Pacientes ‘especiais’ promovem festejo julino
Atividades incluem brincadeiras e pratos típicos como forma lúdica de ensinar
Por André Aloi | 3/7/2009

Assim como numa quermesse, eles iniciam as atividades com brincadeiras: primeiro jogos de argola. Depois, pescaria. Seguem para o boliche e, ainda, tiro ao alvo. Jogos tipicamente desta época do ano, e significam não só diversão, mas exercícios dirigidos com foco na coordenação motora dos jovens ‘especiais’ atendidos no Núcleo de Reabilitação Física e Mental Henry, localizado no Bairro Mirim. A música típica embala os treinamentos, já que desta vez não tem quadrilha.
Esta sexta-feira (3) foi o último dia do festejo julino organizado para os alunos do núcleo numa área de lazer da unidade. A equipe multidisciplinar (composta por fonoaudióloga, psicóloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e assistente social) acompanha e ensina a eles os pratos durante a comemoração que, após a atividade, degustam os quitutes preparados especialmente para eles.
Como explica a fonoaudióloga Tereza Cristina Ferreira de Souza, a única mudança é o cenário em que estão sendo feitos os exercícios. “Resolvemos trazer para essas atividades nossos objetivos da terapia. Aqui, trabalhamos a parte de linguagem porque as crianças têm de falar, rir, interagir com os outros”, aponta.
Sai de cena o quentão, entra o esquentão - um suco quente de abacaxi com gengibre com o mesmo gosto da bebida alcoólica. A pipoca, o bolo de fubá, a canjica, o curau de milho com canela, e os sucos naturais continuam os mesmos. De sobremesa, um minibolo de baunilha recheado com chocolate, sob tema do personagem do desenho animado: Ben 10. Tudo alusivo às festas julinas.
De acordo com a assistente social Mônica Corrêa de Moura, as mães foram convidadas a participar das atividades porque, muitas delas, desacreditavam que aquilo não era brincadeira, fazia parte do tratamento. “É um trabalho dirigido e houve aceitação por parte dos responsáveis. Antes, achavam que não ia ter atendimento. Hoje sabem que isso acaba se tornando uma atividade de inclusão”.
Nas semanas que antecederam a festa, os alunos participaram da decoração. “Eles pintaram balões, que foram presos nas paredes, e ajudaram a montar os fios de bandeirolas para enfeitar o teto do salão e refeitório. Hoje, durante as brincadeiras, eles têm de se organizar, pegar os pinos, respeitar o limite de onde brincam. Cada atividade tem uma função, mas de uma forma mais lúdica”, finalizou Mônica.
Núcleo Henry - A unidade atende cerca de 300 pacientes de zero a 18 anos, portadores de algum tipo de deficiência física ou mental. Funciona desde em 1994 no Bairro Mirim (atualmente na Avenida Guilherme Penteado de Campos s/nº). Oferece atendimento multidisciplinar nas áreas de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e fisioterapia, com o objetivo de inserir cada paciente na sociedade, respeitando suas limitações e investindo em seus potenciais.
Além de atendimento gratuito aos pacientes, o núcleo também dá suporte às famílias: uma vez por semana, as mães dos pacientes se reúnem para falar sobre problemas, preconceitos e dúvidas. Os pacientes atendidos pelo Núcleo Henry são encaminhados por meio de consulta com neurologista, que indicará o tratamento mais adequado para cada caso. Com encaminhamento em mãos, o responsável passa por uma entrevista com a assistente social da unidade, para definição do perfil do paciente.
Esta sexta-feira (3) foi o último dia do festejo julino organizado para os alunos do núcleo numa área de lazer da unidade. A equipe multidisciplinar (composta por fonoaudióloga, psicóloga, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e assistente social) acompanha e ensina a eles os pratos durante a comemoração que, após a atividade, degustam os quitutes preparados especialmente para eles.
Como explica a fonoaudióloga Tereza Cristina Ferreira de Souza, a única mudança é o cenário em que estão sendo feitos os exercícios. “Resolvemos trazer para essas atividades nossos objetivos da terapia. Aqui, trabalhamos a parte de linguagem porque as crianças têm de falar, rir, interagir com os outros”, aponta.
Sai de cena o quentão, entra o esquentão - um suco quente de abacaxi com gengibre com o mesmo gosto da bebida alcoólica. A pipoca, o bolo de fubá, a canjica, o curau de milho com canela, e os sucos naturais continuam os mesmos. De sobremesa, um minibolo de baunilha recheado com chocolate, sob tema do personagem do desenho animado: Ben 10. Tudo alusivo às festas julinas.
De acordo com a assistente social Mônica Corrêa de Moura, as mães foram convidadas a participar das atividades porque, muitas delas, desacreditavam que aquilo não era brincadeira, fazia parte do tratamento. “É um trabalho dirigido e houve aceitação por parte dos responsáveis. Antes, achavam que não ia ter atendimento. Hoje sabem que isso acaba se tornando uma atividade de inclusão”.
Nas semanas que antecederam a festa, os alunos participaram da decoração. “Eles pintaram balões, que foram presos nas paredes, e ajudaram a montar os fios de bandeirolas para enfeitar o teto do salão e refeitório. Hoje, durante as brincadeiras, eles têm de se organizar, pegar os pinos, respeitar o limite de onde brincam. Cada atividade tem uma função, mas de uma forma mais lúdica”, finalizou Mônica.
Núcleo Henry - A unidade atende cerca de 300 pacientes de zero a 18 anos, portadores de algum tipo de deficiência física ou mental. Funciona desde em 1994 no Bairro Mirim (atualmente na Avenida Guilherme Penteado de Campos s/nº). Oferece atendimento multidisciplinar nas áreas de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e fisioterapia, com o objetivo de inserir cada paciente na sociedade, respeitando suas limitações e investindo em seus potenciais.
Além de atendimento gratuito aos pacientes, o núcleo também dá suporte às famílias: uma vez por semana, as mães dos pacientes se reúnem para falar sobre problemas, preconceitos e dúvidas. Os pacientes atendidos pelo Núcleo Henry são encaminhados por meio de consulta com neurologista, que indicará o tratamento mais adequado para cada caso. Com encaminhamento em mãos, o responsável passa por uma entrevista com a assistente social da unidade, para definição do perfil do paciente.