Sandro Viana: “Ser profissional é dar o seu melhor sempre”
Corredor do revezamento 4x100, na Olimpíada da China, elogia pista de Praia Grande
Por Fabricio Tinêo | 1/10/2008

Integrante do revezamento 4x100 metros rasos na Olimpíada de Beijing, na China, o amazonense Sandro Ricardo Rodrigues Viana esteve em Praia Grande para acompanhar o Campeonato Brasileiro de menores, realizado no último final de semana (27 e 28), na Pista Municipal.
“Embalei em Praia Grande para fazer o índice olímpico. Foi meu primeiro degrau. Depois, fizemos um training camping aqui, com a seleção nacional. A Cidade se tornou um canal para todos os atletas da modalidade. Eu já sei o caminho de cor. O material utilizado na pista que corri em Beijing é o mesmo daqui. Tenho de parabenizar a Prefeitura que, por iniciativa própria, fez algo em prol do esporte; isso é raro nos dias de hoje”, disse o corredor.
Aos 31 anos, Viana começou tarde no atletismo. “Iniciei aos 24 anos. Fui com um amigo assistir ao meeting de Manaus e fiquei impressionado com Claudinei Quirino. Aí brinquei com meu colega, dizendo que na minha rua eu era campeão. Ele me provocou a fazer um teste oficial. Fiz. Quebrei o recorde da seletiva para iniciantes”, revelou.
Apesar da curta carreira, Viana sagrou-se octacampeão do Norte-Nordeste, tricampeão amazonense, bicampeão brasileiro dos 100 e 200 metros rasos, campeão sul-americano dos 200 metros e do revezamento 4x100, campeão ibero-americano e pan-americano do 4x100, e quarto colocado no Campeonato Mundial e na Olimpíada da China.
“Minha mente é mais rápida que meu corpo. Quando entrei no esporte não tinha visão nenhuma, mas também não tinha freio, limites. Fazia além do que os treinadores me pediam. Amo correr e encaro isso de forma séria. Ser profissional é dar o seu melhor sempre”, disse Sandro.
Dureza – Como todos sabem, não é fácil vida de atleta amador no Brasil. Viana enfrentou muitas dificuldades. “Sair de Manaus e vir para São Paulo foi uma mudança brusca na minha vida. Larguei família, trabalho, estudo. Vendi tudo o que tinha para vir para cá em 2004: meu fogão, tênis, cama, televisão. Morei no Ginásio do Ibirapuera por cinco meses. Aí venci o paulista universitário e chamei a atenção”.
O ano de 2003 foi o pior da carreira de Viana. Ele trabalhava oito horas por dia, em pé, numa fábrica, depois treinava e ia estudar. “Nunca deixei a peteca cair. Porém, chegou um momento no qual o esporte exigia dedicação exclusiva, total. Percebi que ali era um divisor de águas: ou ficava em Manaus ou ia para São Paulo encarar novos desafios. Abdiquei de muita coisa, mas não me arrependo. Valeu a pena”, considerou.
Emoção – Ao chegar ao estádio Ninho do Pássaro, na China, Viana não conteve as lágrimas. “O filme de minha vida passou na minha cabeça. Saí do nada e estava na maior competição do Universo. A vontade que tive era só de chorar. Lembrei-me de amigos e familiares. Desabei emocionalmente, naquele instante. Todavia, voltei a me concentrar para dar valor a vaga conquistada. Ou você se abala, ou se fortalece com essas situações. Eu cresci”, concluiu.
“Embalei em Praia Grande para fazer o índice olímpico. Foi meu primeiro degrau. Depois, fizemos um training camping aqui, com a seleção nacional. A Cidade se tornou um canal para todos os atletas da modalidade. Eu já sei o caminho de cor. O material utilizado na pista que corri em Beijing é o mesmo daqui. Tenho de parabenizar a Prefeitura que, por iniciativa própria, fez algo em prol do esporte; isso é raro nos dias de hoje”, disse o corredor.
Aos 31 anos, Viana começou tarde no atletismo. “Iniciei aos 24 anos. Fui com um amigo assistir ao meeting de Manaus e fiquei impressionado com Claudinei Quirino. Aí brinquei com meu colega, dizendo que na minha rua eu era campeão. Ele me provocou a fazer um teste oficial. Fiz. Quebrei o recorde da seletiva para iniciantes”, revelou.
Apesar da curta carreira, Viana sagrou-se octacampeão do Norte-Nordeste, tricampeão amazonense, bicampeão brasileiro dos 100 e 200 metros rasos, campeão sul-americano dos 200 metros e do revezamento 4x100, campeão ibero-americano e pan-americano do 4x100, e quarto colocado no Campeonato Mundial e na Olimpíada da China.
“Minha mente é mais rápida que meu corpo. Quando entrei no esporte não tinha visão nenhuma, mas também não tinha freio, limites. Fazia além do que os treinadores me pediam. Amo correr e encaro isso de forma séria. Ser profissional é dar o seu melhor sempre”, disse Sandro.
Dureza – Como todos sabem, não é fácil vida de atleta amador no Brasil. Viana enfrentou muitas dificuldades. “Sair de Manaus e vir para São Paulo foi uma mudança brusca na minha vida. Larguei família, trabalho, estudo. Vendi tudo o que tinha para vir para cá em 2004: meu fogão, tênis, cama, televisão. Morei no Ginásio do Ibirapuera por cinco meses. Aí venci o paulista universitário e chamei a atenção”.
O ano de 2003 foi o pior da carreira de Viana. Ele trabalhava oito horas por dia, em pé, numa fábrica, depois treinava e ia estudar. “Nunca deixei a peteca cair. Porém, chegou um momento no qual o esporte exigia dedicação exclusiva, total. Percebi que ali era um divisor de águas: ou ficava em Manaus ou ia para São Paulo encarar novos desafios. Abdiquei de muita coisa, mas não me arrependo. Valeu a pena”, considerou.
Emoção – Ao chegar ao estádio Ninho do Pássaro, na China, Viana não conteve as lágrimas. “O filme de minha vida passou na minha cabeça. Saí do nada e estava na maior competição do Universo. A vontade que tive era só de chorar. Lembrei-me de amigos e familiares. Desabei emocionalmente, naquele instante. Todavia, voltei a me concentrar para dar valor a vaga conquistada. Ou você se abala, ou se fortalece com essas situações. Eu cresci”, concluiu.