Problema mental requer ajuda da família
Irmã Dulce e Secretaria de Saúde buscam o apoio para atendimento dos doentes
Por Antonio Cassimiro | 30/3/2011
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Em 2001, a Lei de Saúde Mental extinguiu a internação de pessoas com transtornos mentais em manicômio porque isso se mostrava ineficaz e gerava grandes gastos. Sem prever as consequências na eventualidade de surtos psiquiátricos, a medida resultou na transferência da questão para os municípios, que ficaram com a responsabilidade pela hospitalização. A demanda vem fazendo a Secretaria de Saúde Pública e o Hospital Irmã Dulce se desdobrarem e buscar na família uma maneira de minimizar a situação.
Uma vez por semana, psicólogos da Unidade Psiquiátrica do Irmã Dulce prestam atendimento aos parentes de pacientes em surto psiquiátrico, internados na ala recém-inaugurada do hospital. Eles são orientados sobre como agir, após a alta, no tratamento doméstico dos pacientes, na administração de medicamentos e na busca de atendimento na rede pública municipal. Essa tem sido a maneira de evitar sobrecarga na assistência aos pacientes.
De acordo com a psicóloga Vanessa Bizzo, o apoio da família é fundamental para evitar novas internações e auxiliar o trabalho dos próprios profissionais do hospital. “O projeto faz com que a família se sinta acolhida e orientada, além de ficar mais próxima do hospital, permitindo que entendam melhor os motivos da internação, da alta hospitalar e a importância da continuidade do tratamento”, disse.
Para que não haja recaída e abandono da medicação, os familiares são orientados a buscar atendimento dos pacientes no Ambulatório de Saúde Mental, para acompanhamento do tratamento, e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), onde existem, diariamente, atividades terapêuticas. Para a coordenadora do Programa de Saúde Mental do Município, a psicóloga Dorian Rojas, a atenção da família é fundamental na recuperação pós surto. “Temos nos empenhado para atender todos satisfatoriamente, mas estamos com poucos profissionais. Por isso, precisamos que a família nos apóie, colaborando na aplicação das recomendações médicas”, enfatizou.
Além do atendimento aos portadores de doenças como esquizofrenia e depressão, o que também gera um aumento da demanda são atendimentos a portadores de dependência química, que ocorrem tanto no hospital Irmã Dulce como no Ambulatório de Saúde Mental.
A diretora técnica do hospital Irmã Dulce, Maria Alice Tavares da Silva, ressalta, como solução, a parceria tanto na pré como na pós-internação. “Temos que trabalhar numa integração total. Só assim conseguiremos atender plenamente a população. Hoje a tônica é a desospitalização, ao encontro dos objetivos da Reforma Psiquiátrica, o que também exige um trabalho junto às famílias”, destacou.
Em Praia Grande, existem cadastrados cerca de 28 mil pacientes que utilizam ou já utilizaram os serviços ambulatoriais psiquiátricos. Atualmente, o setor realiza pelo menos 3 mil atendimentos mensais na rede pública. O Irmã Dulce é o único hospital municipal a oferecer internação psiquiátrica na região, com 10 leitos exclusivos para atendimento de pacientes em surto psicótico, o que não é suficiente.
As reuniões com familiares dos pacientes internados acontecem todas as quartas-feiras, às 9 horas da manhã, em uma sala ao lado da Ala Psiquiátrica do hospital. Já no ambulatório e no Caps, o atendimento às famílias ocorre diariamente, de segunda a sexta-feira.
Uma vez por semana, psicólogos da Unidade Psiquiátrica do Irmã Dulce prestam atendimento aos parentes de pacientes em surto psiquiátrico, internados na ala recém-inaugurada do hospital. Eles são orientados sobre como agir, após a alta, no tratamento doméstico dos pacientes, na administração de medicamentos e na busca de atendimento na rede pública municipal. Essa tem sido a maneira de evitar sobrecarga na assistência aos pacientes.
De acordo com a psicóloga Vanessa Bizzo, o apoio da família é fundamental para evitar novas internações e auxiliar o trabalho dos próprios profissionais do hospital. “O projeto faz com que a família se sinta acolhida e orientada, além de ficar mais próxima do hospital, permitindo que entendam melhor os motivos da internação, da alta hospitalar e a importância da continuidade do tratamento”, disse.
Para que não haja recaída e abandono da medicação, os familiares são orientados a buscar atendimento dos pacientes no Ambulatório de Saúde Mental, para acompanhamento do tratamento, e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps), onde existem, diariamente, atividades terapêuticas. Para a coordenadora do Programa de Saúde Mental do Município, a psicóloga Dorian Rojas, a atenção da família é fundamental na recuperação pós surto. “Temos nos empenhado para atender todos satisfatoriamente, mas estamos com poucos profissionais. Por isso, precisamos que a família nos apóie, colaborando na aplicação das recomendações médicas”, enfatizou.
Além do atendimento aos portadores de doenças como esquizofrenia e depressão, o que também gera um aumento da demanda são atendimentos a portadores de dependência química, que ocorrem tanto no hospital Irmã Dulce como no Ambulatório de Saúde Mental.
A diretora técnica do hospital Irmã Dulce, Maria Alice Tavares da Silva, ressalta, como solução, a parceria tanto na pré como na pós-internação. “Temos que trabalhar numa integração total. Só assim conseguiremos atender plenamente a população. Hoje a tônica é a desospitalização, ao encontro dos objetivos da Reforma Psiquiátrica, o que também exige um trabalho junto às famílias”, destacou.
Em Praia Grande, existem cadastrados cerca de 28 mil pacientes que utilizam ou já utilizaram os serviços ambulatoriais psiquiátricos. Atualmente, o setor realiza pelo menos 3 mil atendimentos mensais na rede pública. O Irmã Dulce é o único hospital municipal a oferecer internação psiquiátrica na região, com 10 leitos exclusivos para atendimento de pacientes em surto psicótico, o que não é suficiente.
As reuniões com familiares dos pacientes internados acontecem todas as quartas-feiras, às 9 horas da manhã, em uma sala ao lado da Ala Psiquiátrica do hospital. Já no ambulatório e no Caps, o atendimento às famílias ocorre diariamente, de segunda a sexta-feira.