Violência doméstica é tema de palestra em PG
Evento foi realizado no Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher
Por Christiane Disconsi | 26/11/2009

De acordo com a Fundação Perseu Abramo, no Brasil cerca de 70% das agressões contra mulheres são cometidas por seus namorados, maridos ou ex-companheiros; e 66% dos assassinados de mulheres ocorrem dentro de casa. Estes dados foram revelados durante a palestra Violência Doméstica proferida pela assistente social da Secretaria de Habitação e Meio Ambiente (Sehma), Ivanilda Josefa da Silva, que há sete anos trabalha com essas situações. O evento realizado na tarde desta quarta-feira (25), Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher, faz parte da programação da Campanha Brasileira do Laço Branco, em Praia Grande.
Durante o evento, a assistente social explicou que a violência doméstica ocorre como que um ciclo. “A violência pode ser física ou psicológica”, afirma. “Tudo começa com um momento de tensão, com agressão verbal. Esta fase pode durar anos até que a violência física se desencadeie. Esta pode durar apenas algumas horas, mas que são suficientes para levar a morte”, explica.
De acordo com Ivanilda, o ciclo deve ser quebrado no primeiro momento em que se notam os sinais de agressão verbal. “Depois que a situação passa de verbal para física, vem o momento que chamamos de ‘Lua de Mel’, onde o agressor se desculpa e faz juras de amor. Nesse momento não há como sair deste ciclo. Porém é importante lembrar que bateu uma vez, pode bater sempre”.
Segundo a assistente social, a denúncia ainda é melhor arma contra a violência, porém, muitos fatores não contribuem para que a mulher o faça. “A dependência econômica, receio de prejudicar o cônjuge ou os filhos e a vergonha perante os amigos e vizinhos, são os empecilhos mais comuns. A mulher precisa se amar acima de tudo. Não deve esperar uma ameaça mais séria ou correr risco de morte para agir”.
Programação - A campanha ocorre no Município até o dia 29 deste mês. A programação inclui palestras e reuniões nas comunidades, nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras). Para o encerramento está programada a Passeata pela Paz, que percorrerá os bairros Guilhermina e Boqueirão.
Em Praia Grande, a ideia de aderir à Campanha Brasileira do Laço Branco surgiu durante Conferência Municipal de Assistência Social, realizada em agosto último. “Entre as propostas notamos que algumas se referiam à violência contra a mulher. Foi aí que decidimos implantar esta campanha que conscientiza os homens sobre esta situação”, explica o coordenador da ação em Praia Grande, assistente social do Cras Quietude, Leandro Mazzo.
Confira a programação completa do evento:
29/11 às 9h00 – Passeada pela Paz. Concentração: Praça das Bandeiras, Avenida Guilhermina e chegada no Vivência Boqueirão, orla da praia de mesmo nome, próximo à Rua Pernambuco.
Reuniões nas Comunidades:
26/11 às 14h00 - Cras Melvi, Rua Heleni Rosa, 114.
27/11 às 14h00 - Cras Vila Sônia, Rua G, s/nº.
Laço Branco – A campanha teve início devido a um massacre ocorrido em 6 de dezembro 1989. Um rapaz de 25 anos invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ele atirou enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Por este motivo, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.
O dia 25 de novembro foi proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), órgão das Nações Unidas, como Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que a morte daquelas mulheres (e o machismo que a gerou) não fosse esquecida.
No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em 1999. Com objetivo de ampliar esta rede, em 2001 foi realizado o lançamento oficial da campanha no País. Outras informações no site www.lacobranco.org.br.
Apoio – Em Praia Grande, além da Secretaria de Promoção Social e Trabalho (Sepros) e Universidade Santo Amaro (Unisa), apoiam a campanha: Laboratório Pasteur Análises Clínicas, Casas Bahia, Litoral Plaza Shopping, Beatrix Boulevard, Trovão Saúde Ocupacional e Clube de Tiro, Fundação Banco do Brasil, Ana Costa Saúde, CPFL Energia, Donna Óptica, Associação Comercial e Empresarial de Praia Grande (AcePG), Leandro Automóveis, Opção Company Idiomas e Banco de Cordão Umbilical (BCU).
