Teste acessível favorece diagnóstico precoce da Aids
Testes para detecção do HIV e vírus da sífilis estão disponíveis nas unidades básicas
26/11/2008

Antes acessíveis apenas no Serviço de Atendimento Especializado (SAE), o teste anti-HIV, para detecção do vírus que provoca a Aids, e o VDRL (sigla de Veneral Disease Research Laboratories), para a sífilis, vem sendo disponibilizados nas unidades básicas de saúde desde julho deste ano. A iniciativa é o resultado prático da capacitação sobre sífilis congênita ministrada pelo médico infectologista Marco Antonio Barbosa dos Reis a profissionais da rede básica de saúde no ano passado.
Entre as sugestões apresentadas pelas próprias equipes para o combate à sífilis transmitida de mãe para filho estava a descentralização desses testes, que numa mesma amostra de sangue aponta a presença do vírus da sífilis e o da Aids.
“Fizemos um trabalho junto às equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A partir do aplicado na capacitação, elas se sentiram habilitadas a fazer a coleta e dar o resultado”, explica a coordenadora do Programa Municipal DST/Aids/Hepatites, Dorian Rojas. “Nós incentivamos e, juntos, formamos um protocolo de como deveria ser esse serviço.”
Em quatro meses, a testagem funciona plenamente. “As equipes assumiram essa responsabilidade e quem ganhou foi a população, pois passou a ter a possibilidade do diagnóstico precoce. Dentro desse processo, é importante colocar que nós, do Programa Municipal, temos supervisionado as unidades, mas como parceiros. Elas não estão sozinhas nisso”, esclarece Dorian. “Nosso objetivo é chegar à promoção de saúde.”
Responsável pelo Laboratório Municipal, Cibele Picini Marciano explica que numa primeira etapa foi descentralizada apenas a testagem de gestantes, sendo, logo após, ampliada para toda a população. O paciente colhe a amostra na unidade, que segue para análise no laboratório e retorna alguns dias depois, podendo ter o resultado em cerca de uma semana. “Ficou mais prático para a pessoa, que não precisa mais se deslocar até o SAE. Basta procurar a unidade de sua região”, observa.
Danos ao bebê - Pneumonia, feridas pelo corpo, cegueira, surdez, deformações de dentes e ossos, retardamento mental e até a morte. Essas são as conseqüências para o bebê da sífilis congênita, doença grave transmitida pela mãe, que pode ser evitada se diagnosticada e tratada durante a gravidez.
A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pela bactéria Treponema pallidum, por meio da mãe. Pela corrente sangüínea, a bactéria atravessa a barreira placentária e, atingindo os vasos do cordão umbilical, chega ao organismo do bebê que está sendo gerado. Quando não provoca aborto, a doença pode se manifestar logo após o nascimento ou nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança tanto pode apresentar problemas graves de saúde quanto ter aparência normal, vindo a adoecer posteriormente.
A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação ou durante o parto, daí a importância do acompanhamento médico no pré-natal, quando há confirmação de suspeitas em exames laboratoriais. Com o tratamento adequado e imediato, inclusive dos parceiros sexuais (para evitar a reinfecção), mães portadoras da doença poderão ter filhos saudáveis.
O HIV também pode passar da mãe para o bebê. Segundo o Ministério da Saúde, denomina-se transmissão vertical do HIV a situação em que a criança é infectada pelo vírus da Aids durante a gestação, o parto ou por meio da amamentação. Atualmente, existem medidas eficazes para evitar o risco de transmissão, como o diagnóstico precoce da gestante infectada, o uso de medicamentos anti-retrovirais, o parto cesariano programado e a suspensão do aleitamento materno (substituindo-o por fórmulas).
Tanto o anti-HIV quanto o VDRL fazem parte dos exames solicitados à gestante no pré-natal. O tratamento é gratuito e mantido pelo SUS.
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comentepgnoticias@gmail.com
Entre as sugestões apresentadas pelas próprias equipes para o combate à sífilis transmitida de mãe para filho estava a descentralização desses testes, que numa mesma amostra de sangue aponta a presença do vírus da sífilis e o da Aids.
“Fizemos um trabalho junto às equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). A partir do aplicado na capacitação, elas se sentiram habilitadas a fazer a coleta e dar o resultado”, explica a coordenadora do Programa Municipal DST/Aids/Hepatites, Dorian Rojas. “Nós incentivamos e, juntos, formamos um protocolo de como deveria ser esse serviço.”
Em quatro meses, a testagem funciona plenamente. “As equipes assumiram essa responsabilidade e quem ganhou foi a população, pois passou a ter a possibilidade do diagnóstico precoce. Dentro desse processo, é importante colocar que nós, do Programa Municipal, temos supervisionado as unidades, mas como parceiros. Elas não estão sozinhas nisso”, esclarece Dorian. “Nosso objetivo é chegar à promoção de saúde.”
Responsável pelo Laboratório Municipal, Cibele Picini Marciano explica que numa primeira etapa foi descentralizada apenas a testagem de gestantes, sendo, logo após, ampliada para toda a população. O paciente colhe a amostra na unidade, que segue para análise no laboratório e retorna alguns dias depois, podendo ter o resultado em cerca de uma semana. “Ficou mais prático para a pessoa, que não precisa mais se deslocar até o SAE. Basta procurar a unidade de sua região”, observa.
Danos ao bebê - Pneumonia, feridas pelo corpo, cegueira, surdez, deformações de dentes e ossos, retardamento mental e até a morte. Essas são as conseqüências para o bebê da sífilis congênita, doença grave transmitida pela mãe, que pode ser evitada se diagnosticada e tratada durante a gravidez.
A sífilis congênita é resultado da infecção do feto pela bactéria Treponema pallidum, por meio da mãe. Pela corrente sangüínea, a bactéria atravessa a barreira placentária e, atingindo os vasos do cordão umbilical, chega ao organismo do bebê que está sendo gerado. Quando não provoca aborto, a doença pode se manifestar logo após o nascimento ou nos primeiros meses de vida. Ao nascer, a criança tanto pode apresentar problemas graves de saúde quanto ter aparência normal, vindo a adoecer posteriormente.
A transmissão pode ocorrer em qualquer fase da gestação ou durante o parto, daí a importância do acompanhamento médico no pré-natal, quando há confirmação de suspeitas em exames laboratoriais. Com o tratamento adequado e imediato, inclusive dos parceiros sexuais (para evitar a reinfecção), mães portadoras da doença poderão ter filhos saudáveis.
O HIV também pode passar da mãe para o bebê. Segundo o Ministério da Saúde, denomina-se transmissão vertical do HIV a situação em que a criança é infectada pelo vírus da Aids durante a gestação, o parto ou por meio da amamentação. Atualmente, existem medidas eficazes para evitar o risco de transmissão, como o diagnóstico precoce da gestante infectada, o uso de medicamentos anti-retrovirais, o parto cesariano programado e a suspensão do aleitamento materno (substituindo-o por fórmulas).
Tanto o anti-HIV quanto o VDRL fazem parte dos exames solicitados à gestante no pré-natal. O tratamento é gratuito e mantido pelo SUS.
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