Praia Grande ganhará Parque Ecológico
Estado e Município finalizam detalhes para implantação do Parque Guariúma
Por João Carlos Miranda | 20/8/2008

Praia Grande ganhará nova atração turística até o final do ano: o Parque Ecológico Guariúma, um santuário que preserva a rica fauna e flora da Mata Atlântica, a poucos quilômetros da zona urbana da Cidade. O local, parte do Parque Estadual da Serra do Mar, fica nos fundos do Bairro Melvi e engloba a área da Cachoeira do Guariúma, um dos mais belos patrimônios naturais da Região Metropolitana da Baixada Santista. A queda d’água integra o sistema de captação de água operado pela Sabesp.
Para acertar os detalhes finais da implantação do projeto, o secretário municipal de Turismo, José Alonso Júnior, recepcionou comissão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, coordenada pela diretora do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Itutinga-Pilões, Adriane Moreira Tempest.
Na encontro, Adriane Tempest informou que os recursos para a implantação do parque já estão garantidos. Aproximadamente R$ 1,3 milhão. O valor é parte do total a ser investido pelo Estado no projeto de revitalização do Parque da Serra do Mar.
O Parque Guariúma ganhará portal para controle de acesso, centro de visitantes e base de fiscalização. “É o resultado de estudo que realizamos há alguns anos. Contamos sempre com a parceria da Prefeitura para viabilizar esse projeto”, declarou a diretora.
Como ressaltou Adriana Tempest, os visitantes poderão usufruir da riqueza ambiental da floresta de Mata Atlântica. “Trata-se de área especialmente protegida. Este é o quinto ecossistema mais ameaçado do planeta, mais rico em biodiversidade que a Amazônia. Para se ter uma idéia da necessidade de preservação e dos riscos que corre, hoje a Mata Atlântica está reduzida a cerca de 8% da área existente no início da colonização”.
José Alonso Junior comentou que a Secretaria de Turismo de Praia Grande elaborou amplo projeto que visa abrir a trilha da Cachoeira do Guariúma ao público, sem causar impacto negativo. “Profundo e detalhado, o trabalho estabelece regras dentro de técnicas e normas vigentes no setor, avalia capacidade de carga do ecossistema e orienta a inclusão social na preservação da fauna e flora, entre outros aspectos”.
Bacharel em Turismo e pós-graduado em Educação Ambiental, Alonso Júnior explicou que vários fatores são considerados antes da abertura oficial do parque. “Seria muito fácil definir trilhas e abrir ao público, mas queremos liberar com regras. Temos essa responsabilidade”, prossegue.
Por se tratar de área de captação de água, o parque inicialmente deve estimular apenas o turismo contemplativo. Haverá também limite do número de visitantes, segundo o fluxo que a cachoeira suporta. “Queremos ter uma nova atração turística, mas isso será feito de forma a preservar este bem maior, que é a Mata Atlântica, um patrimônio inestimável”.
Educação – O prefeito Alberto Mourão comemorou a implantação do Parque Guariúma e fez questão de destacar a importância das visitas monitoradas e seu caráter educativo, principalmente para as futuras gerações. “Uma coisa é olhar de longe a beleza natural e divulgar leis que proíbem isto ou aquilo. Outra, o que o parque permitirá: sentir a energia da natureza in loco e se tornar, de forma natural, um defensor da preservação do ecossistema. As visitas monitoradas vão educar quanto às formas de defesa do ambiente”.
Mourão fez questão de parabenizar os técnicos estaduais e do Município envolvidos no projeto de implantação do parque.
Participaram também da reunião na Setur, na última terça-feira (19), a arquiteta da Fundação Florestal, Eloá Cruzeiro; a assessora da diretoria da entidade, Célia Serrano; e a secretária-executiva da Secretaria de Obras Públicas de Praia Grande, Eloísa Ojea Gomes Tavares.