Durante o evento, a assistente social explicou que a violência doméstica ocorre como que um ciclo. “A violência pode ser física ou psicológica”, afirma. “Tudo começa com um momento de tensão, com agressão verbal. Esta fase pode durar anos até que a violência física se desencadeie. Esta pode durar apenas algumas horas, mas que são suficientes para levar a morte”, explica.
De acordo com Ivanilda, o ciclo deve ser quebrado no primeiro momento em que se notam os sinais de agressão verbal. “Depois que a situação passa de verbal para física, vem o momento que chamamos de ‘Lua de Mel’, onde o agressor se desculpa e faz juras de amor. Nesse momento não há como sair deste ciclo. Porém é importante lembrar que bateu uma vez, pode bater sempre”.
Segundo a assistente social, a denúncia ainda é melhor arma contra a violência, porém, muitos fatores não contribuem para que a mulher o faça. “A dependência econômica, receio de prejudicar o cônjuge ou os filhos e a vergonha perante os amigos e vizinhos, são os empecilhos mais comuns. A mulher precisa se amar acima de tudo. Não deve esperar uma ameaça mais séria ou correr risco de morte para agir”.
Programação - A campanha ocorre no Município até o dia 29 deste mês. A programação inclui palestras e reuniões nas comunidades, nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras). Para o encerramento está programada a Passeata pela Paz, que percorrerá os bairros Guilhermina e Boqueirão.
Em Praia Grande, a ideia de aderir à Campanha Brasileira do Laço Branco surgiu durante Conferência Municipal de Assistência Social, realizada em agosto último. “Entre as propostas notamos que algumas se referiam à violência contra a mulher. Foi aí que decidimos implantar esta campanha que conscientiza os homens sobre esta situação”, explica o coordenador da ação em Praia Grande, assistente social do Cras Quietude, Leandro Mazzo.
Confira a programação completa do evento:
29/11 às 9h00 – Passeada pela Paz. Concentração: Praça das Bandeiras, Avenida Guilhermina e chegada no Vivência Boqueirão, orla da praia de mesmo nome, próximo à Rua Pernambuco.
Reuniões nas Comunidades:
26/11 às 14h00 - Cras Melvi, Rua Heleni Rosa, 114.
27/11 às 14h00 - Cras Vila Sônia, Rua G, s/nº.
Laço Branco – A campanha teve início devido a um massacre ocorrido em 6 de dezembro 1989. Um rapaz de 25 anos invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Monteral, Canadá. Ele atirou enfurecidamente e assassinou 14 mulheres, à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a idéia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.
O crime mobilizou a opinião pública de todo o país, gerando amplo debate sobre as desigualdades entre homens e mulheres e a violência gerada por esse desequilíbrio social. Por este motivo, um grupo de homens do Canadá decidiu se organizar para dizer que existem homens que cometem a violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.
O dia 25 de novembro foi proclamado pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM), órgão das Nações Unidas, como Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher. O dia 6 de dezembro foi escolhido para que a morte daquelas mulheres (e o machismo que a gerou) não fosse esquecida.
No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em 1999. Com objetivo de ampliar esta rede, em 2001 foi realizado o lançamento oficial da campanha no País. Outras informações no site www.lacobranco.org.br.
Apoio – Em Praia Grande, além da Secretaria de Promoção Social e Trabalho (Sepros) e Universidade Santo Amaro (Unisa), apoiam a campanha: Laboratório Pasteur Análises Clínicas, Casas Bahia, Litoral Plaza Shopping, Beatrix Boulevard, Trovão Saúde Ocupacional e Clube de Tiro, Fundação Banco do Brasil, Ana Costa Saúde, CPFL Energia, Donna Óptica, Associação Comercial e Empresarial de Praia Grande (AcePG), Leandro Automóveis, Opção Company Idiomas e Banco de Cordão Umbilical (BCU).