sente querida. Isso proporciona a ela mais auto-estima e confiança na sua capacidade”, destaca Márcia.
O resultado de todo esse empenho se reflete na tranqüilidade dos pais. “Me sinto muito segura em deixar meu filho aqui”, diz Cristina Aparecida Nascimento, mãe de Vítor Guilherme, de 4 anos, que estuda na escola João Batista Resine Alves. “É o terceiro filho meu que passa por essa creche. Aqui, eles se sentem em casa, são muito bem cuidados”.