Aniversário da Cidade será ponto facultativo
Confira o que funciona e os horários dos serviços no dia 19
Por Paola Vieira | 13/1/2009

Na próxima segunda-feira, dia 19, quando Praia Grande completa 42 anos de emancipação político-administrativa, será ponto facultativo no Município de acordo com o Decreto nº 4492/09. Não haverá expediente nas repartições públicas, mas alguns serviços funcionam plenamente. Na saúde, quatro locais fazem o atendimento de emergência: o Hospital Municipal Irmã Dulce; os prontos-socorros dos bairros Boqueirão (ao lado do hospital) e Quietude (Avenida Ministro Marcos Freire), e um posto de pronto-atendimento no Samambaia (Avenida Estados Unidos). Para solicitar remoção de ambulância, basta ligar 192.
Não funcionam as multiclínicas, Unidades de Saúde da Família e os espaços Conviver (Boqueirão, Guilhermina, Ocian e Caiçara).
Guarda Civil - expediente normal.
Coleta de lixo domiciliar e seletiva – atendimento normal.
Limpeza das praias – Diurna e noturna, da faixa de areia e do calçadão da orla.
Feiras livres – Funcionam normalmente.
Fiscalização da Secretaria de Finanças – Expediente normal.
Butique (Boqueirão) e Mercado de Peixes (Ocian) - funcionam das 7 às 17 horas.
Feiras de artesanato (Guilhermina, Ocian e Caiçara) – das 13 às 22 horas.
Os Postos de Informações Turísticas (PIT), localizados nos bairros Boqueirão e Mirim (ambas na Avenida Castelo Branco, respectivamente na altura da Rua Pernambuco e na esquina com Avenida dos Sindicatos), funcionam das 9 às 18 horas, no Bairro Mirim.
Em Praia Grande, há três feriados municipais, dias de tradição religiosa: Sexta-feira da Paixão e Corpus Christi (datas móveis, comemoradas este ano em 21 de março e 22 de junho, respectivamente) e Dia de Finados (2 de novembro). A data magna no Estado de São Paulo é 9 de Julho (Revolução Constitucionalista).
São feriados nacionais os seguintes dias:
1º de Janeiro – Confraternização Universal;
Paixão de Cristo (data móvel);
21 de Abril – Tiradentes;
1º de Maio – Dia do Trabalho;
7 de Setembro – Independência do Brasil;
12 de Outubro – Nossa Senhora Aparecida;
2 de Novembro – Dia de Finados;
15 de Novembro – Proclamação da República;
25 de Dezembro – Natal
Paralelamente aos feriados, os municípios podem decretar dias de ponto facultativo. Segunda e terça-feira de Carnaval, por exemplo, não são feriados por lei.
História – Idas e vindas na luta pela autonomia marcam a história de Praia Grande, que começa em meados de 1532, durante a colonização da área de São Vicente, hoje conhecida como Japuí.
O povoamento da Cidade, cujo nome é derivado da palavra tupi "Peabuçu", que significa porto grande, teve início a partir da chegada de Martim Afonso de Souza e, durante três séculos, caracterizou-se pela presença de núcleos caiçaras, entre a encosta do Morro Xixová e a divisa com Mongaguá.
Embora desde o final do século XIX já existissem núcleos de povoação estabelecidos no Boqueirão, Guilhermina e Solemar, entre outros, o desenvolvimento do então bairro vicentino só se daria com as construções da Fortaleza de Itaipu (entre 1902 e 1910) e da Ponte Pênsil (em 1914). A construção da Estrada de Ferro Santos-Juquiá (1912) e, tempos depois, da Estrada de Ferro Sorocabana, também contribuíram para a formação do Município.
A primeira ocupação da orla da praia, que permanecia intacta, ocorreu em 1936, com a fundação do Aeroclube de Santos, posteriormente Aeroclube de Praia Grande, área de pouso e decolagem hoje desativada, no coração do Bairro Aviação.
As primeiras construções começaram somente em 1945, no Boqueirão. Nessa época, Antonio Augusto de Sá Lopes acabou se destacando como um dos principais incentivadores da expansão imobiliária, sempre acreditando no potencial turístico da Cidade. Sá Lopes promovia excursões nas décadas de 30 e 40, atraindo milhares de pessoas, principalmente de Santos, com boatos sobre a existência de uma enorme baleia nas imediações da Praia Boqueirão.
