Museu da Cidade ganha melhor estrutura

Equipamentos melhoram cuidado com o acervo de PG

Por Lorena Flosi | 29/12/2008

O Museu da Cidade, sediado no Palácio das Artes, está contando com novos instrumentos de preservação da história de Praia Grande. Além das novas instalações, que ocupam uma área de aproximadamente 550 metros quadrados, a Seção de Patrimônio Histórico, da Secretaria de Cultura e Eventos (Secult), ganhou equipamentos que garantem mais qualidade no trabalho de restauro e preservação de documentos. Ao todo, foram adquiridas mais quatro bancadas, quatro lupas de alto alcance, uma mesa de sucção e uma mesa de luz, totalizando investimento de mais de R$ 20 mil.

“Algumas instituições tradicionais, com muitos anos de existência, só estão adquirindo esses equipamentos agora”, comenta a chefe do Patrimônio Histórico da Secult, Mônica Solange Rodrigues e Silva. “São instrumentos importantíssimos para o nosso trabalho e a equipe está muito feliz com as aquisições. Quem ganha, principalmente, é o cidadão de Praia Grande, que sabe que toda e qualquer doação que ele fizer vai ser recuperada e bem conservada”, disse.

Para Mônica, os novos equipamentos devem aprimorar o trabalho dos profissionais ligados ao restauro e conservação do acervo. “Poderemos realizar um trabalho mais minucioso de limpeza, por exemplo. As lupas especiais têm alcance maior que uma lupa comum, possibilitando a identificação de fungos e outras interferências invisíveis a olho nu. Já a mesa de sucção propicia um grau de recuperação maior não só de documentos, mas também de telas, o que não é possível fazer em uma mesa de higienização comum”, ressalta, lembrando ainda que a nova mesa de luz, com quase o dobro do tamanho da que o Patrimônio Histórico possui atualmente, possibilita que dois restauradores trabalhem ao mesmo tempo, tornando o processo de restauro e conservação mais ágil.

Acervo – Atualmente, o Centro de Documentação e Memória (Cedom) de Praia Grande conta com mais de 30 mil documentos doados por moradores da Cidade. “Com investimentos na área de preservação e restauro, esperamos que nosso acervo possa crescer consideravelmente”, comenta Mônica. “Convidamos a população a conhecer o trabalho que a sessão de Patrimônio Histórico e o Cedom desenvolvem, que vejam o cuidado com que a memória de Praia Grande é preservada pela nossa equipe técnica. Nossa intenção é incentivar os munícipes a doar documentos e fotografias que por ventura tenham em casa, com a certeza de que suas memórias estarão sendo cuidadas com a atenção que merecem”.

Estrutura – O Museu da Cidade, único de característica municipal da Região Metropolitana da Baixada Santista, conta a história de Praia Grande de maneira interativa. Seja através de terminais de computador ou dos estandes de história oral – onde os visitantes podem assistir a entrevistas com cidadãos que participaram da trajetória de desenvolvimento de Praia Grande – o museu convida a uma viagem interativa no tempo. Os destaques são para os monóculos gigantes, com fotos de banhistas se divertindo nas areias da Cidade em outras décadas, e para painéis fotográficos - um deles, de 13 metros, com foto aérea da cidade. O segundo, destina-se à exibição do patrimônio natural de Praia Grande, representado por dezenas de registros fotográficos do trecho de Mata Atlântica e área de mangue, que margeia o Município. A entrada é gratuita.

Além do Museu da Cidade, o Palácio das Artes abriga o Centro de Documentação e Memória, com salas de arquivo, quarentena, higienização e restauro. “Um museu não existe sem um centro de documentação. O material precisa de exposição e tratamento adequados. O Centro de Documentação de Praia Grande data de 2001, mas agora teremos instalações especialmente projetadas para abrigar o acervo do Município”, comemora Mônica.

A sala do Arquivo Histórico é climatizada e não possui janelas para que os documentos sejam resguardados da ação da luz, poeira e mudanças de temperatura. Na quarentena, documentos recém chegados passam por período de observação, para que se possa verificar a existência de fungos e outras pragas. Após esse período, os arquivos são encaminhados à sala de higienização, onde, com aparelhagem adequada, são descontaminados e limpos de possíveis marcas de tinta e cola.

O passo seguinte é a sala de restauro, onde os documentos passam pelo encapsulamento: uma espécie de plastificação, que mantém o material protegido para encaminhamento ao arquivo.

O Palácio das Artes fica na Avenida Presidente Costa e Silva, nº 1.600, em frente à rotatória A Tribuna. Informações a respeito de doações ou visitas monitoradas ao Museu da Cidade podem ser obtidas através do telefone 3496-5706.

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