Grupamento Guardiã Maria da Penha inicia atividades em escolas municipais

Objetivo é combater qualquer tipo de violência doméstica e intrafamiliar

Por: LUDMILA PILIPAVICIUS MTB: 29.204 | 28/03/2025


 

O Grupamento Guardiã Maria da Penha, que integra a Guarda Civil Municipal de Praia Grande (GCM), está ampliando sua atuação. Desde o início do mês, os integrantes da equipe, voltada à proteção de mulheres vítimas de violência doméstica, estão também fazendo palestras em escolas municipais apresentando temas referentes aos direitos das mulheres, crianças e adolescentes.

 

Denominado Guardiã nas Escolas, o projeto está em fase piloto nas escolas José Padim Mouta e Fued Temer, nas turmas do 5º ano.

 

Por meio de uma cartilha elaborada cuidadosamente com a finalidade de conscientizar as crianças a respeito de um tema tão delicado, temas como a importância da mulher, a história da Lei Maria da Penha, os ciclos da violência e os vários tipos que se apresentam – física, psicológica, moral, patrimonial e sexual –, além do abuso infantil, são abordados em uma linguagem didática, clara e lúdica. No conteúdo, desenhos para pintar e atividades como ligue os pontos e caça-palavras ajudam na assimilação dos temas.

 

A guarda municipal Paiva, que está no grupamento desde o início, em 2023, conta que é muito comum as crianças também serem afetadas pela violência doméstica, seja direta ou indiretamente. “É importante que as crianças aprendam a identificar o problema, saibam como agir em situações de violência doméstica e saibam se proteger dela”.

 

O Guardiã nas Escolas é um “braço” do grupamento Guardiã Maria da Penha, que atualmente acompanha 43 mulheres com medidas protetivas vigentes. Neste período, 275 mulheres foram encaminhadas e 123 vítimas foram assistidas. Estas mulheres contam com um acompanhamento diário e muito próximo das equipes. Além de visitas às casas destas mulheres, os guardas fazem rondas na porta da escola dos filhos, próximo ao trabalho delas, e muitas vezes também ficam responsáveis por providenciar documentações, encaminhar a serviços municipais como o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) ou Ongs e outras entidades, como Defensoria Pública e Ministério Público.

 

É importante destacar ainda que qualquer mulher em situação de violência doméstica pode denunciar também pelo telefone 153, da Guarda Civil Municipal.