Profissionais do sexo serão atendidos em projeto inédito
No trabalho de campo, nas ruas, Equipe de Prevenção agendará as consultas
Por Nádia Almeida | 9/12/2008

Facilitar o acesso de profissionais do sexo ao diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), incluindo a Aids. Esta é a meta do inédito projeto “Integralidade do Cuidado”, desenvolvido em parceria pelo Programa Municipal DST/Aids/Hepatites e profissionais do Pronto-Socorro Quietude. “Vamos oferecer e facilitar o acesso ao atendimento. Queremos que fiquem mais à vontade e, a partir daí, inseri-las na rede de atenção básica”, explica o secretário de Saúde em exercício, Adriano Bechara.
Dentro da ação, além da conscientização sobre as DSTs e distribuição gratuita de preservativos durante a abordagem noturna nas ruas, a Equipe de Prevenção do Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP) também fará, às quintas-feiras, a captação de prostitutas e travestis para consultas e exames no PS Quietude.
Na luta contra a Aids, o projeto segue na linha da descentralização dos serviços especializados. Um dos maiores avanços foi disponibilizar a testagem para o vírus HIV em qualquer unidade básica de saúde, não mais centralizada no Serviço de Assistência Especializada (SAE). “As equipes do PS Quietude e do DST fizeram esse planejamento inédito na região para que essa parte da população, que tem baixa procura ao serviço de saúde por vários fatores, principalmente o preconceito, seja inserida na rede, bem como suas famílias”, prossegue Bechara.
Atendimento – A atenção aos profissionais do sexo no PS Quietude está previsto para começar no próximo dia 18, sempre às quintas-feiras, das 19 às 21 horas. “O atendimento à população prosseguirá normalmente porque teremos outra equipe envolvida no projeto”, salienta o responsável pelos prontos-socorros, o médico Antonio Demartini.
Com formação em ginecologia e mais de 30 anos de profissão, Demartini assumiu o desafio e atuará como voluntário, atendendo não apenas no diagnóstico de DSTs, como em outros exames que se façam necessários, como o preventivo do colo do útero, e eventuais encaminhamentos. “É um projeto inovador; ficamos entusiasmados”, declara.
A coordenadora do Programa Municipal DST/Aids/Hepatites, Dorian Rojas, conta que a idéia partiu da própria Equipe de Prevenção, que notou situações complexas. “No ano passado, fizemos a captação de duas gestantes nas ruas, sem pré-natal, fazendo programa. Elas foram levadas para fazer os exames, até em proteção aos bebês em formação”, menciona. “Percebemos que a organização delas com a do serviço de saúde não conciliava, já que trabalham a noite toda. Então pensamos em atendê-las num horário alternativo.”
Prevenção - Dorian frisa que a intenção é não apenas trabalhar a inserção no PS Quietude, mas promover conscientização sobre as DSTs, dentro do projeto Esperando e Aprendendo, focando prevenção e saúde. “Temos essa parcela da população vulnerável na Cidade, que não chega às unidades básicas de saúde”, menciona. “No trabalho de campo, a equipe oferece o agendamento numa quinta-feira e eles e elas comparecem na semana seguinte, antes do trabalho.”
A coordenadora observa que depois dessa fase inicial será preciso desenvolver um trabalho psicossocial na questão do preconceito. “O objetivo agora é inseri-las na rede, com a idéia de, posteriormente, freqüentarem as unidades básicas.”
Na organização do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco no PS Quietude, a enfermeira Hilda Maria Jaguary Dias completa que durante o atendimento ao público a unidade havia notado essa necessidade. “Começamos a perceber que algumas dessas pessoas procuravam o PS para tratamento de DSTs”, revela. “Como a nossa psicóloga, Renata Cisneiros Guimarães, veio do Programa DST e faz o aconselhamento na triagem, também estará envolvida nesse projeto.”
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comentepgnoticias@gmail.com
Dentro da ação, além da conscientização sobre as DSTs e distribuição gratuita de preservativos durante a abordagem noturna nas ruas, a Equipe de Prevenção do Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP) também fará, às quintas-feiras, a captação de prostitutas e travestis para consultas e exames no PS Quietude.
Na luta contra a Aids, o projeto segue na linha da descentralização dos serviços especializados. Um dos maiores avanços foi disponibilizar a testagem para o vírus HIV em qualquer unidade básica de saúde, não mais centralizada no Serviço de Assistência Especializada (SAE). “As equipes do PS Quietude e do DST fizeram esse planejamento inédito na região para que essa parte da população, que tem baixa procura ao serviço de saúde por vários fatores, principalmente o preconceito, seja inserida na rede, bem como suas famílias”, prossegue Bechara.
Atendimento – A atenção aos profissionais do sexo no PS Quietude está previsto para começar no próximo dia 18, sempre às quintas-feiras, das 19 às 21 horas. “O atendimento à população prosseguirá normalmente porque teremos outra equipe envolvida no projeto”, salienta o responsável pelos prontos-socorros, o médico Antonio Demartini.
Com formação em ginecologia e mais de 30 anos de profissão, Demartini assumiu o desafio e atuará como voluntário, atendendo não apenas no diagnóstico de DSTs, como em outros exames que se façam necessários, como o preventivo do colo do útero, e eventuais encaminhamentos. “É um projeto inovador; ficamos entusiasmados”, declara.
A coordenadora do Programa Municipal DST/Aids/Hepatites, Dorian Rojas, conta que a idéia partiu da própria Equipe de Prevenção, que notou situações complexas. “No ano passado, fizemos a captação de duas gestantes nas ruas, sem pré-natal, fazendo programa. Elas foram levadas para fazer os exames, até em proteção aos bebês em formação”, menciona. “Percebemos que a organização delas com a do serviço de saúde não conciliava, já que trabalham a noite toda. Então pensamos em atendê-las num horário alternativo.”
Prevenção - Dorian frisa que a intenção é não apenas trabalhar a inserção no PS Quietude, mas promover conscientização sobre as DSTs, dentro do projeto Esperando e Aprendendo, focando prevenção e saúde. “Temos essa parcela da população vulnerável na Cidade, que não chega às unidades básicas de saúde”, menciona. “No trabalho de campo, a equipe oferece o agendamento numa quinta-feira e eles e elas comparecem na semana seguinte, antes do trabalho.”
A coordenadora observa que depois dessa fase inicial será preciso desenvolver um trabalho psicossocial na questão do preconceito. “O objetivo agora é inseri-las na rede, com a idéia de, posteriormente, freqüentarem as unidades básicas.”
Na organização do Acolhimento com Avaliação e Classificação de Risco no PS Quietude, a enfermeira Hilda Maria Jaguary Dias completa que durante o atendimento ao público a unidade havia notado essa necessidade. “Começamos a perceber que algumas dessas pessoas procuravam o PS para tratamento de DSTs”, revela. “Como a nossa psicóloga, Renata Cisneiros Guimarães, veio do Programa DST e faz o aconselhamento na triagem, também estará envolvida nesse projeto.”
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