Pré-natal nas unidades de saúde tranquiliza gestantes
Praia Grande reduziu índice de mortalidade infantil
Por Pedro Sbravatti | 27/11/2013
A alegria é visível e toma conta do rosto de Pamela dos Santos ao sair do consultório médico após a sexta consulta do seu pré-natal realizado na Unidade de Saúde da Família (Usafa) do Bairro Ribeirópolis. Aos 24 anos, ela atravessa uma das fases mais especiais na vida de uma mulher: a maternidade. Seguindo para o sétimo mês de sua primeira gravidez, a jovem está tranquila porque todos os exames apontaram uma gestação que segue transcorrendo normalmente. Animada, confirmou que o único motivo para estar ansiosa é o tempo que falta para poder abraçar Marina, nome escolhido para o bebê.
“Esse é um momento especial e que estou aproveitando a cada dia. Quando venho a Usafa e o médico informa que tudo está dentro do previsto comigo e minha filha, fico aliviada e feliz”, afirmou Pamela, com sorriso no rosto e acariciando carinhosamente a barriga com a mão.
A futura mamãe pode ser apontada como um exemplo do trabalho desenvolvido em Praia Grande relacionado ao nascimento de crianças. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) do Município intensificou ao longo dos últimos anos o acompanhamento da gravidez e do pós-parto nos setores da atenção básica e também especialidades. O resultado de todo esse esforço foi a queda no índice de mortalidade infantil municipal.
A Sesap disponibiliza serviços como: o acompanhamento ao pré-natal, ao recém-nascido desde o parto ao primeiro ano de vida, o acesso aos serviços laboratoriais como teste do pezinho, além do incentivo ao parto natural, em vez da cesárea (que implica em riscos por conta de anestesias e do processo cirúrgico). Outro destaque fica por conta de ações relacionadas ao aleitamento materno e também a vacinação.
Mesmo a mulher que já passou pela experiência de gerar uma nova vida só consegue ficar tranquila e desfrutar do momento especial com os familiares e amigos quando a cada consulta encontra um parecer positivo do médico. A dona de casa Elaine Cristina Silva é prova disso. Grávida do segundo filho, sabe como é importante a realização do pré-natal para a sua própria saúde e a do recém-nascido.
“Desde o meu primeiro filho realizei todos os exames e consultas na unidade do bairro onde moro, o Ribeirópolis. Após dar parabéns, a primeira coisa que falo para minhas amigas quando sei que estão grávidas é sobre a importância do pré-natal”, disse Elaine.
Constantemente, propostas são debatidas para melhorar ainda mais o atendimento nessa área. Capacitações com médicos do Programa Saúde da Família também são desenvolvidas. A presença de ginecologistas e pediatras no Nasf (Núcleo de Apoio da Saúde da Família) teve papel fundamental na redução dos índices, assim como uma maior conscientização da comunidade, para incentivar mães na realização dos exames pré-natais.
A Sesap conta com uma Comissão de Mortalidade Materna e Infantil. O órgão realiza reuniões mensais com o objetivo de organizar ações voltadas ao tema. O início dos trabalhos ocorreu em 1999. Atualmente, aproximadamente 15 profissionais fazem parte das atividades.
O ginecologista do Nasf, Ronald Costa, com especialização também em obstetrícia, destacou que a Sesap está tomando todas as medidas para que as mulheres cumpram as etapas desde o início da gestação até o pós-parto. “Caso ocorra uma falta, o agente comunitário de saúde vai até a residência para saber o motivo do não comparecimento. Este processo demonstra que a Cidade busca cada vez mais oferecer uma saúde de qualidade para pessoas de todas as faixas etárias”.
Costa ressaltou ainda a relação de confiança entre o médico e a gestante como um dos laços fundamentais para sucesso do pré-natal. “Esse contato fica mais próximo a cada consulta entre médico e paciente. Após o parto, as mulheres fazem questão de visitar o médico para apresentar, orgulhosas, o filho saudável. Nesse momento percebemos que todo processo valeu a pena. Chego a me emocionar quando vejo a criança”.
