Hospital pode ajudar a reduzir mortalidade infantil
Assinado contrato de gestão hospitalar com a Fundação do ABC
Por | 30/7/2008

A gestão profissional do Hospital Municipal Irmã Dulce deve refletir nos índices de mortalidade do Município, a fim de reduzi-los, como ocorreu nas cidades onde a Fundação do ABC passou a responder pela administração das unidades de saúde. A avaliação é do prefeito Alberto Mourão, feita na manhã desta quarta-feira (30), durante a solenidade de assinatura do contrato de gestão hospitalar entre a Prefeitura de Praia Grande e a fundação.
O ato solene teve a participação de inúmeras autoridades, entre elas Marco Antonio Espósito, presidente da Fundação do ABC, organização social que venceu o processo de seleção pública para a gestão do Irmã Dulce. Realizado com as dependências lotadas no Auditório Roberto Marinho, da Secretaria de Educação, o evento aconteceu em clima de forte emoção, marcando a nova etapa da Saúde Pública do Município, representada pelas boas expectativas sobre a nova administração hospitalar.
Com know-how adquirido ao longo de seus 40 anos de existência, a Fundação do ABC é responsável pela gestão, entre outras unidades, do Hospital Estadual Mário Covas e mantenedora da Faculdade de Medicina do ABC, ambos em Santo André.
Revolução – Emocionado, o secretário de Saúde, Eduardo Dall´Acqua, abriu a solenidade fazendo uma explanação sobre a evolução da saúde pública no Município, nos últimos oito anos. Começou com um desabafo: “Esta é a área mais cobrada. Procuro controlar o nervosismo diante de críticas, que partem de pessoas que desconhecem a verdadeira revolução que está sendo feita na área”.
Depois de apresentar números que mostram a evolução, como o de unidades de saúde, no total 28 - entre as de atendimento básico (Usafas e multiclínicas), laboratório, centro de especialidades, pronto-socorros e hospital, Dall’Acqua mostrou todas as etapas adotadas para a estruturação do setor, dentro da lógica moderna que privilegia a saúde preventiva. “Hoje temos 47 equipes de Saúde da Família, cobrindo mais de 88% da população. Em breve chegaremos aos 100% de cobertura.”
E concluiu: “É o início de um novo ciclo. Terminamos o hospital, fizemos as obras e agora teremos a administração da Fundação do ABC, cuja proposta foi a melhor, tanto em termos financeiros como em qualificações. Foi uma luta árdua, vencida graças aos 1.800 funcionários da saúde e à coragem do prefeito para mudar, enfrentar os problemas e acabar com o clientelismo. A verdade sempre prevalece”.
O orador seguinte, Luiz Henrique Pascoal, diretor da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, foi sucinto, fazendo uma metáfora entre a entidade mantenedora e as unidades por ela administradas: “A mãe e seus filhos, que ganham agora um irmão, o Hospital Irmã Dulce. Os mais velhos ajudarão com sua experiência a cuidar desse recém-nascido.”
Representando o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o diretor regional da DRS-IV, Gilberto Elias, falou em seguida para comentar que acompanha o trabalho do prefeito Mourão há oito anos: “Ele é bravo, determinado. E graças a sua seriedade, competência e honestidade (...), conseguiu a vinda do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que o Estado implantará em breve aqui”.
O presidente da Fundação do ABC revelou inicialmente, em seu rápido discurso, ter-se surpreendido com o desenvolvimento de Praia Grande, onde passava suas férias, mas que não visitava desde 1965. Depois, informou que, sem contar com os do hospital de Praia Grande, a fundação e seus parceiros já tem mais de 5.500 funcionários, aos quais se juntarão ainda os do Hospital da Mulher, a ser inaugurado dia 9 de agosto, em Santo André.
Espósito abordou em seguida sua admiração pelo trabalho do prefeito Mourão: “No pouco tempo em que o conheço, já pude perceber seu profissionalismo. Só um prefeito extremamente profissional e moderno abre mão do poder para entregar a gestão de um hospital. Quando o País tiver mais administradores assim, será um Brasil bem melhor”.
Segundo ele, a Fundação do ABC opera baseada no tripé atenção-educação- pesquisa e se considera “honrada por assumir o hospital em Praia Grande, cidade onde a maioria dos moradores da região do ABCD passa suas férias”. Concluiu: “Esses turistas serão atendidos aqui com a mesma qualidade que oferecemos nas suas cidades”.
