Praia Grande capacita profissionais de saúde sobre febre oropouche e mpox
Mais de 200 técnicos receberam informações atualizadas sobre essas doenças
Por: RODRIGO HERRERO MTB: 46.260 | 07/10/2024

Matéria feita em 28/08/2024. Publicada somente após o período eleitoral em obediência à legislação eleitoral (artigo 73 da Lei Federal nº 9.504/97).
A Prefeitura de Praia Grande promoveu uma capacitação para os profissionais da rede municipal de saúde voltada à mpox (antiga monkeypox) e à febre oropouche. O objetivo é atualizar os técnicos sobre essas doenças para promover um atendimento mais adequado à população.
A capacitação reuniu mais de 200 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem da Atenção Primária, Especializada e Urgência e Emergência e Atenção Hospitalar. Os encontros ocorreram pela manhã e à tarde da terça-feira (27) no Auditório Jornalista Roberto Marinho, no Bairro Mirim.
Em decorrência do surgimento de casos no Estado de São Paulo, Praia Grande tem reforçado a atenção em relação à febre oropouche, que tem sintomas semelhantes aos da dengue. No caso da mpox, o vírus voltou a circular no Brasil e no mundo, tornando importante que os profissionais estejam atualizados sobre o atendimento de pacientes com a doença. No entanto, não houve até o momento mudanças no protocolo nem nos cuidados.
Realizaram a capacitação a médica Vivian Akemi, da Divisão de Vigilância Epidemiológica, a médica Fernanda Quintão e a diretora de Saúde Ambiental, Maria Fernanda Gonçalves. A atividade foi desenvolvida pelo Núcleo de Educação Permanente em Saúde (NEPS), da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) do Município.
Praia Grande está preparada para o atendimento de ambas as doenças. Em caso de necessidade, procure a Unidade de Saúde da Família (Usafa) em que você está cadastrado. Saiba mais sobre a febre oropouche e a mpox abaixo.
Febre oropouche – A febre oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido pelo Culicoides paraensis, popularmente conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Endêmica na Região Norte, recentemente a doença passou a ser identificada em outras regiões do país, inclusive no Vale do Ribeira, próximo à Baixada Santista.
Os sintomas são parecidos com os da dengue: febre alta e de início súbito, dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e vômitos. É importante ficar atento com alguma possível recaída após uma a duas semanas do término dos sintomas iniciais.
Em caso de sintomas, a pessoa deve procurar a Usafa. Caso tenha se deslocado para outro Município ou Estado, o munícipe deve informar o profissional de saúde, pois isso poderá ajudar na avaliação e diagnóstico clínico.
Assim como nas demais arboviroses, o tratamento busca o alívio dos sintomas, com muita hidratação, repouso e medicamentos para a melhora dos sintomas. Evite a automedicação.
Cuidados – Ao contrário da dengue/zika/chikungunya, o mosquito que transmite a febre oropouche não precisa de água parada para colocar os ovos. O mosquito Culicoides paraensis posta os ovos no solo, em locais com materiais orgânicos. Por isso, siga alguns cuidados:
- Mantenha terrenos e quintais limpos;
- Evite o acúmulo de folhas, cascas de fruta ou outra matéria orgânica de casa.
Outra dica também é evitar se deslocar para locais onde foram registrados casos de febre oropouche. Caso seja necessário, é importante seguir algumas recomendações:
- Evite a exposição nos horários de pico (amanhecer e entardecer), fechando as janelas das casas ou colocando telas de malha fina;
- Use vestimentas como calças compridas e blusas de manga comprida claras;
- Passe no corpo algum tipo de óleo corporal.
Mpox – A mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV) e pode ser transmitida principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de humano para humano. Apesar de antigamente ter seu nome vinculado aos macacos, eles não são reservatórios do vírus da varíola. A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato próximo/íntimo com lesões de pele de pessoas infectadas, como por exemplo pelo abraço, beijo, massagens, relações sexuais ou secreções respiratórias.
A transmissão também pode ocorrer por meio de secreções em objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies que foram utilizadas pelo doente. A transmissão do vírus via gotículas respiratórias usualmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde e membros da família as pessoas com maior risco de serem infectadas.