Visita monitorada – Há dois anos, o Núcleo de Apoio da Saúde da Família (Nasf 2, que atende as Usafas dos bairros Mirim, Vila Alice, Tupiry, Quietude e Anhanguera) em parceria com o Complexo de Saúde Irmã Dulce (que compreende o Hospital Municipal e o Pronto Socorro Central, localizados no Bairro Boqueirão) realiza uma visita monitorada com gestantes às instalações do hospital.
A atividade é destinada às mulheres que já são mães ou estão vivendo a experiência pela primeira vez. O projeto visa proporcionar calma e segurança às gestantes com a proximidade do nascimento do bebê, quando aumenta a ansiedade em relação ao parto. Mitos e desinformação acabam por gerar medo.
Esse tipo de ação faz parte do programa de assistência às gestantes desenvolvido pelo Nasf 2. Os encontros do grupo ocorrem mensalmente nas Usafas e são abordados temas como os direitos das gestantes, aspectos psicológicos durante a gestação, alterações posturais e amamentação. A troca de experiências é outro ponto de destaque das atividades.
Aos 31 anos, grávida do segundo filho, Cristiana Aparecida da Silva Oliveira sentiu-se mais tranquila ao conhecer as instalações do Centro Obstétrico que integra a Maternidade do Hospital. “Adorei tudo aqui. Estou surpresa e agora super sossegada”, afirmou a gestante.
Mortalidade - Com um trabalho específico e planejado, Praia Grande reduziu seu índice de mortalidade infantil ao longo dos últimos anos. A Cidade ocupa o terceiro lugar no ranking da Região Metropolitana da Baixada Santista com menor índice de mortalidade infantil. De acordo com último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, o Município registrou taxa de 13,6 mortes (para cada mil crianças nascidas vivas), ficando atrás apenas de Santos (13) e Bertioga (13,4). Seis anos atrás, em 2007, esse número era de 22 mortes para cada mil nascidas vivas.
Evolução – A modernização do Hospital Municipal Irmã Dulce é outro ponto que teve papel fundamental na redução desse índice. Desde 2010, o equipamento praia-grandense passou a contar com 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neo Natal. Os espaços destinados a esse tipo de atendimento são voltados aos munícipes e também pessoas de outras cidades da Baixada Santista.
AGÊNCIA DE NOTÍCIAS: Acesse também nosso conteúdo através do Facebook e do site da Rádio do Paço. Veja também o Banco de Imagens.
“Esse é um momento especial e que estou aproveitando a cada dia. Quando venho a Usafa e o médico informa que tudo está dentro do previsto comigo e minha filha, fico aliviada e feliz”, afirmou Pamela, com sorriso no rosto e acariciando carinhosamente a barriga com a mão.
A futura mamãe pode ser apontada como um exemplo do trabalho desenvolvido em Praia Grande relacionado ao nascimento de crianças. A Secretaria de Saúde Pública (Sesap) do Município intensificou ao longo dos últimos anos o acompanhamento da gravidez e do pós-parto nos setores da atenção básica e também especialidades. O resultado de todo esse esforço foi a queda no índice de mortalidade infantil municipal.
A Sesap disponibiliza serviços como: o acompanhamento ao pré-natal, ao recém-nascido desde o parto ao primeiro ano de vida, o acesso aos serviços laboratoriais como teste do pezinho, além do incentivo ao parto natural, em vez da cesárea (que implica em riscos por conta de anestesias e do processo cirúrgico). Outro destaque fica por conta de ações relacionadas ao aleitamento materno e também a vacinação.
Mesmo a mulher que já passou pela experiência de gerar uma nova vida só consegue ficar tranquila e desfrutar do momento especial com os familiares e amigos quando a cada consulta encontra um parecer positivo do médico. A dona de casa Elaine Cristina Silva é prova disso. Grávida do segundo filho, sabe como é importante a realização do pré-natal para a sua própria saúde e a do recém-nascido.