Pedras – O prefeito iniciou seu discurso lembrando as dificuldades enfrentadas desde a sua primeira administração. “Na saúde, havia uma Santa Casa fechada, uma única ambulância andando e um único pronto-socorro funcionando numa porta 3x4. Foi um longo percurso tentando tirar as pedras do caminho, sofrendo com a incompreensão sobre a lógica do sistema, tentando fazer entender que não adiantava ter um hospital de mil leitos e mais pronto-socorros se não cuidássemos da saúde preventiva.”
Mourão prosseguiu fazendo uma analogia entre o atendimento de emergência e uma barreira que estoura pela força das águas: “O sistema explodiria como ocorre onde a saúde ambulatorial e atenção básica não são priorizadas”.
O prefeito lembrou que todos os investimentos tinham de ser graduais, obedecendo-se à Lei de Responsabilidade Fiscal e que chegou-se à situação esperada, de garantia dos recursos para a gestão terceirizada - o orçamento para os trabalhos da fundação, de agosto a dezembro, será de aproximadamente R$ 2,25 milhões mensais sendo que a estimativa total para o próximo ano supera os R$ 32,5 milhões.
Por fim, depois de afirmar que, pela qualidade da nova gestora e pelos equipamentos adquiridos pela Prefeitura, os índices de mortalidade infantil do Município serão reduzidos, Mourão manifestou sua esperança de futuras novas parcerias com a fundação, na área da Educação, com “cursos de especialização, pós-graduação e doutorado, com a transformação do Irmã Dulce num hospital-escola e, quem sabe, com a vinda do curso de graduação de Medicina”.
Passos - Os próximos passos na questão hospitalar do Município, segundo o secretário Dall’Acqua, serão credenciar os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estruturar o corpo de funcionários e prosseguir a aquisição de equipamentos, lembrando que alguns aparelhos já chegaram e outros estão sendo comprados com recursos municipais e repasses do governo federal. “Estamos cumprindo o que havia sido planejado. O hospital começa a funcionar sob a nova gestão com 130 leitos e até dezembro chegará aos 150, contando os 20 leitos de UTI. Com a ampliação do teto e credenciamento de mais leitos, pretendemos atender dentro da sua capacidade plena, de 210 leitos, já em 2009.”
Mesa - Após os discursos, ocorreu a assinatura do contrato de gestão, pelo prefeito, pelo presidente da fundação e pelo secretário de Saúde. A mesa diretora dos trabalhos foi integrada, além dos que fizeram uso da palavra, pelo 3º promotor do Fórum de Praia Grande, Carlos Cabral Cabrera; pelo presidente da Ação Médica Comunitária, Eládio Vazques Gonzáles, mantenedora da antiga Santa Casa, e pelo médico Adriano Bechara, secretário-adjunto de Saúde e chefe do Departamento Hospitalar e de Pronto-socorro.
Após a solenidade, as autoridades municipais e os dirigentes da Fundação do ABC fizeram uma visita ao Hospital Irmã Dulce.
Diferenciais - Inaugurado em maio deste ano, o Irmã Dulce quer alcançar excelência ao aliar tecnologia de ponta em equipamentos e instalações concebidas segundo rígidos padrões vigentes no setor hospitalar. Buscando o suporte de uma administração técnica compatível com os investimentos feitos em infra-estrutura, a Prefeitura de Praia Grande abriu seleção pública para entidades interessadas. Das propostas apresentadas, a da Fundação do ABC foi escolhida a melhor pela Comissão Especial de Avaliação, constituída por chefes de departamentos e divisões da Secretaria de Saúde Pública (Sesap).
O serviço será prestado por contrato de gestão, novo modelo aplicado tanto pela União quanto pelo Estado, de acordo com o secretário de Saúde. “O procedimento foi transparente e exigiu o alto nível de excelência que se espera do futuro administrador do hospital, construído com base nos padrões mais modernos e obedecendo às mais recentes normas técnicas, superando até hospitais de primeira linha no País”, frisou.
ABC - Com sede em Santo André, no ABC Paulista, a Fundação do ABC completou 40 anos em 2007. Traduzidas em números, as ações de assistência à população da FUABC e suas mantidas registraram no ano passado crescimento de 54% no comparativo com 2006.
Foram mais de 11,7 milhões de benefícios na área de saúde, entre os quais cirurgias, consultas ambulatoriais, exames, internações e demais procedimentos - praticamente 100% para pacientes do Sistema Único de Saúde.
Com previsão de orçamento superior a R$ 350 milhões em 2008, a Organização Social de Saúde desenvolve hoje mais de 40 parcerias público-privadas no Grande ABC, nas mais variadas áreas e especialidades. Além de manter a Faculdade de Medicina do ABC e gerenciar o Hospital Estadual Mário Covas, os dois em Santo André, é responsável ainda pelos hospitais Anchieta e Universitário (HMU), em São Bernardo.
