Técnicos de Praia Grande tornam-se árbitros

Renata Machado e Tatiana Mimura entram para o seleto grupo

Por Fabricio Tinêo | 18/3/2009

Professores e técnicos de Praia Grande têm buscado nova função no esporte: árbitro. No último mês, em Curitiba, as treinadoras de ginástica artística Renata Machado Alves e Tatiana Sayuri Mimura entraram neste grupo. As duas fizeram curso e provas e, após serem aprovadas, agora estão aptas a trabalhar em qualquer competição nacional. Tiago Cordeiro Andrade (que passou a integrar a equipe neste ano) e Nélson Sátiro Kitahara, também comandantes da ginástica praiagrandense, são árbitros em níveis nacional e internacional.

Aos 42 anos, Kitahara teve o primeiro contato com a ginástica aos 13 anos. Nascido em Mogi das Cruzes revelou atletas como Gustavo Lobo (ex-Circo Du Soleil); Vitor Camargo e Leandro Heredia, da seleção brasileira; e Danilo Nogueira, medalhista de bronze nos últimos Jogos Pan-Americanos. O técnico comandou ainda, as seleções brasileiras masculinas, juvenil e adulta, em competições sul-americanas e no Torneio de Houston, nos Estados Unidos.

Há 12 anos, Kitahara integra o quadro de árbitros da Federação Internacional de Ginástica (FIG). “Quis entrar nesta área porque precisava conhecer mais as regras da modalidade. Elas são muitas e existem diversos detalhes. Outro fator é o ganho financeiro extra, porém, o acúmulo de conhecimento é maior”, explicou o técnico.

Judô – Os técnicos-árbitros não estão apenas na ginástica. É o caso do judoca Denison Soldani, 36 anos, que não se contentou em ser atleta e treinador da equipe de Praia Grande. Ele foi um dos árbitros do campeonato paulista Infantil, Infanto-Juvenil e Estudantil em 2008. “O atleta que ama a modalidade que pratica, deve tentar saber mais, exercer funções em várias áreas. Eventos como esse, de grande porte, precisam da colaboração de todos”, disse.

Tetracampeão mundial da categoria máster (mais de 30 anos), peso meio-médio (73 a 81 quilos), Soldani destacou a importância da arbitragem no judô. “Se o profissional não tem boa formação, não está acostumado com ritmo competitivo e comete falhas decisivas. Já vi muito atleta perder a luta por causa de árbitro. Acho muito importante ter conhecimento desse setor. Isso me ajuda como judoca e como treinador. É importante estar sempre centrado”.

Vôlei – O auxiliar técnico do time de vôlei masculino infanto-juvenil (até 18 anos) de Praia Grande, Marcelo Reginaldo Pinheiro, 35 anos, também acumula a função de árbitro. Nascido em Capão Bonito, município do interior paulista, e residente no Bairro Caiçara há três anos, Pinheiro formou-se em curso da Federação Paulista de Vôlei, em 1996.

O auxiliar técnico apitou jogos em Campeonatos Brasileiros Universitários, paulistas e o desafio de vôlei de praia Brasil – Estados Unidos. ‘”Gosto deste lado de apitador, ajuda a compreender as diferentes visões dentro do esporte. Comecei no vôlei aos 9 anos e sou apixonado por tudo que envolve a modalidade”, concluiu.