Mata Atlântica - A Mata Atlântica é o mais importante dos seis biomas brasileiros, local de grande riqueza biológica e um dos mais ameaçados da Terra. Devido à riqueza excepcional da biodiversidade de seu ecossistema, sua beleza natural e seu valor universal para a humanidade, as áreas remanescentes foram declaradas Reserva da Biosfera pela Unesco em 1992 e inscritas como Patrimônio Mundial da Humanidade em 1999.
Embora menos conhecida internacionalmente que a Amazônia e formando com ela as duas maiores e mais importantes florestas tropicais do continente Sul-Americano, a Mata Atlântica é considerada a floresta-mãe da Nação Brasileira. À época da chegada dos portugueses, em 1500, se estendia contínua por mais de 1.300.000 km2, área duas vezes maior que a França, o que corresponde a cerca de 15% do atual território brasileiro.
Da cobertura original restam hoje apenas 8% no litoral dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Reservas do Sudeste) e uma pequena parte no sul da Bahia (Reservas da Costa do Descobrimento).
Devido a variações ambientais extremas nesse bioma, sua biodiversidade é extremamente alta. A Mata Atlântica contém cerca de 250 espécies de mamíferos, 340 de anfíbios, 1.023 de pássaros e aproximadamente 20 mil tipos de árvore. Metade das espécies de árvores e 80% dos primatas são endêmicos.
A flora e fauna da Mata Atlântica têm catalogadas mais de 450 espécies por hectare (10 mil metros quadrados). Em alguns lugares, a biodiversidade é maior que a encontrada na Amazônia. Sua estrutura e composição variam conforme os solos e as condições climáticas. No nível do mar, como é o caso da área de Praia Grande, ocorrem florestas de planície, mata ciliar e ecossistemas associados da Mata Atlântica, como manguezais e restinga.
Devido a processos geológicos e geomorfológicos que formaram a cordilheira da Serra do Mar, os estuários, rios selvagens e inúmeras cachoeiras, o lugar dispõe de valor cênico excepcional. Além de sua beleza natural, a Mata Atlântica esconde alguns significantes sítios culturais, como a histórica trilha de ouro na Serra da Bocaina, os pré-históricos sambaquis em Superagüi e as culturas caiçaras em Ilhabela e Juatinga.
Serra do mar – O futuro parque de Praia Grande fica dentro da área da Serra do mar. Trata-se da cordilheira costeira que acompanha cerca de 1.000 km do Litoral Sul e Sudeste do País, do Rio de Janeiro e ao norte de Santa Catarina.
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Para acertar os detalhes finais da implantação do projeto, o secretário municipal de Turismo, José Alonso Júnior, recepcionou comissão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, coordenada pela diretora do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Itutinga-Pilões, Adriane Moreira Tempest.
Na encontro, Adriane Tempest informou que os recursos para a implantação do parque já estão garantidos. Aproximadamente R$ 1,3 milhão. O valor é parte do total a ser investido pelo Estado no projeto de revitalização do Parque da Serra do Mar.
O Parque Guariúma ganhará portal para controle de acesso, centro de visitantes e base de fiscalização. “É o resultado de estudo que realizamos há alguns anos. Contamos sempre com a parceria da Prefeitura para viabilizar esse projeto”, declarou a diretora.
Como ressaltou Adriana Tempest, os visitantes poderão usufruir da riqueza ambiental da floresta de Mata Atlântica. “Trata-se de área especialmente protegida. Este é o quinto ecossistema mais ameaçado do planeta, mais rico em biodiversidade que a Amazônia. Para se ter uma idéia da necessidade de preservação e dos riscos que corre, hoje a Mata Atlântica está reduzida a cerca de 8% da área existente no início da colonização”.
José Alonso Junior comentou que a Secretaria de Turismo de Praia Grande elaborou amplo projeto que visa abrir a trilha da Cachoeira do Guariúma ao público, sem causar impacto negativo. “Profundo e detalhado, o trabalho estabelece regras dentro de técnicas e normas vigentes no setor, avalia capacidade de carga do ecossistema e orienta a inclusão social na preservação da fauna e flora, entre outros aspectos”.