Entre os convênios mais recentes, a FUABC acaba de assumir serviços nos recém-inaugurados Hospital de Emergências de São Caetano e o Quarteirão da Saúde de Diadema, e estará à frente do novo Hospital da Mulher de Santo André.
O ato solene teve a participação de inúmeras autoridades, entre elas Marco Antonio Espósito, presidente da Fundação do ABC, organização social que venceu o processo de seleção pública para a gestão do Irmã Dulce. Realizado com as dependências lotadas no Auditório Roberto Marinho, da Secretaria de Educação, o evento aconteceu em clima de forte emoção, marcando a nova etapa da Saúde Pública do Município, representada pelas boas expectativas sobre a nova administração hospitalar.
Com know-how adquirido ao longo de seus 40 anos de existência, a Fundação do ABC é responsável pela gestão, entre outras unidades, do Hospital Estadual Mário Covas e mantenedora da Faculdade de Medicina do ABC, ambos em Santo André.
Revolução – Emocionado, o secretário de Saúde, Eduardo Dall´Acqua, abriu a solenidade fazendo uma explanação sobre a evolução da saúde pública no Município, nos últimos oito anos. Começou com um desabafo: “Esta é a área mais cobrada. Procuro controlar o nervosismo diante de críticas, que partem de pessoas que desconhecem a verdadeira revolução que está sendo feita na área”.
Depois de apresentar números que mostram a evolução, como o de unidades de saúde, no total 28 - entre as de atendimento básico (Usafas e multiclínicas), laboratório, centro de especialidades, pronto-socorros e hospital, Dall’Acqua mostrou todas as etapas adotadas para a estruturação do setor, dentro da lógica moderna que privilegia a saúde preventiva. “Hoje temos 47 equipes de Saúde da Família, cobrindo mais de 88% da população. Em breve chegaremos aos 100% de cobertura.”
E concluiu: “É o início de um novo ciclo. Terminamos o hospital, fizemos as obras e agora teremos a administração da Fundação do ABC, cuja proposta foi a melhor, tanto em termos financeiros como em qualificações. Foi uma luta árdua, vencida graças aos 1.800 funcionários da saúde e à coragem do prefeito para mudar, enfrentar os problemas e acabar com o clientelismo. A verdade sempre prevalece”.
O orador seguinte, Luiz Henrique Pascoal, diretor da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, foi sucinto, fazendo uma metáfora entre a entidade mantenedora e as unidades por ela administradas: “A mãe e seus filhos, que ganham agora um irmão, o Hospital Irmã Dulce. Os mais velhos ajudarão com sua experiência a cuidar desse recém-nascido.”
Representando o secretário estadual de Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, o diretor regional da DRS-IV, Gilberto Elias, falou em seguida para comentar que acompanha o trabalho do prefeito Mourão há oito anos: “Ele é bravo, determinado. E graças a sua seriedade, competência e honestidade (...), conseguiu a vinda do Ambulatório Médico de Especialidades (AME), que o Estado implantará em breve aqui”.
O presidente da Fundação do ABC revelou inicialmente, em seu rápido discurso, ter-se surpreendido com o desenvolvimento de Praia Grande, onde passava suas férias, mas que não visitava desde 1965. Depois, informou que, sem contar com os do hospital de Praia Grande, a fundação e seus parceiros já tem mais de 5.500 funcionários, aos quais se juntarão ainda os do Hospital da Mulher, a ser inaugurado dia 9 de agosto, em Santo André.
Espósito abordou em seguida sua admiração pelo trabalho do prefeito Mourão: “No pouco tempo em que o conheço, já pude perceber seu profissionalismo. Só um prefeito extremamente profissional e moderno abre mão do poder para entregar a gestão de um hospital. Quando o País tiver mais administradores assim, será um Brasil bem melhor”.
Segundo ele, a Fundação do ABC opera baseada no tripé atenção-educação- pesquisa e se considera “honrada por assumir o hospital em Praia Grande, cidade onde a maioria dos moradores da região do ABCD passa suas férias”. Concluiu: “Esses turistas serão atendidos aqui com a mesma qualidade que oferecemos nas suas cidades”.
Pedras – O prefeito iniciou seu discurso lembrando as dificuldades enfrentadas desde a sua primeira administração. “Na saúde, havia uma Santa Casa fechada, uma única ambulância andando e um único pronto-socorro funcionando numa porta 3x4. Foi um longo percurso tentando tirar as pedras do caminho, sofrendo com a incompreensão sobre a lógica do sistema, tentando fazer entender que não adiantava ter um hospital de mil leitos e mais pronto-socorros se não cuidássemos da saúde preventiva.”
