Centralização de serviços acaba com cortejos fúnebres

Por Tatiana Giulietti | 22/3/2004

Cortejos longos e geralmente dispendiosos para a maioria das famílias, com desconforto à população e ao comércio devido ao congestionamento que provocam, além de outros inconvenientes, não existirão mais em Praia Grande. Quem afirma é o secretário de Serviços Públicos e Trânsito (Sesptran), Antonio Freire de Carvalho Filho, que anunciou esta semana o início das obras da “Praça de Serviços Funerários”, localizada dentro da Morada da Grande Planície, denominação do cemitério municipal.
A nova praça vai centralizar todos os serviços burocráticos que a família é obrigada a enfrentar ao sepultar um ente querido. Com a centralização, a tendência, segundo Freire é também o barateamento dos custos. Com isso, o Instituto Médico Legal (IML), que hoje funciona na Vila Tupi, muda-se para o cemitério até início de junho. A mudança faz parte de uma das etapas de modernização do local, que ganhou amplo estacionamento, quatro velórios, capela e nova comunicação visual, enre outras benfeitorias.
A obra está sendo construída em área de cerca de 200 m2, contando com o estacionamento. Terá sala para o cartório, para a administração, salas de exumação e outros espaços necessários ao trabalho do IML. Orçada em R$ 250 mil, está sendo feita em parceria com a Osan, que é a concessionária dos serviços funerários da Cidade. O custo financeiro será arcado pela empresa.
Para Freire, a administração está contribuindo para “eliminar pequenos estresses que, juntos, são causadores de grandes problemas na vida das pessoas”. Ele detalha: “Hoje, quem perde um ente tem que liberar o corpo no IML, que fica na Vila Tupi; deve entrar em contato com a empresa que explora os serviços funerários; tem que providenciar o transporte do corpo em carro próprio para tal, até o cemitério, que fica na Vila Antártica – uma distância de mais ou menos seis quilômetros; providenciar a papelada no cartório, que fica no Bairro Boqueirão; passar pelos principais corredores de trânsito da Cidade e, muitas vezes, contar com favores para acompanhar o cortejo de carro, com motorista e combustível”. E salienta que, às vezes, o cortejo chega a ter mais de um quilômetro de extensão.
Com a Praça de Serviços Funerários, todo esse trabalho não existirá mais: o corpo estará no IML, anexo ao cartório, às salas de velório e no local onde será feito o sepultamento.
“O que à primeira vista pode parecer insignificante, nunca o é para as pessoas envolvidas”, diz Freire. No último mês de novembro, por ocasião de Finados, as famílias que visitaram o cemitério já sentiram uma grande diferença com as obras de modernização: “Tudo está mais organizado, com local próprio para as barracas de flores, para as velas, loja de conveniência, com os novos quatro velórios, com a capela, a mudança do ponto de ônibus para um local privilegiado e estacionamento. Enfim, quando estiver concluído, a Morada da Grande Planície será um dos cemitérios mais modernos da região e, quiçá, do Estado, sem custo algum para a população”.
As próximas etapas incluem piso e carneiros padronizados, área de estar e cobertura de polietileno nos corredores de passagem, para proteção contra sol ou chuva.