Pacientes revelam qualidades na passarela
Pessoas com transtornos mentais elevam a auto-estima no Caps
Por Paola Vieira | 13/11/2008
Luz na passarela. Durante dois meses, os 20 pacientes com transtornos mentais se preparam para fazer bonito no 2º Desfile de Perfil promovido pelo Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Com cabelos arrumados, unhas pintadas, barbas feitas e as melhores roupas, eles demonstraram talento durante o evento que ocorreu na manhã desta quinta-feira (13).
A coordenadora do Programa Municipal de Saúde Mental, Dorian Rojas, explica que o Caps tem uma proposta diferente de tratar os pacientes. “Numa sociedade onde é valorizado o glamour e o status, há pouco lugar para o portador de transtorno mental; na verdade, ele fica marginalizado. Como temos uma política da não-internação e da integração, acabamos trazendo os modelos que acabam marginalizados para dentro do Caps e trabalhamos com essa conscientização, mostrando aos pacientes que eles não são inválidos. Para nossa surpresa, eles aderem à proposta. Temos um trabalho diário. Validar o inválido.”
De acordo com a professora de educação física da unidade, Daniela Araújo Santos, o desfile trabalha a valorização dos pacientes e a auto-estima. “Queremos mostrar que cada um tem uma qualidade, uma beleza que não precisa ser física. A pessoa pode ser simpática, alegre, cooperativa; isso é uma qualidade; isso é uma beleza. O tema dessa edição do desfile é Sua Estrela Vai Brilhar, porque todos têm uma estrela dentro de si. Trabalhamos a questão da valorização, visto que são muito excluídos na sociedade. Na verdade, eles têm capacidades e qualidades.”
Nervoso nos bastidores, Edson de Oliveira, 39 anos, aguardava ansiosamente a hora de desfilar. “Nunca desfilei antes; estou nervoso; nem sei como vai ser. Tenho vergonha das pessoas me olhando, mas vai dar tudo certo. Assim fico feliz e meus amigos também”, disse Oliveira enquanto aguardava o início do evento.
Há quatro anos Oliveira freqüenta o Caps. “Participo de várias atividades e festas. Fiz até curso de padeiro; tenho diploma. A gente vem aqui para se tratar e ainda nos divertimos.”
Hospital-dia – O Caps realiza trabalho de reinserção social cuidando de pessoas com transtornos mentais graves e severos, mas mantendo-as em liberdade. São realizados eventos em datas comemorativas para ampliar as possibilidades.
No local também ocorrem oficinas terapêuticas, como as de pedraria, produção de fontes, tecidos, linhas e fios em geral, além do bazar onde os pacientes têm contato com a população e vendem produções artesanais.
A coordenadora do Programa Municipal de Saúde Mental, Dorian Rojas, explica que o Caps tem uma proposta diferente de tratar os pacientes. “Numa sociedade onde é valorizado o glamour e o status, há pouco lugar para o portador de transtorno mental; na verdade, ele fica marginalizado. Como temos uma política da não-internação e da integração, acabamos trazendo os modelos que acabam marginalizados para dentro do Caps e trabalhamos com essa conscientização, mostrando aos pacientes que eles não são inválidos. Para nossa surpresa, eles aderem à proposta. Temos um trabalho diário. Validar o inválido.”
De acordo com a professora de educação física da unidade, Daniela Araújo Santos, o desfile trabalha a valorização dos pacientes e a auto-estima. “Queremos mostrar que cada um tem uma qualidade, uma beleza que não precisa ser física. A pessoa pode ser simpática, alegre, cooperativa; isso é uma qualidade; isso é uma beleza. O tema dessa edição do desfile é Sua Estrela Vai Brilhar, porque todos têm uma estrela dentro de si. Trabalhamos a questão da valorização, visto que são muito excluídos na sociedade. Na verdade, eles têm capacidades e qualidades.”
Nervoso nos bastidores, Edson de Oliveira, 39 anos, aguardava ansiosamente a hora de desfilar. “Nunca desfilei antes; estou nervoso; nem sei como vai ser. Tenho vergonha das pessoas me olhando, mas vai dar tudo certo. Assim fico feliz e meus amigos também”, disse Oliveira enquanto aguardava o início do evento.
Há quatro anos Oliveira freqüenta o Caps. “Participo de várias atividades e festas. Fiz até curso de padeiro; tenho diploma. A gente vem aqui para se tratar e ainda nos divertimos.”
Hospital-dia – O Caps realiza trabalho de reinserção social cuidando de pessoas com transtornos mentais graves e severos, mas mantendo-as em liberdade. São realizados eventos em datas comemorativas para ampliar as possibilidades.
No local também ocorrem oficinas terapêuticas, como as de pedraria, produção de fontes, tecidos, linhas e fios em geral, além do bazar onde os pacientes têm contato com a população e vendem produções artesanais.