Os principais sintomas da mpox são: surgimento de lesões (bolhas) na pele de forma aguda e inexplicável que podem ser acompanhadas de dor de cabeça, febre acima 38,5º, dores musculares, dor nas costas, fraqueza e linfonodos inchados (gânglios linfáticos).
Em caso de suspeita da doença, a pessoa deve procurar a Usafa onde está cadastrada. Os casos confirmados e os considerados suspeitos devem ficar em isolamento domiciliar até o desaparecimento das lesões que podem durar de duas a quatro semanas. O tratamento é focado nos sintomas. Os pacientes serão monitorados diariamente por uma equipe da Sesap. Os casos graves serão encaminhados, pela Usafa, aos prontos-socorros onde o paciente também ficará em isolamento sendo acompanhado pela equipe médica.
Confira o endereço das 31 Usafas:
1 - Usafa Aviação - Av. Dr. Roberto de Almeida Vinhas, nº 2929 – Aviação
2 - Usafa Boqueirão - Av. Pres. Kennedy, nº 918 – Boqueirão
3 - Usafa Mirim - Av. dos Sindicatos, nº 635 – Mirim
4 - Usafa Tupi - Rua Meinacós, nº 95 – Tupi
5 - Usafa Aloha - Rua Zenji Sasaki, nº 269 – Nova Mirim
6 - Usafa Anhanguera - Rua Josefa Alves de Siqueira, nº 648 – Anhanguera
7 - Usafa Antártica - Av. do Trabalhador, n° 3801 – Antártica
8 - Usafa Caiçara - Rua Mathilde de Azevedo Setúbal, nº 630 – Caiçara
9 - Usafa Esmeralda - Rua Menotti Del Picchia, n° 175 – Esmeralda
10 - Usafa Canto do Forte - Av. Rio Branco, nº 562 – Forte
11 - Usafa Guaramar - Av. do Trabalhador, nº 1717 – Glória
12 - Usafa Maracanã - Rua Cesar Rodrigues Reis, nº 850 – Maracanã
13 - Usafa Melvi - Rua João Caetano, nº 101 – Melvi
14 - Usafa Mirim II - Rua Nossa Senhora da Conceição, nº 400 – Nova Mirim
15 - Usafa Ocian - Rua José Jorge, n° 521 – Ocian
16 - Usafa Quietude - Rua Ruy Manoel Sampaio Seabra Pereira, nº 500 – Quietude
17 - Usafa Real - Rua das Begônias, nº 453 – Real
18 - Usafa Ribeirópolis - Rua Dr. Esmeraldo Soares Tarquínio, nº 471 – Ribeirópolis
19 - Usafa Rio Branco - Av. Hugo de Carvalho Ramos, nº 1521 – Esmeralda
20 - Usafa Samambaia - Av. das Araucárias, nº 181 – Samambaia
21 - Usafa Santa Marina - Rua Clovis Batista dos Santos, n° 598 – Anhanguera
22 - Usafa São Jorge - Av. do Trabalhador, nº 4242 – Antártica
23 - Usafa Solemar - Av. Pres. Kennedy, nº 19726 – Solemar
24 - Usafa Tude Bastos - Rua Maria Luiza Lavalle, nº 68 – Sítio do Campo
25 - Usafa Tupiry - Rua Idelfonso Galeano, nº 368 – Tupiry
26 - Usafa Vila Alice - Rua Renata Câmara Agondi, nº 46 – Anhanguera
27 - Usafa Vila Sônia - Rua Antônio Cândido da Silva, nº 1075 – Vila Sônia
28 - Usafa Princesa - Rua Vergílio Gabriel de Siqueira, n° 20 – Bairro Princesa
29 - Usafa Noêmia - Av. Pres. Kennedy, 4960 – Tupi
30 - Usafa Guilhermina - Av. Pres. Kennedy, 2100 – Guilhermina
31 - Usafa Melvi II - Rua Frei Santa Rita Durão, s/n (altura do nº 180) – Melvi