Apesar de o mamífero nunca ter sido visto, os visitantes ficavam encantados com o clima de tranqüilidade e com o bonito visual das praias da Cidade, com os caiçaras puxando suas redes de pesca. Muitas pessoas decidiram comprar terrenos a partir dessas excursões.
Esse trabalho de Sá Lopes, juntamente com a construção da Via Anchieta e a expansão da indústria automobilística, acabaram promovendo um processo de êxodo semanal do Planalto à região, provocando a valorização das terras na orla da praia. Os principais loteamentos totalmente organizados foram o Jardim Guilhermina e Cidade Ocian, que dão nome a dois dos principais bairros da Cidade.
Emancipação – Os ideais de emancipação de Praia Grande começaram a ser disseminados bem antes da conquista, que ocorreu em 1967. Havia já no início da década de 50 um descontentamento da população do então bairro, diante dos poucos recursos destinados pela prefeitura vicentina ao local. Em 1953 aconteceu o primeiro movimento pró-emancipação do distrito de Solemar, liderado por Julio Secco de Carvalho, sem êxito.
Em 1958, o vereador Oswaldo Toschi esteve à frente da comissão pró-desmembramento de Praia Grande. A pretensão do grupo pouco sensibilizou os políticos da região e a Assembléia Legislativa vetou o pedido de emancipação, alegando falta de documentação.
Quatro anos depois, em dezembro de 62, foi realizada reunião no Hotel Maracanã, presidida pelo deputado Hilário Torloni, para discutir novamente as possibilidades de emancipação. Na ocasião, foi formada uma comissão que fundou o Movimento Pró-Emancipação, oficializado em 17 de junho de 1963.
Cinco meses mais tarde, a Comissão Administrativa e Judiciária da Assembléia Legislativa aprovou o desmembramento de Solemar e do subdistrito do Boqueirão. Em 8 de dezembro de 1963 foi realizado o plebiscito para homologar a emancipação.
Dos 707 eleitores - moradores do então Distrito de Solemar -, 680 votaram a favor, 12 em branco e 15 anularam o voto. O resultado foi referendado pela assembléia dos deputados, com o encaminhamento da lei que criaria o Município de Praia Grande. Em 31 de dezembro do mesmo ano, o governador do Estado, Adhemar de Barros, aprovou a criação do Município de Praia Grande.
Revés - Em março de 1964 ocorreu um novo revés: a Prefeitura de São Vicente impetrou mandado de segurança contra o plebiscito. Em abril, os atos foram sustados pelo Tribunal de Justiça do Estado. A eleição do prefeito e vereadores foi suspensa até o julgamento do mérito pelo Tribunal.
Após cansativo trabalho de advogados e juristas e de um movimento de bastidores liderado pelos deputados Hilário Torloni, Oswaldo Massei e Ítalo Fittipaldi, Praia Grande conseguiu ter seus direitos reconhecidos como município autônomo em 16 de outubro de 1966, quando o Supremo Tribunal Federal sentenciou a legitimidade da separação.
O Município foi oficialmente instalado em 19 de janeiro de 1967, com a posse do interventor federal, Nicolau Paal. O primeiro prefeito eleito foi um dos líderes do movimento de emancipação, Dorivaldo Loria Junior, que viria a ser prefeito da Cidade por três vezes.
Modernidade – Quem não vem a Praia Grande desde o início da década de 90 se espanta com as mudanças. Após a emancipação e até por volta de 1992, Praia Grande acabou se transformando num balneário popular, com crescimento e turismo desordenados, que contribuíram para uma imagem negativa, associada ao que se chamou de “farofada”, numa alusão a um dos ingredientes dos piqueniques que eram feitos na areia, ao longo dos 22,5 quilômetros de praias, quando centenas de ônibus com turistas de um dia invadiam a cidade.
Em janeiro de 1993, com a edição de uma legislação disciplinando o trânsito desses ônibus na Cidade, obrigando-os a um destino certo em locais estruturados, com água e condições de recepção dos banhistas, o Município passou por grande transformação. As mudanças prosseguiram com a construção de calçadão, quiosques, arborização, implantação de rotatórias e viadutos, pavimentação de ruas da periferia, construção e padronização de escolas e postos de saúde, e instalação de câmeras de vídeo-monitoramento, entre outras obras que elevaram o Município à condição de uma estância moderna, cada vez mais procurada não só por turistas, mas por pessoas de outras cidades da Baixada Santista e de outros pontos do Estado como nova opção de moradia.