“Desde o meu primeiro filho realizei todos os exames e consultas na unidade do bairro onde moro, o Ribeirópolis. Após dar parabéns, a primeira coisa que falo para minhas amigas quando sei que estão grávidas é sobre a importância do pré-natal”, disse Elaine.
Constantemente, propostas são debatidas para melhorar ainda mais o atendimento nessa área. Capacitações com médicos do Programa Saúde da Família também são desenvolvidas. A presença de ginecologistas e pediatras no Nasf (Núcleo de Apoio da Saúde da Família) teve papel fundamental na redução dos índices, assim como uma maior conscientização da comunidade, para incentivar mães na realização dos exames pré-natais.
A Sesap conta com uma Comissão de Mortalidade Materna e Infantil. O órgão realiza reuniões mensais com o objetivo de organizar ações voltadas ao tema. O início dos trabalhos ocorreu em 1999. Atualmente, aproximadamente 15 profissionais fazem parte das atividades.
O ginecologista do Nasf, Ronald Costa, com especialização também em obstetrícia, destacou que a Sesap está tomando todas as medidas para que as mulheres cumpram as etapas desde o início da gestação até o pós-parto. “Caso ocorra uma falta, o agente comunitário de saúde vai até a residência para saber o motivo do não comparecimento. Este processo demonstra que a Cidade busca cada vez mais oferecer uma saúde de qualidade para pessoas de todas as faixas etárias”.
Costa ressaltou ainda a relação de confiança entre o médico e a gestante como um dos laços fundamentais para sucesso do pré-natal. “Esse contato fica mais próximo a cada consulta entre médico e paciente. Após o parto, as mulheres fazem questão de visitar o médico para apresentar, orgulhosas, o filho saudável. Nesse momento percebemos que todo processo valeu a pena. Chego a me emocionar quando vejo a criança”.
Visita monitorada – Há dois anos, o Núcleo de Apoio da Saúde da Família (Nasf 2, que atende as Usafas dos bairros Mirim, Vila Alice, Tupiry, Quietude e Anhanguera) em parceria com o Complexo de Saúde Irmã Dulce (que compreende o Hospital Municipal e o Pronto Socorro Central, localizados no Bairro Boqueirão) realiza uma visita monitorada com gestantes às instalações do hospital.
A atividade é destinada às mulheres que já são mães ou estão vivendo a experiência pela primeira vez. O projeto visa proporcionar calma e segurança às gestantes com a proximidade do nascimento do bebê, quando aumenta a ansiedade em relação ao parto. Mitos e desinformação acabam por gerar medo.
Esse tipo de ação faz parte do programa de assistência às gestantes desenvolvido pelo Nasf 2. Os encontros do grupo ocorrem mensalmente nas Usafas e são abordados temas como os direitos das gestantes, aspectos psicológicos durante a gestação, alterações posturais e amamentação. A troca de experiências é outro ponto de destaque das atividades.
Aos 31 anos, grávida do segundo filho, Cristiana Aparecida da Silva Oliveira sentiu-se mais tranquila ao conhecer as instalações do Centro Obstétrico que integra a Maternidade do Hospital. “Adorei tudo aqui. Estou surpresa e agora super sossegada”, afirmou a gestante.
Mortalidade - Com um trabalho específico e planejado, Praia Grande reduziu seu índice de mortalidade infantil ao longo dos últimos anos. A Cidade ocupa o terceiro lugar no ranking da Região Metropolitana da Baixada Santista com menor índice de mortalidade infantil. De acordo com último balanço da Secretaria de Estado da Saúde, o Município registrou taxa de 13,6 mortes (para cada mil crianças nascidas vivas), ficando atrás apenas de Santos (13) e Bertioga (13,4). Seis anos atrás, em 2007, esse número era de 22 mortes para cada mil nascidas vivas.
Evolução – A modernização do Hospital Municipal Irmã Dulce é outro ponto que teve papel fundamental na redução desse índice. Desde 2010, o equipamento praia-grandense passou a contar com 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neo Natal. Os espaços destinados a esse tipo de atendimento são voltados aos munícipes e também pessoas de outras cidades da Baixada Santista.
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