Terapeutas comunitários passam por capacitação e autocuidado
Projeto de rodas de conversa serão implementados nas Usafas
19/11/2021

Em mais uma etapa do processo de implantação da terapia comunitária integrativa nas Unidades de Saúde da Família (Usafas), a equipe de terapeutas comunitários da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande passou por uma capacitação na última quarta-feira (17) na sede do Conviver Boqueirão.
Conduzido pela terapeuta comunitária Maria del Pilar Ferrer Câmara, responsável pela formação dos servidores e bastante experiente no tema, o encontro procurou atualizar os conhecimentos e também acolher os terapeutas para que todos pudessem compartilhar seus sentimentos, expectativas e até mesmo frustrações, podendo também viver para si a experiência proporcionada pelas rodas de conversa.
O dia contou ainda com dinâmicas de grupo, sessões de relaxamento e escalda-pés, entre outras atividades para promover o bem-estar da equipe de terapeutas, demonstrando quais técnicas e instrumentos também poderão ser aplicados nas rodas de conversa junto à população. “Esse encontro também é uma forma de cuidar do cuidador, de olhar para o outro para dar e também receber. Este é um dia de amor e entrega”, afirmou a médica e coordenadora do Núcleo Ampliado da Saúde da Família na Atenção Básica (Nasf), Katia Mara Mendes Ferreira Santos, responsável pela iniciativa.
Segundo a terapeuta comunitária Maria del Pilar Ferrer Câmara, a roda de terapia é um espaço de partilha, de escuta e de acolhimento. “Queremos que as pessoas se sintam capazes de trazer a sua dor e sofrimento. Porque quando a boca fala, o corpo sara. Se a boca cala, o corpo fala e isso aparece de diversas maneiras: a gente pode ter gastrite, depressão e várias outras doenças. Ou chega o dia em que sai tudo de uma vez na hora e lugar errado. Então é um momento de autocuidado, de trazer aquilo que está angustiando”, destacou.
O secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira, destacou a importância do acolhimento neste período de pandemia. “Neste início de uma retomada consciente é fundamental buscarmos o acolhimento, que pode ser tão importante quanto a assistência, pois a pessoa recebendo a atenção adequada consegue se desenvolver melhor. E é extremamente importante o cuidador também ser cuidado, pois isso o fará cuidar bem das pessoas”, comentou.
Terapia comunitária integrativa – A terapia comunitária integrativa foi criada em 1986 pelo psiquiatra, teólogo e antropólogo Adalberto Barreto, e procura auxiliar as pessoas, dando apoio e afeto, além de criar espaços de compartilhamento de sentimentos e desenvolver maneiras de enfrentar os problemas.
Na Praia Grande os servidores da rede formados como terapeutas comunitários participarão do projeto-piloto inicialmente com as seguintes Usafas: Caiçara, Forte, Guilhermina, Melvi, Mirim I, Ocian, Real, Solemar, Tupi, Tupiry. Eles conduzirão pelo menos cinco rodas de conversa, uma por semana, com o apoio de facilitadores das Usafas para fazer o acolhimento junto à comunidade.
Nas rodas de conversa o diálogo é aberto e voltado para as preocupações do cotidiano da pessoa e para a busca de soluções com a ajuda de exemplos de superação compartilhados por outros participantes. “Tem um momento da roda em que uma pessoa dá um exemplo e, através da fala do outro, de como ele fez para superar uma situação parecida, o indivíduo que está passando por um problema semelhante se identifica e percebe que muitas vezes não acontece só com ele. E através do exemplo do outro conseguimos encontrar um caminho”, explica a diretora do CAPSII Boqueirão, enfermeira e terapeuta comunitária Hilda Maria Ferreira Jaguary Dias.
Após a primeira etapa de cinco rodas na Usafa, os casos serão analisados pelas terapeutas comunitárias para a continuidade do projeto. E aqueles que necessitarem de um acompanhamento mais especializado serão encaminhados com relatório da equipe para a rede de reabilitação mental da Cidade através dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que contam com médico, psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, equipe de enfermagem. São quatro na cidade: dois Centros de Atenção Psicossocial (Caps II) Boqueirão e Mirim, um Caps Álcool e Drogas (Caps AD) 24 horas e outro Infantil (Caps i).