A chegada de empreendimentos imobiliários de grande porte, como resorts de frente para o mar, confirma essa nova condição de Praia Grande, que em quase nada lembra a Cidade da década de 60, com sua vasta faixa de areia, coberta por mato e cortada por canais de esgoto e o areião da avenida beira-mar, onde carros atolavam para alegria dos barraqueiros, que vendiam bebidas aos contrariados motoristas. E para alegria das crianças, alunos dentro dos ônibus atolados, que trocariam um dia de aula por brincadeiras na areia.
Não funcionam as multiclínicas, Unidades de Saúde da Família e os espaços Conviver (Boqueirão, Guilhermina, Ocian e Caiçara).
Guarda Civil - expediente normal.
Coleta de lixo domiciliar e seletiva – atendimento normal.
Limpeza das praias – Diurna e noturna, da faixa de areia e do calçadão da orla.
Feiras livres – Funcionam normalmente.
Fiscalização da Secretaria de Finanças – Expediente normal.
Butique (Boqueirão) e Mercado de Peixes (Ocian) - funcionam das 7 às 17 horas.
Feiras de artesanato (Guilhermina, Ocian e Caiçara) – das 13 às 22 horas.
Os Postos de Informações Turísticas (PIT), localizados nos bairros Boqueirão e Mirim (ambas na Avenida Castelo Branco, respectivamente na altura da Rua Pernambuco e na esquina com Avenida dos Sindicatos), funcionam das 9 às 18 horas, no Bairro Mirim.
Em Praia Grande, há três feriados municipais, dias de tradição religiosa: Sexta-feira da Paixão e Corpus Christi (datas móveis, comemoradas este ano em 21 de março e 22 de junho, respectivamente) e Dia de Finados (2 de novembro). A data magna no Estado de São Paulo é 9 de Julho (Revolução Constitucionalista).
São feriados nacionais os seguintes dias:
1º de Janeiro – Confraternização Universal;
Paixão de Cristo (data móvel);
21 de Abril – Tiradentes;
1º de Maio – Dia do Trabalho;
7 de Setembro – Independência do Brasil;
12 de Outubro – Nossa Senhora Aparecida;
2 de Novembro – Dia de Finados;
15 de Novembro – Proclamação da República;
25 de Dezembro – Natal
Paralelamente aos feriados, os municípios podem decretar dias de ponto facultativo. Segunda e terça-feira de Carnaval, por exemplo, não são feriados por lei.
História – Idas e vindas na luta pela autonomia marcam a história de Praia Grande, que começa em meados de 1532, durante a colonização da área de São Vicente, hoje conhecida como Japuí.
O povoamento da Cidade, cujo nome é derivado da palavra tupi "Peabuçu", que significa porto grande, teve início a partir da chegada de Martim Afonso de Souza e, durante três séculos, caracterizou-se pela presença de núcleos caiçaras, entre a encosta do Morro Xixová e a divisa com Mongaguá.
Embora desde o final do século XIX já existissem núcleos de povoação estabelecidos no Boqueirão, Guilhermina e Solemar, entre outros, o desenvolvimento do então bairro vicentino só se daria com as construções da Fortaleza de Itaipu (entre 1902 e 1910) e da Ponte Pênsil (em 1914). A construção da Estrada de Ferro Santos-Juquiá (1912) e, tempos depois, da Estrada de Ferro Sorocabana, também contribuíram para a formação do Município.
A primeira ocupação da orla da praia, que permanecia intacta, ocorreu em 1936, com a fundação do Aeroclube de Santos, posteriormente Aeroclube de Praia Grande, área de pouso e decolagem hoje desativada, no coração do Bairro Aviação.
As primeiras construções começaram somente em 1945, no Boqueirão. Nessa época, Antonio Augusto de Sá Lopes acabou se destacando como um dos principais incentivadores da expansão imobiliária, sempre acreditando no potencial turístico da Cidade. Sá Lopes promovia excursões nas décadas de 30 e 40, atraindo milhares de pessoas, principalmente de Santos, com boatos sobre a existência de uma enorme baleia nas imediações da Praia Boqueirão.
Apesar de o mamífero nunca ter sido visto, os visitantes ficavam encantados com o clima de tranqüilidade e com o bonito visual das praias da Cidade, com os caiçaras puxando suas redes de pesca. Muitas pessoas decidiram comprar terrenos a partir dessas excursões.
Esse trabalho de Sá Lopes, juntamente com a construção da Via Anchieta e a expansão da indústria automobilística, acabaram promovendo um processo de êxodo semanal do Planalto à região, provocando a valorização das terras na orla da praia. Os principais loteamentos totalmente organizados foram o Jardim Guilhermina e Cidade Ocian, que dão nome a dois dos principais bairros da Cidade.
