Informação auxilia mulher a combater câncer de mama
Mastologista do Cemas destaca a importância do auto-exame das mamas
Por Nádia Almeida | 19/11/2008
Informação é a principal arma das mulheres na detecção precoce do câncer de mama. Para ampliar o conhecimento do público feminino sobre a doença e ensinar a fazer o auto-exame, a Secretaria de Saúde Pública promoveu a Semana Municipal de Saúde Mamária em todas as unidades básicas, de 3 a 7 deste mês, com palestras ministradas por profissionais de saúde da rede. Na coordenação do evento, o Apoio Técnico à Saúde da Mulher da Sesap contabilizou 153 palestras com 1.829 participantes.
“Foram promovidas mais palestras que na edição anterior e a participação do público também foi maior”, avalia a médica Marivel Gomez Barreiro, responsável pelo setor. No ano passado, as unidades realizaram 130 palestras, reunindo 1.552 participantes.
Ginecologista e obstetra, Marivel faz um alerta às mulheres para que busquem informações e não deixem de passar por consultas médicas regulares, realizando os exames solicitados. A partir dos 40 anos, a mamografia, que pode detectar alterações na mama, passa a ser de rotina.
Dentro da Semana de Saúde Mamária, 582 pacientes consultaram médicos da rede em busca de prevenção, nas 20 unidades básicas. Outras 61 procuraram atendimento porque perceberam alterações nas mamas, como dor, nódulo e retração. De 643 mulheres consultadas, foram solicitadas 598 mamografias e 50 ultra-sonografias de mama.
Tratamento - O mastologista Marco Antonio Dugatto, que atende no Centro de Especialidades Médicas, Ambulatoriais e Sociais (Cemas), reforça que o diagnóstico precoce aumenta as chances de êxito no tratamento do câncer. “As mulheres devem deixar de lado os preconceitos e o medo, procurando atendimento médico.” Dugatto adverte que o mastologista é o profissional adequado para cuidar de casos suspeitos ou confirmados de câncer de mama.
Para ele, o auto-exame ajuda muito na detecção do problema. Mas em seu trabalho, ele observa que além do receio de encontrar nódulos ou outra anormalidade nas mamas, muitas mulheres não têm intimidade com o próprio corpo para se tocar e se sentem até constrangidas.
Esse procedimento simples de apalpar as mamas deve ser feito por toda mulher com mais de 15 anos de idade. “No chuveiro, com um braço na nuca e outro na mama, ela deve dedilhá-la de fora para dentro, como se estivesse tocando um piano, da axila até a auréola. Depois, deve fazer o mesmo do lado oposto e repetir o processo deitada”, explica.
Segundo o médico, o auto-exame deve ser realizado de 7 a 10 dias após a menstruação. “Mulheres que retiraram o útero ou as que pararam de menstruar com a menopausa devem fixar um dia no mês e fazer sempre naquele dia”, prossegue. Se sentir caroço, nódulo, pele retraída e perceber qualquer outra mudança, como alteração de coloração ou inversão ou retração de mamilo, a pessoa deve procurar rapidamente o serviço de saúde.
Praia Grande registrou 14 óbitos de mulheres por neoplasia de mama em 2005, como revelam dados do DataSUS. Em 2006 foram 13, em mulheres com mais de 50 anos de idade, também pelo DataSUS. No ano seguinte, o câncer de mama fez 16 vítimas fatais, segundo a Fundação Seade. Neste ano, o último levantamento do Sistema de Informação de Mortalidade Municipal (SIM) registra seis mortes pela doença até julho.
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comentepgnoticias@gmail.com
“Foram promovidas mais palestras que na edição anterior e a participação do público também foi maior”, avalia a médica Marivel Gomez Barreiro, responsável pelo setor. No ano passado, as unidades realizaram 130 palestras, reunindo 1.552 participantes.
Ginecologista e obstetra, Marivel faz um alerta às mulheres para que busquem informações e não deixem de passar por consultas médicas regulares, realizando os exames solicitados. A partir dos 40 anos, a mamografia, que pode detectar alterações na mama, passa a ser de rotina.
Dentro da Semana de Saúde Mamária, 582 pacientes consultaram médicos da rede em busca de prevenção, nas 20 unidades básicas. Outras 61 procuraram atendimento porque perceberam alterações nas mamas, como dor, nódulo e retração. De 643 mulheres consultadas, foram solicitadas 598 mamografias e 50 ultra-sonografias de mama.
Tratamento - O mastologista Marco Antonio Dugatto, que atende no Centro de Especialidades Médicas, Ambulatoriais e Sociais (Cemas), reforça que o diagnóstico precoce aumenta as chances de êxito no tratamento do câncer. “As mulheres devem deixar de lado os preconceitos e o medo, procurando atendimento médico.” Dugatto adverte que o mastologista é o profissional adequado para cuidar de casos suspeitos ou confirmados de câncer de mama.
Para ele, o auto-exame ajuda muito na detecção do problema. Mas em seu trabalho, ele observa que além do receio de encontrar nódulos ou outra anormalidade nas mamas, muitas mulheres não têm intimidade com o próprio corpo para se tocar e se sentem até constrangidas.
Esse procedimento simples de apalpar as mamas deve ser feito por toda mulher com mais de 15 anos de idade. “No chuveiro, com um braço na nuca e outro na mama, ela deve dedilhá-la de fora para dentro, como se estivesse tocando um piano, da axila até a auréola. Depois, deve fazer o mesmo do lado oposto e repetir o processo deitada”, explica.
Segundo o médico, o auto-exame deve ser realizado de 7 a 10 dias após a menstruação. “Mulheres que retiraram o útero ou as que pararam de menstruar com a menopausa devem fixar um dia no mês e fazer sempre naquele dia”, prossegue. Se sentir caroço, nódulo, pele retraída e perceber qualquer outra mudança, como alteração de coloração ou inversão ou retração de mamilo, a pessoa deve procurar rapidamente o serviço de saúde.
Praia Grande registrou 14 óbitos de mulheres por neoplasia de mama em 2005, como revelam dados do DataSUS. Em 2006 foram 13, em mulheres com mais de 50 anos de idade, também pelo DataSUS. No ano seguinte, o câncer de mama fez 16 vítimas fatais, segundo a Fundação Seade. Neste ano, o último levantamento do Sistema de Informação de Mortalidade Municipal (SIM) registra seis mortes pela doença até julho.
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