Hospital Irmã Dulce é referência em doação de órgãos

Cidade é a primeira na Baixada Santista no Serviço de Procura de Órgãos

Por Aline Gomes | 11/9/2013

O Hospital Municipal Irmã Dulce é referência em notificação de morte encefálica e doação de órgãos para transplante por doadores falecidos junto ao Serviço de Procura de Órgãos e Tecidos (SPOT) da Escola Paulista de Medicina.

De janeiro a agosto deste ano, o Irmã Dulce registrou 35 notificações de morte encefálica e 11 doadores falecidos de órgãos. Com tais números, a expectativa é que em 2013 continue liderando na Baixada Santista junto ao SPOT e supere as estatísticas de 2012, quando realizou 28 notificações e registrou 12 doadores.

O coordenador médico do SPOT, Diogo Medeiros, que ministrou curso sobre o tema, nesta terça (10), na unidade, elogiou o trabalho realizado. “Acho maravilhoso o trabalho do Irmã Dulce, que faz um serviço de excelência e hoje é referência. Quando entro em hospitais de São Paulo para falar sobre doação de órgãos, sempre cito o hospital de Praia Grande como exemplo”, declarou.

O objetivo do curso foi sensibilizar as equipes médicas e de enfermagem sobre a importância da doação de órgãos para uma demanda crescente por transplantes: no Brasil, cerca de 27 mil pessoas aguardam por órgãos que poderão salvá-las e melhorar sua qualidade de vida.

O curso contou também com os conhecimentos da coordenadora de enfermagem do SPOT, Vanessa Ayres Carneiro, que falou sobre o processo de doação, com ênfase na notificação e na entrevista dos familiares dos possíveis doadores por profissionais treinados.

Ela também falou sobre o sistema nacional e o do Estado de São Paulo, citando as atribuições do SPOT-EPM. “Tudo tem início no hospital. Se não nos avisar (por notificação), não há como saber”, declarou a enfermeira. Mesmo se houver contraindicação à doação, como em determinadas doenças infecciosas, todo caso precisa ser notificado.

Foi abordada também a importância do doador, em vida, avisar a família sobre seu desejo. Desde 2001, a doação de órgãos e tecidos no Brasil é consentida, daí a importância do doador, em vida, avisar a família de seu desejo.

Podem ser doados os seguintes órgãos e tecidos: coração, pulmões, fígado, pâncreas, rins, intestino, válvulas cardíacas, córneas, pele, osso e tendões. Após a cirurgia de extração dos órgãos, que seguem para ser transplantados nos receptores, o corpo do doador falecido é entregue para a família recomposto.

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