Emancipação – Os ideais de emancipação de Praia Grande começaram a ser disseminados bem antes da conquista, que ocorreu em 1967. Havia já no início da década de 50 um descontentamento da população do então bairro, diante dos poucos recursos destinados pela prefeitura vicentina ao local. Em 1953 aconteceu o primeiro movimento pró-emancipação do distrito de Solemar, liderado por Julio Secco de Carvalho, sem êxito.
Em 1958, o vereador Oswaldo Toschi esteve à frente da comissão pró-desmembramento de Praia Grande. A pretensão do grupo pouco sensibilizou os políticos da região e a Assembléia Legislativa vetou o pedido de emancipação, alegando falta de documentação.
Quatro anos depois, em dezembro de 62, foi realizada reunião no Hotel Maracanã, presidida pelo deputado Hilário Torloni, para discutir novamente as possibilidades de emancipação. Na ocasião, foi formada uma comissão que fundou o Movimento Pró-Emancipação, oficializado em 17 de junho de 1963.
Cinco meses mais tarde, a Comissão Administrativa e Judiciária da Assembléia Legislativa aprovou o desmembramento de Solemar e do subdistrito do Boqueirão. Em 8 de dezembro de 1963 foi realizado o plebiscito para homologar a emancipação.
Dos 707 eleitores - moradores do então Distrito de Solemar -, 680 votaram a favor, 12 em branco e 15 anularam o voto. O resultado foi referendado pela assembléia dos deputados, com o encaminhamento da lei que criaria o Município de Praia Grande. Em 31 de dezembro do mesmo ano, o governador do Estado, Adhemar de Barros, aprovou a criação do Município de Praia Grande.
Revés - Em março de 1964 ocorreu um novo revés: a Prefeitura de São Vicente impetrou mandado de segurança contra o plebiscito. Em abril, os atos foram sustados pelo Tribunal de Justiça do Estado. A eleição do prefeito e vereadores foi suspensa até o julgamento do mérito pelo Tribunal.
Após cansativo trabalho de advogados e juristas e de um movimento de bastidores liderado pelos deputados Hilário Torloni, Oswaldo Massei e Ítalo Fittipaldi, Praia Grande conseguiu ter seus direitos reconhecidos como município autônomo em 16 de outubro de 1966, quando o Supremo Tribunal Federal sentenciou a legitimidade da separação.
O Município foi oficialmente instalado em 19 de janeiro de 1967, com a posse do interventor federal, Nicolau Paal. O primeiro prefeito eleito foi um dos líderes do movimento de emancipação, Dorivaldo Loria Junior, que viria a ser prefeito da Cidade por três vezes.
Modernidade – Quem não vem a Praia Grande desde o início da década de 90 se espanta com as mudanças. Após a emancipação e até por volta de 1992, Praia Grande acabou se transformando num balneário popular, com crescimento e turismo desordenados, que contribuíram para uma imagem negativa, associada ao que se chamou de “farofada”, numa alusão a um dos ingredientes dos piqueniques que eram feitos na areia, ao longo dos 22,5 quilômetros de praias, quando centenas de ônibus com turistas de um dia invadiam a cidade.
Em janeiro de 1993, com a edição de uma legislação disciplinando o trânsito desses ônibus na Cidade, obrigando-os a um destino certo em locais estruturados, com água e condições de recepção dos banhistas, o Município passou por grande transformação. As mudanças prosseguiram com a construção de calçadão, quiosques, arborização, implantação de rotatórias e viadutos, pavimentação de ruas da periferia, construção e padronização de escolas e postos de saúde, e instalação de câmeras de vídeo-monitoramento, entre outras obras que elevaram o Município à condição de uma estância moderna, cada vez mais procurada não só por turistas, mas por pessoas de outras cidades da Baixada Santista e de outros pontos do Estado como nova opção de moradia.
A chegada de empreendimentos imobiliários de grande porte, como resorts de frente para o mar, confirma essa nova condição de Praia Grande, que em quase nada lembra a Cidade da década de 60, com sua vasta faixa de areia, coberta por mato e cortada por canais de esgoto e o areião da avenida beira-mar, onde carros atolavam para alegria dos barraqueiros, que vendiam bebidas aos contrariados motoristas. E para alegria das crianças, alunos dentro dos ônibus atolados, que trocariam um dia de aula por brincadeiras na areia.