PG ganhará centro de atendimento para pacientes envolvidos com drogas e álcool
O novo Centro de Atenção Psicossocial será instalado em 2006
Por Fabiana Augusta | 18/5/2005

Praia Grande contará com um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) voltado ao tratamento de pacientes envolvidos com álcool e drogas em 2006. O anúncio foi feito pela coordenadora de Saúde Mental do Município, Dorian Rojas, na solenidade de abertura da Semana da Luta Antimanicomial. O evento de âmbito regional, acontece até sexta-feira, com o intuito de ampliar os debates em torno do resgate da cidadania ao portador de transtornos mentais e sua inserção na sociedade.
Segundo Dorian Rojas, o Caps Álcool e Drogas oferecerá atendimento especializado a esses pacientes que hoje recebem assistência no Ambulatório de Saúde Mental e no Caps II. “São pacientes que apresentam problemas de saúde causados pelo uso dessas substâncias. Acabam retornando às unidades várias vezes. Com o novo Caps, receberão acompanhamento psicológico, médico e social de forma ainda mais efetiva”, afirma Dorian.
Ela disse ainda que a implantação da unidade está sendo estudada com o secretário de Saúde, Eduardo Dall´Acqua. “Estamos analisando, mas já há confirmação do secretário para que a obra seja incluída no orçamento para execução em 2005”.
A cerimônia contou também com a participação da representante do Conselho Regional de Psicologia (CRP) da Subsede da Baixada Santista e Vale do Ribeira, Carla Bertuol. Após a abertura dos trabalhos, houve o debate Convivência no Centro de Atenção Psicossocial, dirigido pela coordenadora de Saúde Mental de Belo Horizonte, Rosimeire da Silva.
Foram convidados para contar suas experiências dentro dos centros os coordenadores dos caps de Praia Grande, Itanhaém, Guarujá e Perdizes, além do presidente da Associação dos Usuários e Familiares de Saúde Mental de Perdizes, Geraldo Peixoto.
Humanização – O secretário de Saúde, Eduardo Dall’Acqua, ressaltou que Praia Grande trabalha a questão da humanização do tratamento através da modificação do modelo de assistência, dando sempre ênfase à prevenção. “Sabemos que ainda temos um caminho a ser percorrido na questão da humanização. Mas Praia Grande está investindo recursos acima do exigido, pois a Saúde é prioridade da Prefeitura”.
A representante do CRP, Carla Bertuol, disse que o movimento antimanicomial completa 18 anos com muitas conquistas, como o fechamento de hospitais psiquiátricos e leitos desativados. “Conquistamos leis que regulamentam a questão da internação e a abertura de serviços privados. Contamos ainda com a criação de serviços substitutivos, com tratamento em liberdade e o resgate da cidadania. Enfim, são 18 anos de militância e o convite continua aberto para quem quiser participar”.
Ela falou também quais são as questões fundamentais para a reforma psiquiátrica. “Em primeiro lugar, são os locais que atendem em liberdade e que tratam os pacientes como cidadãos, independente de seu diagnóstico. Em segundo, é a participação e organização das pessoas que podem e devem reivindicar direitos, perguntar, sugerir. Não é simples, mas é assim que se constrói a cidadania”.
Para Carla Bertuol, esse desafio é de todos, mas são os médicos que enfrentam a maior carga de responsabilidade, já que não aprendem na faculdade como tratar os pacientes em liberdade. “Os referenciais nem sempre estão disponíveis. São obrigados a pensar como serão solidários com essas pessoas”.
A coordenadora de Saúde Mental de Belo Horizonte, Rosimeire da Silva, exemplificou que os bons prefeitos e secretários articulam o movimento social. “São os que dão condições para o surgimento e sustentação dos locais de tratamento sem grades. As ações em liberdade e com cidadania dão frutos como Geraldo Peixoto, presidente da Associação de Perdizes, na Capital. Ele é exemplo de que o portador de transtorno mental pode ser um cidadão capaz”. Peixoto, usuário da Saúde Mental de Perdizes, preside a Associação Ânima. Ele começou como secretário até chegar ao posto mais elevado na instituição.
Segundo Dorian Rojas, o Caps Álcool e Drogas oferecerá atendimento especializado a esses pacientes que hoje recebem assistência no Ambulatório de Saúde Mental e no Caps II. “São pacientes que apresentam problemas de saúde causados pelo uso dessas substâncias. Acabam retornando às unidades várias vezes. Com o novo Caps, receberão acompanhamento psicológico, médico e social de forma ainda mais efetiva”, afirma Dorian.
Ela disse ainda que a implantação da unidade está sendo estudada com o secretário de Saúde, Eduardo Dall´Acqua. “Estamos analisando, mas já há confirmação do secretário para que a obra seja incluída no orçamento para execução em 2005”.
A cerimônia contou também com a participação da representante do Conselho Regional de Psicologia (CRP) da Subsede da Baixada Santista e Vale do Ribeira, Carla Bertuol. Após a abertura dos trabalhos, houve o debate Convivência no Centro de Atenção Psicossocial, dirigido pela coordenadora de Saúde Mental de Belo Horizonte, Rosimeire da Silva.
Foram convidados para contar suas experiências dentro dos centros os coordenadores dos caps de Praia Grande, Itanhaém, Guarujá e Perdizes, além do presidente da Associação dos Usuários e Familiares de Saúde Mental de Perdizes, Geraldo Peixoto.
Humanização – O secretário de Saúde, Eduardo Dall’Acqua, ressaltou que Praia Grande trabalha a questão da humanização do tratamento através da modificação do modelo de assistência, dando sempre ênfase à prevenção. “Sabemos que ainda temos um caminho a ser percorrido na questão da humanização. Mas Praia Grande está investindo recursos acima do exigido, pois a Saúde é prioridade da Prefeitura”.
A representante do CRP, Carla Bertuol, disse que o movimento antimanicomial completa 18 anos com muitas conquistas, como o fechamento de hospitais psiquiátricos e leitos desativados. “Conquistamos leis que regulamentam a questão da internação e a abertura de serviços privados. Contamos ainda com a criação de serviços substitutivos, com tratamento em liberdade e o resgate da cidadania. Enfim, são 18 anos de militância e o convite continua aberto para quem quiser participar”.
Ela falou também quais são as questões fundamentais para a reforma psiquiátrica. “Em primeiro lugar, são os locais que atendem em liberdade e que tratam os pacientes como cidadãos, independente de seu diagnóstico. Em segundo, é a participação e organização das pessoas que podem e devem reivindicar direitos, perguntar, sugerir. Não é simples, mas é assim que se constrói a cidadania”.
Para Carla Bertuol, esse desafio é de todos, mas são os médicos que enfrentam a maior carga de responsabilidade, já que não aprendem na faculdade como tratar os pacientes em liberdade. “Os referenciais nem sempre estão disponíveis. São obrigados a pensar como serão solidários com essas pessoas”.
A coordenadora de Saúde Mental de Belo Horizonte, Rosimeire da Silva, exemplificou que os bons prefeitos e secretários articulam o movimento social. “São os que dão condições para o surgimento e sustentação dos locais de tratamento sem grades. As ações em liberdade e com cidadania dão frutos como Geraldo Peixoto, presidente da Associação de Perdizes, na Capital. Ele é exemplo de que o portador de transtorno mental pode ser um cidadão capaz”. Peixoto, usuário da Saúde Mental de Perdizes, preside a Associação Ânima. Ele começou como secretário até chegar ao posto mais elevado na instituição.