Urbanização da orla elevou auto-estima da população
Projeto escolhido pelo Sebrae já tinha recebido um prêmio internacional, o Master Imobiliário, da Fiabci, em 1996. O prefeito aproveitou o horário de almoço dos funcionários para compartilhar o troféu com toda a sua equipe
Por | 18/4/2006

A urbanização da orla de Praia Grande, projeto que deu ao prefeito Alberto Mourão o destaque em Turismo de Excelência, pelo Sebrae, na noite de ontem, foi uma obra que mudou o perfil da Cidade. Iniciado em 1994, na primeira gestão de Mourão, o projeto foi totalmente concluído em 2005, já no início do terceiro mandato do prefeito. Constou da remodelação total da praia, num total de 24,5 quilômetros.
Com o projeto, concebido pelo prefeito e de autoria da arquiteta Rosely Vaz Feijó Malacarne, a longa extensão da orla, que por décadas foi tomada pelo mato e por toscas barracas de madeira que comercializavam petiscos e bebidas, recebeu calçadões, quiosques, áreas de lazer, coqueiros, ciclovia, iluminação e um paisagismo que acabou servindo de exemplo para várias cidades litorâneas brasileiras. A implantação de um sistema de captação de águas pluviais, que acabou com os verdadeiros canais que cortavam a areia, dando-lhe um aspecto de sujeira, também fez parte do projeto de urbanização.
Porém, segundo Mourão, acima da questão estética, a importância da urbanização da orla está no fato de ter elevado a auto-estima da população de Praia Grande. “A Cidade deixou de ser alvo de chacota, de sinônimo de turismo desorganizado e as pessoas passaram a ter orgulho de dizer que são de Praia Grande. E os comerciantes da orla passaram a agir como verdadeiros empresários”.
História – Foi a partir da década de 50 que a vastidão e tranquilidade dos 24,5 quilômetros de praias contínuas começaram a atrair turistas e veranistas, principalmente da Grande São Paulo, interessados em adquirir imóveis na Cidade para passar os fins de semana, feriados e temporadas de verão. Praia Grande viveu um período de expansão imobiliária, a partir da década de 70, tornando-se um dos municípios com maior índice de crescimento populacional do País (cerca de 6% ao ano). O acelerado avanço do turismo de massa, sem qualquer ordenamento, passou a comprometer a imagem da Cidade, que veio a ficar conhecida pejorativamente como o "paraíso dos farofeiros".
Recuperação - O trabalho de recuperação da imagem da Cidade teve início a partir de 1993, quando Alberto Mourão preparou um projeto de lei disciplinando a vinda dos ônibus de turistas de um dia no Município. Paralelamente, foi desenvolvido o projeto de urbanização da orla, onde as antigas e precárias barracas de madeira deram lugar a quiosques padronizados, e toda a infra-estrutura necessária para atender adequadamente os turistas e veranistas.
Um depoimento colhido pela assessoria de Imprensa do Sebrae de São Paulo, da concessionária do Quiosque 112, na Vila Caiçara, Francinete de Argolo Santos, mostra o efeito da urbanização sobre os quiosqueiros. “Eu trabalho na praia há 22 anos e passei por toda essa transição das barraquinhas na areia da praia para os quiosques, que trouxeram muito mais do que clientes; trouxeram respeito, confiabilidade, qualidade e nossa auto-estima de volta. Hoje eu sou uma empresária e me preocupo e muito com a melhoria de meu empreendimento e com o meu crescimento como empresária."
Crescimento - A Cidade hoje tem cerca de 250 mil habitantes, mas mantém uma população flutuante média de 400 mil pessoas por mês, durante o ano, graças aos seus mais de 100 mil imóveis de veraneio, e chega a receber mais de um milhão de visitantes, como ocorreu na virada deste ano de 2006, quando se estima que havia na Cidade cerca de 1,1 milhão de pessoas.
A urbanização da orla e a valorização imobiliária resultaram na volta da credibilidade dos contribuintes em relação à Administração Municipal. A partir de 1995, a inadimplência no IPTU, que era de cerca de 60%, caiu para 15%. O crescimento da arrecadação desse imposto, principal fonte de renda do Município, permitiu aumentar a capacidade de investimentos da Prefeitura para atender às demandas sociais.
O projeto de urbanização da orla foi reconhecido internacionalmente e, em 1996, recebeu o Prêmio Master Imobiliário, concedido pela Federação Internacional das Associações de Construtores de Imóveis – Fiabci.
