Praia Grande abrigará Santuário Ecológico de Anchieta
Área cedida pela prefeitura irá abrigar Centro Histórico e Cultural e Biblioteca e será o ponto de convergência de três rotas percorridas pelo jesuíta. Lançamento da pedra fundamental da obra integra a comemoração do aniversário da Cidade e acontece no dia 19, às 10 da manhã.
Por Ana Flávia Scarelli | 5/1/2006
Foto Indisponivel
Praia Grande será a sede do Santuário Ecológico e Histórico de Anchieta, o ponto final das rotas de peregrinação Caminhos de Anchieta, que já foram definidas e devem ser implantadas a partir deste ano. O projeto que vem sendo desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento da Baixada (Agem), pelo Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb) em conjunto com a Associação Pró Canonização de Anchieta (Canan), e UniSantos, é resultado da união de duas vertentes, uma religiosa, que pretende canonizar o padre jesuíta, e outra turística, que deve explorar atrações turísticas, culturas, e históricas.
O lançamento da pedra fundamental da obra faz parte da comemoração do aniversário da Cidade e acontece às 10 horas do próximo dia 19, quando Praia Grande completa 39 anos de emancipação. O santuário será construído na Avenida Roberto de Almeida Vinhas, 11.211, com acesso também pela Avenida Presidente Kennedy, na altura do número 11.100, na Vila Mirim.
Projeto – Caminhos de Anchieta é um projeto é semelhante ao de Santiago de Compostela, na Espanha, que atrai milhares de pessoas a cada ano. Composto por três rotas – a primeira vinda do Litoral Sul, da cidade de Peruíbe; a segunda de Bertioga, e a terceira, uma rota de mão de dupla, que unirá Praia Grande a São Paulo – que serão munidas de equipamentos como pousadas, lanchonetes e pontos de parada. O projeto, além de servir o turismo religioso, deve fomentar o mercado, com uma série de serviços e produtos que irão estimular a economia regional.
A área, de 26.500 m2, foi cedida pela Prefeitura de Praia Grande e, além do santuário, irá abrigar centro histórico, de estudos, cultural e biblioteca. Segundo Rui Smith, subsecretário de Metropolização de Praia Grande, quando a idéia nasceu não havia uma definição quanto ao local do santuário. “Estudos apontavam Praia Grande como ponto central para a sua construção. O prefeito Alberto Mourão aderiu ao projeto e ofereceu a área”.
Rui afirmou que todo o acervo de Anchieta, localizado na Europa e principalmente em sua terra natal, nas Ilhas Canárias, foi microfilmado e será trazido para Praia Grande. “Não apenas do ponto de vista religioso, mas em termos de história, do Brasil, de São Paulo e para a Baixada Santista, o santuário será um ponto de pesquisa de extrema importância”.
Rotas – O secretário afirmou que o lançamento da pedra do santuário será o início de implementação das rotas. “Já temos as rotas levantadas. Agora começaremos a demarcá-las, através dos pontos turísticos e dos pontos que o jesuíta passou”. Rui lembrou ainda que as rotas não são fechadas. “Sabemos que Anchieta caminhou muito pelo litoral. Com o tempo, estas rotas poderão ser ampliadas, mas o ponto de convergência será sempre aqui em Praia Grande”.
Para o padre Cesar Augusto dos Santos, vice-postulador da causa de canonização de Anchieta, que receberá a doação da área, o santuário marca a presença e a história de Anchieta na região. “O projeto deve facilitar o conhecimento da vida, da obra e a da missão de José de Anchieta como evangelizador do Brasil. Depois de pronto, o roteiro Caminhos de Anchieta vai aproximar a população do jesuíta e dos valores deixados por ele”.
O padre afirmou que as ações sociais por parte da ordem jesuíta não precisarão esperar que a obra fique pronta. “Por volta de maio, ou junho deste ano, seja numa casa improvisada, ou numa tenda, vamos começar a trabalhar com a população mais necessitada”.
Cerimônia – No dia 19 será apresentado o projeto arquitetônico do santuário. A obra lembra duas ocas indígenas feitas em concreto e com estrutura moderna. O santuário não se parece com um templo, mas sim com um pavilhão, justamente para que seja utilizado por praticantes de todas as religiões. Multiuso, o complexo poderá ser usado para apresentações de teatros, orquestras e outras atividades culturais.
Durante a solenidade, onde ficará o marco da pedra fundamental, haverá uma caixa de madeira, para que sejam depositados objetos, como moedas, medalhas, jornal do dia, a lei que possibilitou a doação, entre outros. Após lacrada, a caixa será enterrada e permanecerá sob o complexo.
A Camerata Jovem da Universidade de Campinas –Unicamp deverá se apresentar na cerimônia, que contará também com a presença de Dom Jacir Brandão, bispo diocesano da Baixada Santista.
Anchieta – O jesuíta José de Anchieta era espanhol, nascido em 1534, nas Ilhas Canárias. Chegou ao Brasil, em Salvador, no dia 13 de junho de 1554, seis meses antes da fundação de São Paulo de Piratininga. Em São Paulo, fundou o colégio que daria origem à cidade. Ficou conhecido como amigo dos índios, andarilho, professor, enfermeiro, construtor de capelas e pacificador – por ter evitado inúmeras mortes durante a Revolução dos Tamoios, que uniu índios e franceses contra os portugueses, ao se oferecer como refém em 14 de setembro de 1563.
