Dados sobre animais mortos devem ser centralizados

Guarda Costeira de PG mantém parceria para auxiliar Ibama

14/11/2012

Por Ludmila Pilipavicius

A necessidade de uma rede de informações a respeito da mortalidade de animais marinhos nas praias da Baixada Santista foi uma das principais conclusões durante a reunião realizada na terça-feira (13), no Aquário de Santos, pela APA (Área de Proteção Ambiental) Marinha do Litoral Centro. O encontro contou com a participação da Guarda Costeira de Praia Grande e também de outros órgãos e entidades ligadas ao Meio Ambiente.

O inspetor da Guarda Ambiental de Praia Grande, da qual a Guarda Costeira faz parte, Fábio Rogério Marques, explicou que Praia Grande é a única cidade da região que conta com um trabalho desenvolvido pela Guarda Costeira voltado ao levantamento de dados sobre a mortalidade de animais marinhos. “As pessoas se assustam ao saber o número elevado de animais marinhos encontrados mortos em Praia Grande. Mas o que ocorre é que nas outras cidades isso também acontece, mas não é registrado e oficializado”.

Em Praia Grande, a Guarda Costeira não só resgata os animais encontrados debilitados para encaminhá-los à reabilitação, como também recolhe os eventualmente mortos, abastecendo uma espécie de central de dados do Ibama. Para o gestor do Parque Estadual Xixová Japuí, Paulo Menna, o ideal seria os municípios encontrarem uma forma de centralizar os dados sobre morte de animais e também suas causas. “Praia Grande sai à frente quando o assunto é esse monitoramento. Se a Cidade tem muitos casos é porque faz o registro desses casos”.

Como o uso irregular de redes de pesca foi um dos principais pontos apontados como a causa da morte de tartarugas, além do lixo jogado no mar, uma fiscalização mais intensa também foi assunto na reunião, de acordo com o coordenador da Guarda Costeira de Praia Grande, Delfo Monsalvo. “O que se pretende é fazer um controle mais de perto de como e onde essas redes são usadas”.

Para se ter uma ideia, somente este ano, a Guarda Costeira de Praia Grande contabilizou mais de 200 animais marinhos, entre tartarugas, aves e lobos marinhos, alguns ainda com vida.

O mais recente foi uma tartaruga verde encontrada na manhã de quarta-feira (14), na praia do bairro Paquetá, ainda com vida, mas bastante debilitada. O animal foi encaminhado para a Associação de Resgate e Reabilitação de Animais Marinhos (Gremar), onde ficaria em observação até poder ser solta novamente em seu habitat natural. “É bom resgatar um animal com vida, mas sabemos que algo está acontecendo para que apareçam na praia: ou estão machucadas ou fracas por não conseguirem se alimentar”, afirmou o inspetor da Guarda Costeira Márcio Teixeira de Souza, que participou do resgate.


BANCO DE IMAGENS - Confira no Banco de Imagensda Prefeitura de Praia Grande fotografias da tartaruga resgatada no Paquetá clicadas em 14/11/2012, pelo fotógrafo Edmilson Lelo.


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