PG reduz índice de roubos e furtos em 65,8%

No ranking de homicídios, a cidade deu o maior salto qualitativo: é a décima entre os 55 municípios economicamente mais importantes do Estado com menos casos (81,2% menos em 2003). No ano anterior, sua posição era a 52ª

Por Antonio Cassimiro | 16/2/2004

Segundo o Instituto de Estudos Metropolitanos (IEME), Praia Grande e São Sebastião são as cidades menos atingidas por roubos e furtos diversos, entre os 55 municípios economicamente mais importantes do Estado. Em 2002, a Cidade contabilizou 2.896 casos de roubos e furtos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, os números caíram para 989 ocorrências. No ranking de homicídios, o Município saiu de uma das piores posições (52ª) para a décima colocação. Ou seja: está entre as dez cidades do Estado com menor número de homicídios por habitante.
Os números foram divulgados nos últimos dias 11 e 12 de fevereiro e destacam Louveira com menos casos de homicídios no Estado, no grupo dos 55 municípios, denominado G-55. Em casos de roubos e furtos, Embu continua tendo a melhor classificação, dos registrados para cada 100 mil habitantes. A cidade apresentava 835 ocorrências em 2002 contra 848 registros no ano seguinte.
As piores marcas foram apresentadas por Araçatuba, região noroeste do Estado, última colocada com 3.639 roubos e furtos por 100 mil habitantes; e Cubatão, que ocupa a última posição no ranking de homicídios. Louveira, com 26.258 habitantes, teve apenas um assassinato contra 66 de Cubatão, que tem 114 mil habitantes. O instituto destaca o “salto qualitativo” de Praia Grande, no ano passado, pela redução em 81,2% no número de assassinatos para 100 mil habitantes. A Cidade também teve uma queda de 56%, em 2003, no índice do crime para a população total (atualmente perto de 215 mil habitantes), em relação a 2002, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado.
CÂMERAS - A melhora reverte quase radicalmente o quadro apresentado nos últimos anos, que chegou a projetar a Cidade como uma das mais violentas do Estado. De acordo com o prefeito Alberto Mourão, a situação atual é resultado de uma série de ações promovidas ao longo dos três últimos anos. “Tínhamos uma cadeia (Dacar-10) em péssimas condições onde aconteciam de cinco a sete mortes por mês, que eram erroneamente contabilizadas no índice de criminalidade do Município. Lutamos pela desativação dessa unidade e promovemos outras iniciativas que viabilizassem a redução da violência em geral”, disse.
Conforme Mourão, entre as realizações que mudaram aquele quadro da violência no Município estão o aumento do efetivo da Guarda Civil Municipal, da frota de viaturas, a implantação do sistema de fibra ótica (que permitiu a instalação de câmeras de vídeo em pontos movimentados da Cidade) e as ações conjuntas entre as polícias Civil, Militar e Rodoviária. “Acredito que ainda podemos melhorar mais esse quadro. Vamos aumentar o número de câmeras de monitoramento”, afirma.
O treinamento recebido pela Guarda Civil Municipal, só comparado à polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, também foi um fator importante para Administração Municipal, segundo o prefeito. Com aprendizado que inclui noções de Direito, Filosofia, Sociologia entre outros, os funcionários foram capacitados para atuar em diversas situações, embora ainda não possam trabalhar armados. Usando uniformes semelhantes aos da Polícia Militar, a GCM é considerada uma das principais responsáveis pela queda no índice de criminalidade em Praia Grande, assim como a instalação de câmeras de vídeo, que inibem a ação dos marginais e cujas imagens têm sido utilizadas pela Polícia na investigação e resolutividade dos inquéritos.
Outras informações podem ser obtidas no site do IEME, no endereço www.ieme.com.br