Conduzido pela terapeuta comunitária Maria del Pilar Ferrer Câmara, responsável pela formação dos servidores e bastante experiente no tema, o encontro procurou atualizar os conhecimentos e também acolher os terapeutas para que todos pudessem compartilhar seus sentimentos, expectativas e até mesmo frustrações, podendo também viver para si a experiência proporcionada pelas rodas de conversa.
O dia contou ainda com dinâmicas de grupo, sessões de relaxamento e escalda-pés, entre outras atividades para promover o bem-estar da equipe de terapeutas, demonstrando quais técnicas e instrumentos também poderão ser aplicados nas rodas de conversa junto à população. “Esse encontro também é uma forma de cuidar do cuidador, de olhar para o outro para dar e também receber. Este é um dia de amor e entrega”, afirmou a médica e coordenadora do Núcleo Ampliado da Saúde da Família na Atenção Básica (Nasf), Katia Mara Mendes Ferreira Santos, responsável pela iniciativa.
Segundo a terapeuta comunitária Maria del Pilar Ferrer Câmara, a roda de terapia é um espaço de partilha, de escuta e de acolhimento. “Queremos que as pessoas se sintam capazes de trazer a sua dor e sofrimento. Porque quando a boca fala, o corpo sara. Se a boca cala, o corpo fala e isso aparece de diversas maneiras: a gente pode ter gastrite, depressão e várias outras doenças. Ou chega o dia em que sai tudo de uma vez na hora e lugar errado. Então é um momento de autocuidado, de trazer aquilo que está angustiando”, destacou.
O secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira, destacou a importância do acolhimento neste período de pandemia. “Neste início de uma retomada consciente é fundamental buscarmos o acolhimento, que pode ser tão importante quanto a assistência, pois a pessoa recebendo a atenção adequada consegue se desenvolver melhor. E é extremamente importante o cuidador também ser cuidado, pois isso o fará cuidar bem das pessoas”, comentou.
Terapia comunitária integrativa – A terapia comunitária integrativa foi criada em 1986 pelo psiquiatra, teólogo e antropólogo Adalberto Barreto, e procura auxiliar as pessoas, dando apoio e afeto, além de criar espaços de compartilhamento de sentimentos e desenvolver maneiras de enfrentar os problemas.
Na Praia Grande os servidores da rede formados como terapeutas comunitários participarão do projeto-piloto inicialmente com as seguintes Usafas: Caiçara, Forte, Guilhermina, Melvi, Mirim I, Ocian, Real, Solemar, Tupi, Tupiry. Eles conduzirão pelo menos cinco rodas de conversa, uma por semana, com o apoio de facilitadores das Usafas para fazer o acolhimento junto à comunidade.
Nas rodas de conversa o diálogo é aberto e voltado para as preocupações do cotidiano da pessoa e para a busca de soluções com a ajuda de exemplos de superação compartilhados por outros participantes. “Tem um momento da roda em que uma pessoa dá um exemplo e, através da fala do outro, de como ele fez para superar uma situação parecida, o indivíduo que está passando por um problema semelhante se identifica e percebe que muitas vezes não acontece só com ele. E através do exemplo do outro conseguimos encontrar um caminho”, explica a diretora do CAPSII Boqueirão, enfermeira e terapeuta comunitária Hilda Maria Ferreira Jaguary Dias.
Após a primeira etapa de cinco rodas na Usafa, os casos serão analisados pelas terapeutas comunitárias para a continuidade do projeto. E aqueles que necessitarem de um acompanhamento mais especializado serão encaminhados com relatório da equipe para a rede de reabilitação mental da Cidade através dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), que contam com médico, psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, equipe de enfermagem. São quatro na cidade: dois Centros de Atenção Psicossocial (Caps II) Boqueirão e Mirim, um Caps Álcool e Drogas (Caps AD) 24 horas e outro Infantil (Caps i).