Cicatrizes invisíveis: Gape aborda bullying em ciclo de palestras ne EM Franco Montoro

Alunos do 5º ao 9º ano estão participando da atividade

26/08/2025

Foto: Jairo Marques - PMPG
Foto: Jairo Marques - PMPG

 

O Grupo de Apoio à Cidadania e Prevenção à Violência nas Escolas (GAPE), promovido pela Guarda Civil Municipal (GCM) de Praia Grande, realiza nesta semana, de 25 a 28, um ciclo de palestras na Escola Municipal Franco Montoro, no Bairro Maracanã, para tratar de um assunto sério e cada vez mais comum entre os jovens: o bullying.


“Cicatrizes invisíveis: o grito silencioso da dor” é o nome da palestra que trata não apenas de bullying, mas também de suicídio e automutilação, em um conteúdo um pouco diferente do que os agentes do Gape costumam apresentar aos alunos das escolas nas quais o projeto “Ensinando a Viver” é aplicado, conforme explicou o inspetor e idealizador do projeto, Eli de Moura Veronez. “A ideia é apresentar estes temas com uma outra dinâmica, com a participação dos alunos, levando-os a uma reflexão sobre os temas, que são delicados mas muito importantes”.

As palestras estão sendo realizadas esta semana, aos alunos do 5º ao 9º ano, em dois períodos, às 9 e às 14 horas, ministradas em cada sala por um dos agentes, os guardas municipais Roberto Aparecido Silva, Alex Francisco Neves e Hewerton Ribeiro Clementino.


Um vídeo chama a atenção dos alunos. Mostra uma adolescente vítima de bullying, pedindo por ajuda, e faz com que a turma se emocione. Alguns se dão as mãos, solidários, e outros até choram. Ao final do vídeo, os guardas distribuem uma pequena folha de papel e pedem que os alunos escrevam algo positivo para a menina do vídeo ou para alguém que conhecem e que passe por uma situação semelhante. “É uma forma de se abrirem, caso sintam essa necessidade, sem precisarem se identificar. E é o momento em que as professoras poderão perceber eventuais problemas relacionados ao assunto e tomar as providências necessárias”, explica o guarda Roberto Aparecido. Mas ele reforça que a mensagem principal é que os alunos saibam que não estão sozinhos e que são amados. “Eu amo vocês”, afirma antes de finalizar a palestra.


A aluna Melissa, de 12 anos, contou que nunca tinha assistido a uma palestra sobre o tema da forma como foi abordado dessa vez e que ficou bastante impactada com o conteúdo. “Foi bastante importante. Acho que todos nós vamos levar esse ensinamento”.


Cartilha - Voltado para estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental da rede municipal, o GAPE trabalha a reestruturação familiar, buscando diminuir índices de violência e criminalidade por meio da cartilha “Ensinando a Viver”. Para alcançar essa missão, os guardas municipais que atuam no projeto estimulam a autoestima das crianças, valorizando os vínculos afetivos, a prevenção a qualquer forma de violência, vandalismo e combate às drogas, além de inserir conceitos éticos.


Além do curso nas unidades municipais, palestras também são ministradas em escolas estaduais e particulares. A ideia é que os alunos atuem como multiplicadores do conteúdo que recebem durante os encontros e repassem o conhecimento adquirido a seus familiares e amigos. O GAPE é realizado em parceria pelas secretarias de Assuntos de Segurança Pública (Seasp) e de Educação (Seduc).