Um outro Brasil logo ali, ao Norte
7/8/2008

*Mariana Felippe
Em cinco dias na Amazônia, conheci um local totalmente diferente de onde nasci e cresci (Santos), e também de todos os outros em que já havia estado. A região surpreende, do clima quente e úmido, que quase derrubou os paulistanos, aos rios e a farta vegetação que parecem não ter fim. Já havia escutado de vários especialistas e pude confirmar: a Amazônia é complexa e impossível de ser desvendada ao primeiro contato.
Viajei com a equipe Repórter do Futuro, da empresa de projetos especiais em comunicação e artes Oboré. Esse projeto existe desde 2004 e busca complementar o que nós, futuros jornalistas, aprendemos na faculdade. Como está no blog do projeto, “é para quem quer ser jornalista de verdade”. Mescla palestras e coletivas de imprensa com atividades práticas. A comitiva, de 22 pessoas, era formada por 10 estudantes, 6 coordenadores e 6 militares do Exército e Aeronáutica.
A ida foi animada, todos queriam chegar logo, conhecer aquele “mundo novo”. Nos preparamos por semanas. Tínhamos várias pautas em mente: Hidrelétrica de Tucuruí, as mulheres escalpeladas (vítimas de um acidente em que os cabelos são arracados ao prender no motor dos barcos), a vida dos brasileiros que vivem na fronteira com a Guiana. Queríamos aproveitar ao máximo o pouco tempo que teríamos para trabalhar. Cinco dias. Sabíamos que seriam horas corridas, mas tudo passou ainda mais rápido. No retorno à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, minha sensação era a de que a viagem havia durado apenas um dia.
Passamos por Marabá, Tucuruí e Belém, no Pará, e Macapá e Oiapoque (extremo Norte do Brasil), no Amapá. Tivemos ainda uma passagem por Saint Georges du Oyapock, na Guiana Francesa. Tempo suficiente para conversarmos com franceses e brasileiros que vivem lá e percebermos a grande diferença cultural e política entre as duas cidades – uma brasileira e uma francesa – banhadas pelo rio Oiapoque.
O Exército, patrocinador da viagem, realiza trabalho fundamental na região, em todas as áreas, principalmente na educação, saúde e preservação ambiental. Como os próprios militares afirmam, são eles que chegam onde nenhum outro órgão do Estado está. É preciso conhecer esse trabalho para valorizá-lo de verdade. Para grande parte da população local, que vive fora das grandes cidades, a atuação do Exército é essencial.
Por sua extensão e diversidade, a Amazônia esconde problemas tão específicos quanto suas belezas. A oportunidade que tive foi única. O apoio das Forças Armadas foi crucial para realizar algumas incursões e visitas, em um roteiro distante do turista comum.
Navegamos de voadeira (barco típico da região) pelo rio Tocantins, exploramos igarapés do Amazonas e sobrevoamos de Caravan a Ilha de Marajó. O prazer da descoberta atingiu todos os sentidos, inclusive o paladar, com cupuaçu, taperebá e até jambo colhido no pé.
Da viagem, ficam as lembranças e o aprendizado. São milhares de fotos, vídeos, histórias, amizades fortalecidas, mas acima de tudo, a certeza de que o Brasil tem muitas faces dentro de si, que não se anulam nunca, pelo contrário, se completam. Mais informações, fotos e relatos nos sites www.reporterdofuturo.com.br .
*estagiária do Depto de Comunicação da Prefeitura, Mariana Felippe é terceiranista de jornalismo na UniSantos e participa de ações do Núcleo de Jornalismo Ambiental de Santos e Região
Em cinco dias na Amazônia, conheci um local totalmente diferente de onde nasci e cresci (Santos), e também de todos os outros em que já havia estado. A região surpreende, do clima quente e úmido, que quase derrubou os paulistanos, aos rios e a farta vegetação que parecem não ter fim. Já havia escutado de vários especialistas e pude confirmar: a Amazônia é complexa e impossível de ser desvendada ao primeiro contato.
Viajei com a equipe Repórter do Futuro, da empresa de projetos especiais em comunicação e artes Oboré. Esse projeto existe desde 2004 e busca complementar o que nós, futuros jornalistas, aprendemos na faculdade. Como está no blog do projeto, “é para quem quer ser jornalista de verdade”. Mescla palestras e coletivas de imprensa com atividades práticas. A comitiva, de 22 pessoas, era formada por 10 estudantes, 6 coordenadores e 6 militares do Exército e Aeronáutica.
A ida foi animada, todos queriam chegar logo, conhecer aquele “mundo novo”. Nos preparamos por semanas. Tínhamos várias pautas em mente: Hidrelétrica de Tucuruí, as mulheres escalpeladas (vítimas de um acidente em que os cabelos são arracados ao prender no motor dos barcos), a vida dos brasileiros que vivem na fronteira com a Guiana. Queríamos aproveitar ao máximo o pouco tempo que teríamos para trabalhar. Cinco dias. Sabíamos que seriam horas corridas, mas tudo passou ainda mais rápido. No retorno à Base Aérea de São Paulo, em Guarulhos, minha sensação era a de que a viagem havia durado apenas um dia.
Passamos por Marabá, Tucuruí e Belém, no Pará, e Macapá e Oiapoque (extremo Norte do Brasil), no Amapá. Tivemos ainda uma passagem por Saint Georges du Oyapock, na Guiana Francesa. Tempo suficiente para conversarmos com franceses e brasileiros que vivem lá e percebermos a grande diferença cultural e política entre as duas cidades – uma brasileira e uma francesa – banhadas pelo rio Oiapoque.
O Exército, patrocinador da viagem, realiza trabalho fundamental na região, em todas as áreas, principalmente na educação, saúde e preservação ambiental. Como os próprios militares afirmam, são eles que chegam onde nenhum outro órgão do Estado está. É preciso conhecer esse trabalho para valorizá-lo de verdade. Para grande parte da população local, que vive fora das grandes cidades, a atuação do Exército é essencial.
Por sua extensão e diversidade, a Amazônia esconde problemas tão específicos quanto suas belezas. A oportunidade que tive foi única. O apoio das Forças Armadas foi crucial para realizar algumas incursões e visitas, em um roteiro distante do turista comum.
Navegamos de voadeira (barco típico da região) pelo rio Tocantins, exploramos igarapés do Amazonas e sobrevoamos de Caravan a Ilha de Marajó. O prazer da descoberta atingiu todos os sentidos, inclusive o paladar, com cupuaçu, taperebá e até jambo colhido no pé.
Da viagem, ficam as lembranças e o aprendizado. São milhares de fotos, vídeos, histórias, amizades fortalecidas, mas acima de tudo, a certeza de que o Brasil tem muitas faces dentro de si, que não se anulam nunca, pelo contrário, se completam. Mais informações, fotos e relatos nos sites www.reporterdofuturo.com.br .
*estagiária do Depto de Comunicação da Prefeitura, Mariana Felippe é terceiranista de jornalismo na UniSantos e participa de ações do Núcleo de Jornalismo Ambiental de Santos e Região