Alfavaca e manjericão podem afugentar mosquitos

Segundo chefe da divisão, Osório Gonçalves Júnior, não adianta pulverizar inseticida

Por Antonio Cassimiro | 9/1/2006

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A existência de grande quantidade de mosquitos em algumas regiões de Praia Grande, comum no verão, vem sendo motivo de reclamações por parte de moradores. Por essa razão, a Divisão de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde Pública (Sesap), traz alguns esclarecimentos e orientações. O mosquito, da espécie culex, não é transmissor da dengue. Para afastar sua presença, recomenda-se o uso de creolina ou querosene em ralos e limpeza constante de calhas. Uma das dicas para afugentar o mosquito é usar plantas repelentes, como salsa e manjericão, em peitoris de janelas.

O Culex quinquefasciatus é uma espécie caseira, de hábitos hematofágicos noturnos, presente nos trópicos de todo o mundo. De cor amarronzada, é conhecido por ser o maior perturbador do repouso noturno humano em nosso país. Tem como criadouro águas paradas poluídas por matéria orgânica nas proximidades de vilas e casas.

Segundo o chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, veterinário Osório Gonçalves Júnior, o motivo principal da proliferação do mosquito foi o longo período sem chuvas na região no ano passado. “Sem a chuva, canais e valas ficaram com suas águas paradas e poluídas, transformando-se em um criadouro perfeito para esse tipo de inseto, ao contrário do aedes, que se desenvolve em águas paradas limpas”, destacou.

Plantas como mamoma, alfavaca, salsa, citronela e manjericão são consideradas repelentes naturais do mosquito. Para afugentá-los, as plantas podem ser usadas em pequenos vasos, colocando-as principalmente em locais escuros preferidos pela espécie.

Vedar fossas e reservatórios de água e eliminar locais com lixo e mato são outras medidas que podem minimizar o problema.

Incidência - Segundo o médico, os bairros de maior presença do culex são Sítio do Campo, Antártica e Solemar. “Quando nos ligam reclamando, os moradores pedem pulverização de inseticida na região em que moram, mas esse procedimento é inútil porque tem o mesmo efeito do produto usado em nossas casas. Matamos os insetos que estão por ali voando, mas no dia seguinte eles retornam”, argumenta.

Entretanto, o uso de inseticidas fora da casa e nas entradas como portas e janelas, ao entardecer, também ajuda a afastá-los. “É importante adotar outras providências e a drenagem de áreas alagadas como pequenas valetas e calhas é uma delas”, conclui o veterinário.