Kits pessoais de beleza evitam contaminação
“Clube do alicate” é incentivado pela Vigilância Sanitária
Por Nádia Almeida | 7/1/2009

Na prevenção de doenças transmitidas pelo sangue, como hepatite B e Aids, o “Clube do Alicate” é uma prática que vem ganhando a adesão de quem freqüenta salões de beleza. A iniciativa é incentivada pela Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde Pública (Sesap). Para o chefe do setor, Luiz Carlos Marono, o cliente pode optar por levar seus próprios instrumentos de casa ou manter um kit com identificação individual guardado no próprio estabelecimento.
Segundo Marono, o uso exclusivo de alicates e acessórios perfuro-cortantes traz mais segurança porque evita o risco de contaminação. “Nem sempre o processo de desinfecção e esterilização de instrumentos como alicates é feito da forma correta, principalmente em horários de maior movimentação”, explica.
A esterilização pode ser feita por diferentes métodos, mas cada um tem suas exigências. “Existem técnicas corretas, que devem ser seguidas à risca. Não se pode arriscar a saúde do cliente com base no achismo”, diz Marono. Na estufa, por exemplo, a temperatura para garantir a eliminação dos microorganismos é de 170º C por uma hora ou 160º C por duas horas. O tempo para esterilização deve ser contado a partir do momento em que o termômetro longo do bulbo (mercúrio) atingir a temperatura necessária para a esterilização. Outra ressalta é que a estufa não pode ser aberta durante a esterilização, o que interrompe o processo. Os instrumentos esterilizados devem ser guardados em local limpo e seco, constando na embalagem fechada a data da esterilização.
Fornos elétricos ou equipamento com lâmpada ultravioleta não fazem esterilização adequada. Marono cita que uma substância chamada glutaraldeído é eficaz na eliminação de germes, mas contém toxidade. “Por isso apresenta muitas exigências que restringem sua utilização, como equipamentos de proteção individual”, acrescenta.
Segurança - Uma das primeiras a adotar o “Clube do Alicate” em seu salão foi a empresária Haruco Kinjo, há mais de dois anos. “Temos gavetas individuais com chave para a cliente manter seu kit. Dessa forma, ela se sente mais segura”, opina, frisando que, apesar da iniciativa, o processo de esterilização continua sendo feito de acordo com as normas. “Mesmo os kits individuais são esterilizados após o uso pelos profissionais”, enfatiza.
Para orientar profissionais de beleza quanto aos procedimentos exigidos e a chamada biossegurança, a Vigilância Sanitária promove treinamentos. Em maio do ano passado, na Semana Municipal de Prevenção às Hepatites Virais, treinamento reuniu manicures, tatuadores e profissionais que colocam piercings, entre outros do mesmo segmento.
Mais resistente que o vírus da Aids (HIV), o vírus da hepatite B (HBV) também é transmissível pelo sangue e pode sobreviver por até sete dias no ambiente. Marono frisa que substâncias comumente usadas na limpeza de objetos por leigos, como álcool e éter, não conseguem matá-lo.
Gratuita e preventiva, a vacina contra hepatite B está disponível em todas as unidades de saúde para pessoas com até 19 anos de idade. Acima de 20 anos, só para adultos que façam parte de grupos de risco, como profissionais de saúde e beleza.
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Segundo Marono, o uso exclusivo de alicates e acessórios perfuro-cortantes traz mais segurança porque evita o risco de contaminação. “Nem sempre o processo de desinfecção e esterilização de instrumentos como alicates é feito da forma correta, principalmente em horários de maior movimentação”, explica.
A esterilização pode ser feita por diferentes métodos, mas cada um tem suas exigências. “Existem técnicas corretas, que devem ser seguidas à risca. Não se pode arriscar a saúde do cliente com base no achismo”, diz Marono. Na estufa, por exemplo, a temperatura para garantir a eliminação dos microorganismos é de 170º C por uma hora ou 160º C por duas horas. O tempo para esterilização deve ser contado a partir do momento em que o termômetro longo do bulbo (mercúrio) atingir a temperatura necessária para a esterilização. Outra ressalta é que a estufa não pode ser aberta durante a esterilização, o que interrompe o processo. Os instrumentos esterilizados devem ser guardados em local limpo e seco, constando na embalagem fechada a data da esterilização.
Fornos elétricos ou equipamento com lâmpada ultravioleta não fazem esterilização adequada. Marono cita que uma substância chamada glutaraldeído é eficaz na eliminação de germes, mas contém toxidade. “Por isso apresenta muitas exigências que restringem sua utilização, como equipamentos de proteção individual”, acrescenta.
Segurança - Uma das primeiras a adotar o “Clube do Alicate” em seu salão foi a empresária Haruco Kinjo, há mais de dois anos. “Temos gavetas individuais com chave para a cliente manter seu kit. Dessa forma, ela se sente mais segura”, opina, frisando que, apesar da iniciativa, o processo de esterilização continua sendo feito de acordo com as normas. “Mesmo os kits individuais são esterilizados após o uso pelos profissionais”, enfatiza.
Para orientar profissionais de beleza quanto aos procedimentos exigidos e a chamada biossegurança, a Vigilância Sanitária promove treinamentos. Em maio do ano passado, na Semana Municipal de Prevenção às Hepatites Virais, treinamento reuniu manicures, tatuadores e profissionais que colocam piercings, entre outros do mesmo segmento.
Mais resistente que o vírus da Aids (HIV), o vírus da hepatite B (HBV) também é transmissível pelo sangue e pode sobreviver por até sete dias no ambiente. Marono frisa que substâncias comumente usadas na limpeza de objetos por leigos, como álcool e éter, não conseguem matá-lo.
Gratuita e preventiva, a vacina contra hepatite B está disponível em todas as unidades de saúde para pessoas com até 19 anos de idade. Acima de 20 anos, só para adultos que façam parte de grupos de risco, como profissionais de saúde e beleza.
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