Ambulatório de cirurgias já funciona no Irmã Dulce

A Unidade foi inaugurada na quinta-feira (12)

Por Antonio Cassimiro | 16/1/2012

Já está em pleno funcionamento o Ambulatório de Especialidades Cirúrgicas, entregue na quinta-feira (12), para atendimento de pacientes que se preparam para fazer cirurgias eletivas no Complexo de Saúde Irmã Dulce. A unidade, que antes ficava no Centro de Especialidades Médicas, Ambulatoriais e Sociais (Cemas), agora funciona no próprio hospital, na Rua Dair Borges, 550, Boqueirão.

O ambulatório recebeu o nome de Maria Helena de Oliveira Higa, falecida esposa do terapeuta e acupunturista Moriharu Higa, morador de Praia Grande há 52 anos, conhecido como Mori. Imigrante japonês naturalizado brasileiro, Mori acompanhou a construção do que daria origem à antiga Santa Casa, na década de 70. “Tenho orgulho de ter se transformado num hospital como esse”, disse emocionado ao lado dos filhos.

A cerimônia contou com a participação do presidente eleito da Fundação do ABC (FUABC), Maurício Mindrisz; do superintendente-adjunto do complexo, Francisco Jaimez Gago; da diretora técnica do complexo, Maria Alice Tavares da Silva; entre outras autoridades e profissionais de saúde.

Agradecendo o apoio da Prefeitura, da Secretaria de Saúde Pública e dos vereadores, Jaimez Gago enfatizou que a obra traduz o esforço da Fundação do ABC (FUABC), responsável pela gestão do hospital e do pronto-socorro, em aprimorar o atendimento aos pacientes de Praia Grande e região. “Queremos sempre oferecer uma qualificação melhor à população”, disse.

Além de comodidade e agilidade, a nova unidade alivia a sobrecarga do Cemas, que sediou o atendimento pré e pós-cirúrgico enquanto o hospital se preparava para assumi-lo. Maria Alice agradeceu ao Cemas pela parceria, desculpando-se pelos transtornos.

A diretora pontuou benefícios que o novo ambulatório proporcionará aos usuários, como a possibilidade de ser atendidos pelos mesmos médicos que conduzirão as cirurgias. “O ato médico não se fundamenta só no momento cirúrgico. Saber quem vai operá-lo, numa situação de vulnerabilidade, traz segurança ao paciente”, observou. A inserção do ambulatório no hospital favorecerá também a discussão de casos entre as equipes e o acompanhamento mais próximo da Diretoria Técnica.

Memórias e metas – A entrega do ambulatório pela FUABC faz parte da programação especial de aniversário de emancipação político-administrativa de Praia Grande, que completará 45 anos no próximo dia 19. Como presidente eleito da fundação, Mindrisz observou duas coincidências: tomará posse também no dia 19 e este ano a FUABC completará 45 anos de fundação. “Nasci em Santo André e vinha a Praia Grande quando criança. Quando voltei aqui, fiquei impressionado com sua pujança e grandeza”, elogiou.

Mindrisz acompanhou, como vice-presidente, as ações da fundação no Complexo Irmã Dulce, por ele avaliado como “exemplar”: “Não é fácil ver um equipamento desta qualidade numa cidade do porte de Praia Grande”. Segundo ele, a FUABC tem intenção de manter e ampliar a parceira com o município de Praia Grande. Além do complexo, ela gerencia o AME, mantido pelo Estado.

Com a previsão de entrega da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em março, no bairro do Trevo, os investimentos em saúde por parte da Prefeitura totalizarão R$ 23 milhões a mais no orçamento da saúde, de R$ 91 milhões.

Estrutura - O novo ambulatório conta com recepção com porta de vidro, quatro consultórios, uma sala de curativo, sanitário adaptado e rampa para portadores de necessidades especiais. O ambiente é climatizado. O piso, em porcelanato, e as paredes claras contrastam com o tom de verde mostarda de paredes texturizadas, proporcionando um clima de acolhimento.

Não haverá mudança no sistema de atendimento; o protocolo continuará o mesmo: serão atendidos somente pacientes das unidades básicas encaminhados para cirurgia. No ambulatório, as guias são preenchidas; os pacientes, avaliados; e os exames pré-operatórios solicitados. Depois disso, eles são informados das datas agendadas para a realização do procedimento no Centro Cirúrgico do hospital, afastadas quaisquer contraindicações.

Após as cirurgias eles serão acompanhados e depois retornam às unidades básicas de origem.