Bacharel em Turismo e pós-graduado em Educação Ambiental, Alonso Júnior explicou que vários fatores são considerados antes da abertura oficial do parque. “Seria muito fácil definir trilhas e abrir ao público, mas queremos liberar com regras. Temos essa responsabilidade”, prossegue.
Por se tratar de área de captação de água, o parque inicialmente deve estimular apenas o turismo contemplativo. Haverá também limite do número de visitantes, segundo o fluxo que a cachoeira suporta. “Queremos ter uma nova atração turística, mas isso será feito de forma a preservar este bem maior, que é a Mata Atlântica, um patrimônio inestimável”.
Educação – O prefeito Alberto Mourão comemorou a implantação do Parque Guariúma e fez questão de destacar a importância das visitas monitoradas e seu caráter educativo, principalmente para as futuras gerações. “Uma coisa é olhar de longe a beleza natural e divulgar leis que proíbem isto ou aquilo. Outra, o que o parque permitirá: sentir a energia da natureza in loco e se tornar, de forma natural, um defensor da preservação do ecossistema. As visitas monitoradas vão educar quanto às formas de defesa do ambiente”.
Mourão fez questão de parabenizar os técnicos estaduais e do Município envolvidos no projeto de implantação do parque.
Participaram também da reunião na Setur, na última terça-feira (19), a arquiteta da Fundação Florestal, Eloá Cruzeiro; a assessora da diretoria da entidade, Célia Serrano; e a secretária-executiva da Secretaria de Obras Públicas de Praia Grande, Eloísa Ojea Gomes Tavares.
Mata Atlântica - A Mata Atlântica é o mais importante dos seis biomas brasileiros, local de grande riqueza biológica e um dos mais ameaçados da Terra. Devido à riqueza excepcional da biodiversidade de seu ecossistema, sua beleza natural e seu valor universal para a humanidade, as áreas remanescentes foram declaradas Reserva da Biosfera pela Unesco em 1992 e inscritas como Patrimônio Mundial da Humanidade em 1999.
Embora menos conhecida internacionalmente que a Amazônia e formando com ela as duas maiores e mais importantes florestas tropicais do continente Sul-Americano, a Mata Atlântica é considerada a floresta-mãe da Nação Brasileira. À época da chegada dos portugueses, em 1500, se estendia contínua por mais de 1.300.000 km2, área duas vezes maior que a França, o que corresponde a cerca de 15% do atual território brasileiro.
Da cobertura original restam hoje apenas 8% no litoral dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Reservas do Sudeste) e uma pequena parte no sul da Bahia (Reservas da Costa do Descobrimento).
Devido a variações ambientais extremas nesse bioma, sua biodiversidade é extremamente alta. A Mata Atlântica contém cerca de 250 espécies de mamíferos, 340 de anfíbios, 1.023 de pássaros e aproximadamente 20 mil tipos de árvore. Metade das espécies de árvores e 80% dos primatas são endêmicos.
A flora e fauna da Mata Atlântica têm catalogadas mais de 450 espécies por hectare (10 mil metros quadrados). Em alguns lugares, a biodiversidade é maior que a encontrada na Amazônia. Sua estrutura e composição variam conforme os solos e as condições climáticas. No nível do mar, como é o caso da área de Praia Grande, ocorrem florestas de planície, mata ciliar e ecossistemas associados da Mata Atlântica, como manguezais e restinga.
Devido a processos geológicos e geomorfológicos que formaram a cordilheira da Serra do Mar, os estuários, rios selvagens e inúmeras cachoeiras, o lugar dispõe de valor cênico excepcional. Além de sua beleza natural, a Mata Atlântica esconde alguns significantes sítios culturais, como a histórica trilha de ouro na Serra da Bocaina, os pré-históricos sambaquis em Superagüi e as culturas caiçaras em Ilhabela e Juatinga.
Serra do mar – O futuro parque de Praia Grande fica dentro da área da Serra do mar. Trata-se da cordilheira costeira que acompanha cerca de 1.000 km do Litoral Sul e Sudeste do País, do Rio de Janeiro e ao norte de Santa Catarina.
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