Mourão prosseguiu fazendo uma analogia entre o atendimento de emergência e uma barreira que estoura pela força das águas: “O sistema explodiria como ocorre onde a saúde ambulatorial e atenção básica não são priorizadas”.
O prefeito lembrou que todos os investimentos tinham de ser graduais, obedecendo-se à Lei de Responsabilidade Fiscal e que chegou-se à situação esperada, de garantia dos recursos para a gestão terceirizada - o orçamento para os trabalhos da fundação, de agosto a dezembro, será de aproximadamente R$ 2,25 milhões mensais sendo que a estimativa total para o próximo ano supera os R$ 32,5 milhões.
Por fim, depois de afirmar que, pela qualidade da nova gestora e pelos equipamentos adquiridos pela Prefeitura, os índices de mortalidade infantil do Município serão reduzidos, Mourão manifestou sua esperança de futuras novas parcerias com a fundação, na área da Educação, com “cursos de especialização, pós-graduação e doutorado, com a transformação do Irmã Dulce num hospital-escola e, quem sabe, com a vinda do curso de graduação de Medicina”.
Passos - Os próximos passos na questão hospitalar do Município, segundo o secretário Dall’Acqua, serão credenciar os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), estruturar o corpo de funcionários e prosseguir a aquisição de equipamentos, lembrando que alguns aparelhos já chegaram e outros estão sendo comprados com recursos municipais e repasses do governo federal. “Estamos cumprindo o que havia sido planejado. O hospital começa a funcionar sob a nova gestão com 130 leitos e até dezembro chegará aos 150, contando os 20 leitos de UTI. Com a ampliação do teto e credenciamento de mais leitos, pretendemos atender dentro da sua capacidade plena, de 210 leitos, já em 2009.”
Mesa - Após os discursos, ocorreu a assinatura do contrato de gestão, pelo prefeito, pelo presidente da fundação e pelo secretário de Saúde. A mesa diretora dos trabalhos foi integrada, além dos que fizeram uso da palavra, pelo 3º promotor do Fórum de Praia Grande, Carlos Cabral Cabrera; pelo presidente da Ação Médica Comunitária, Eládio Vazques Gonzáles, mantenedora da antiga Santa Casa, e pelo médico Adriano Bechara, secretário-adjunto de Saúde e chefe do Departamento Hospitalar e de Pronto-socorro.
Após a solenidade, as autoridades municipais e os dirigentes da Fundação do ABC fizeram uma visita ao Hospital Irmã Dulce.
Diferenciais - Inaugurado em maio deste ano, o Irmã Dulce quer alcançar excelência ao aliar tecnologia de ponta em equipamentos e instalações concebidas segundo rígidos padrões vigentes no setor hospitalar. Buscando o suporte de uma administração técnica compatível com os investimentos feitos em infra-estrutura, a Prefeitura de Praia Grande abriu seleção pública para entidades interessadas. Das propostas apresentadas, a da Fundação do ABC foi escolhida a melhor pela Comissão Especial de Avaliação, constituída por chefes de departamentos e divisões da Secretaria de Saúde Pública (Sesap).
O serviço será prestado por contrato de gestão, novo modelo aplicado tanto pela União quanto pelo Estado, de acordo com o secretário de Saúde. “O procedimento foi transparente e exigiu o alto nível de excelência que se espera do futuro administrador do hospital, construído com base nos padrões mais modernos e obedecendo às mais recentes normas técnicas, superando até hospitais de primeira linha no País”, frisou.
ABC - Com sede em Santo André, no ABC Paulista, a Fundação do ABC completou 40 anos em 2007. Traduzidas em números, as ações de assistência à população da FUABC e suas mantidas registraram no ano passado crescimento de 54% no comparativo com 2006.
Foram mais de 11,7 milhões de benefícios na área de saúde, entre os quais cirurgias, consultas ambulatoriais, exames, internações e demais procedimentos - praticamente 100% para pacientes do Sistema Único de Saúde.
Com previsão de orçamento superior a R$ 350 milhões em 2008, a Organização Social de Saúde desenvolve hoje mais de 40 parcerias público-privadas no Grande ABC, nas mais variadas áreas e especialidades. Além de manter a Faculdade de Medicina do ABC e gerenciar o Hospital Estadual Mário Covas, os dois em Santo André, é responsável ainda pelos hospitais Anchieta e Universitário (HMU), em São Bernardo.
Entre os convênios mais recentes, a FUABC acaba de assumir serviços nos recém-inaugurados Hospital de Emergências de São Caetano e o Quarteirão da Saúde de Diadema, e estará à frente do novo Hospital da Mulher de Santo André.