Agradecimento – Mourão aproveitou a grande concentração de funcionários, na hora do almoço, hoje (18), para fazer um agradecimento público a toda equipe, no refeitório da Prefeitura. Relembrou o Prêmio Fiabci e disse que o reconhecimento pela evolução de Praia Grande e toda a premiação têm que ser compartilhados com todos os funcionários: “Desde o que ocupa a função mais humilde até os mais graduados, todos têm parte no trabalho da Administração Municipal. Por isso, esse prêmio é de todos vocês”.
Com o projeto, concebido pelo prefeito e de autoria da arquiteta Rosely Vaz Feijó Malacarne, a longa extensão da orla, que por décadas foi tomada pelo mato e por toscas barracas de madeira que comercializavam petiscos e bebidas, recebeu calçadões, quiosques, áreas de lazer, coqueiros, ciclovia, iluminação e um paisagismo que acabou servindo de exemplo para várias cidades litorâneas brasileiras. A implantação de um sistema de captação de águas pluviais, que acabou com os verdadeiros canais que cortavam a areia, dando-lhe um aspecto de sujeira, também fez parte do projeto de urbanização.
Porém, segundo Mourão, acima da questão estética, a importância da urbanização da orla está no fato de ter elevado a auto-estima da população de Praia Grande. “A Cidade deixou de ser alvo de chacota, de sinônimo de turismo desorganizado e as pessoas passaram a ter orgulho de dizer que são de Praia Grande. E os comerciantes da orla passaram a agir como verdadeiros empresários”.
História – Foi a partir da década de 50 que a vastidão e tranquilidade dos 24,5 quilômetros de praias contínuas começaram a atrair turistas e veranistas, principalmente da Grande São Paulo, interessados em adquirir imóveis na Cidade para passar os fins de semana, feriados e temporadas de verão. Praia Grande viveu um período de expansão imobiliária, a partir da década de 70, tornando-se um dos municípios com maior índice de crescimento populacional do País (cerca de 6% ao ano). O acelerado avanço do turismo de massa, sem qualquer ordenamento, passou a comprometer a imagem da Cidade, que veio a ficar conhecida pejorativamente como o "paraíso dos farofeiros".
Recuperação - O trabalho de recuperação da imagem da Cidade teve início a partir de 1993, quando Alberto Mourão preparou um projeto de lei disciplinando a vinda dos ônibus de turistas de um dia no Município. Paralelamente, foi desenvolvido o projeto de urbanização da orla, onde as antigas e precárias barracas de madeira deram lugar a quiosques padronizados, e toda a infra-estrutura necessária para atender adequadamente os turistas e veranistas.
Um depoimento colhido pela assessoria de Imprensa do Sebrae de São Paulo, da concessionária do Quiosque 112, na Vila Caiçara, Francinete de Argolo Santos, mostra o efeito da urbanização sobre os quiosqueiros. “Eu trabalho na praia há 22 anos e passei por toda essa transição das barraquinhas na areia da praia para os quiosques, que trouxeram muito mais do que clientes; trouxeram respeito, confiabilidade, qualidade e nossa auto-estima de volta. Hoje eu sou uma empresária e me preocupo e muito com a melhoria de meu empreendimento e com o meu crescimento como empresária."
Crescimento - A Cidade hoje tem cerca de 250 mil habitantes, mas mantém uma população flutuante média de 400 mil pessoas por mês, durante o ano, graças aos seus mais de 100 mil imóveis de veraneio, e chega a receber mais de um milhão de visitantes, como ocorreu na virada deste ano de 2006, quando se estima que havia na Cidade cerca de 1,1 milhão de pessoas.
A urbanização da orla e a valorização imobiliária resultaram na volta da credibilidade dos contribuintes em relação à Administração Municipal. A partir de 1995, a inadimplência no IPTU, que era de cerca de 60%, caiu para 15%. O crescimento da arrecadação desse imposto, principal fonte de renda do Município, permitiu aumentar a capacidade de investimentos da Prefeitura para atender às demandas sociais.
O projeto de urbanização da orla foi reconhecido internacionalmente e, em 1996, recebeu o Prêmio Master Imobiliário, concedido pela Federação Internacional das Associações de Construtores de Imóveis – Fiabci.
Agradecimento – Mourão aproveitou a grande concentração de funcionários, na hora do almoço, hoje (18), para fazer um agradecimento público a toda equipe, no refeitório da Prefeitura. Relembrou o Prêmio Fiabci e disse que o reconhecimento pela evolução de Praia Grande e toda a premiação têm que ser compartilhados com todos os funcionários: “Desde o que ocupa a função mais humilde até os mais graduados, todos têm parte no trabalho da Administração Municipal. Por isso, esse prêmio é de todos vocês”.