Ficou conhecido também pelos poemas que escrevia nas areias das praias, sendo o mais famoso o de 5.786 versos, “Bem aventurada Virgem Mãe de Deus, Maria”. Levado pelo mar, o poema ficou devidamente guardado na memória do padre.
Anchieta morreu em 1598, aos 64 anos, no Espírito Santo. Em 1980 foi beatificado pelo Papa João Paulo II e o processo de canonização está em andamento no Vaticano.
O lançamento da pedra fundamental da obra faz parte da comemoração do aniversário da Cidade e acontece às 10 horas do próximo dia 19, quando Praia Grande completa 39 anos de emancipação. O santuário será construído na Avenida Roberto de Almeida Vinhas, 11.211, com acesso também pela Avenida Presidente Kennedy, na altura do número 11.100, na Vila Mirim.
Projeto – Caminhos de Anchieta é um projeto é semelhante ao de Santiago de Compostela, na Espanha, que atrai milhares de pessoas a cada ano. Composto por três rotas – a primeira vinda do Litoral Sul, da cidade de Peruíbe; a segunda de Bertioga, e a terceira, uma rota de mão de dupla, que unirá Praia Grande a São Paulo – que serão munidas de equipamentos como pousadas, lanchonetes e pontos de parada. O projeto, além de servir o turismo religioso, deve fomentar o mercado, com uma série de serviços e produtos que irão estimular a economia regional.
A área, de 26.500 m2, foi cedida pela Prefeitura de Praia Grande e, além do santuário, irá abrigar centro histórico, de estudos, cultural e biblioteca. Segundo Rui Smith, subsecretário de Metropolização de Praia Grande, quando a idéia nasceu não havia uma definição quanto ao local do santuário. “Estudos apontavam Praia Grande como ponto central para a sua construção. O prefeito Alberto Mourão aderiu ao projeto e ofereceu a área”.
Rui afirmou que todo o acervo de Anchieta, localizado na Europa e principalmente em sua terra natal, nas Ilhas Canárias, foi microfilmado e será trazido para Praia Grande. “Não apenas do ponto de vista religioso, mas em termos de história, do Brasil, de São Paulo e para a Baixada Santista, o santuário será um ponto de pesquisa de extrema importância”.
Rotas – O secretário afirmou que o lançamento da pedra do santuário será o início de implementação das rotas. “Já temos as rotas levantadas. Agora começaremos a demarcá-las, através dos pontos turísticos e dos pontos que o jesuíta passou”. Rui lembrou ainda que as rotas não são fechadas. “Sabemos que Anchieta caminhou muito pelo litoral. Com o tempo, estas rotas poderão ser ampliadas, mas o ponto de convergência será sempre aqui em Praia Grande”.
Para o padre Cesar Augusto dos Santos, vice-postulador da causa de canonização de Anchieta, que receberá a doação da área, o santuário marca a presença e a história de Anchieta na região. “O projeto deve facilitar o conhecimento da vida, da obra e a da missão de José de Anchieta como evangelizador do Brasil. Depois de pronto, o roteiro Caminhos de Anchieta vai aproximar a população do jesuíta e dos valores deixados por ele”.
O padre afirmou que as ações sociais por parte da ordem jesuíta não precisarão esperar que a obra fique pronta. “Por volta de maio, ou junho deste ano, seja numa casa improvisada, ou numa tenda, vamos começar a trabalhar com a população mais necessitada”.
Cerimônia – No dia 19 será apresentado o projeto arquitetônico do santuário. A obra lembra duas ocas indígenas feitas em concreto e com estrutura moderna. O santuário não se parece com um templo, mas sim com um pavilhão, justamente para que seja utilizado por praticantes de todas as religiões. Multiuso, o complexo poderá ser usado para apresentações de teatros, orquestras e outras atividades culturais.
Durante a solenidade, onde ficará o marco da pedra fundamental, haverá uma caixa de madeira, para que sejam depositados objetos, como moedas, medalhas, jornal do dia, a lei que possibilitou a doação, entre outros. Após lacrada, a caixa será enterrada e permanecerá sob o complexo.
A Camerata Jovem da Universidade de Campinas –Unicamp deverá se apresentar na cerimônia, que contará também com a presença de Dom Jacir Brandão, bispo diocesano da Baixada Santista.
Anchieta – O jesuíta José de Anchieta era espanhol, nascido em 1534, nas Ilhas Canárias. Chegou ao Brasil, em Salvador, no dia 13 de junho de 1554, seis meses antes da fundação de São Paulo de Piratininga. Em São Paulo, fundou o colégio que daria origem à cidade. Ficou conhecido como amigo dos índios, andarilho, professor, enfermeiro, construtor de capelas e pacificador – por ter evitado inúmeras mortes durante a Revolução dos Tamoios, que uniu índios e franceses contra os portugueses, ao se oferecer como refém em 14 de setembro de 1563.
Ficou conhecido também pelos poemas que escrevia nas areias das praias, sendo o mais famoso o de 5.786 versos, “Bem aventurada Virgem Mãe de Deus, Maria”. Levado pelo mar, o poema ficou devidamente guardado na memória do padre.
Anchieta morreu em 1598, aos 64 anos, no Espírito Santo. Em 1980 foi beatificado pelo Papa João Paulo II e o processo de canonização está em andamento no Vaticano.