Ações coordenadas melhoram acesso aos serviços do Hospital Irmã Dulce
Projeto Lean nas Emergências ajudou a melhorar fluxos e assistência na unidade
Por Aline Gomes | 7/10/2022
Colaboração Rodrigo Herrero
O Complexo Hospitalar Irmã Dulce recebeu nesta quinta-feira (6) o encerramento do projeto “Lean nas Emergências”, desenvolvido sob coordenação do Ministério da Saúde em hospitais de referência do país para combater a superlotação hospitalar e melhorar a qualidade do atendimento à população. Foram apresentados os resultados dos cinco meses de trabalho no hospital feitos em parceria com a equipe da Beneficência Portuguesa de São Paulo e as notícias são bastante positivas. Houve uma redução de 47% no indicador de superlotação (NEDOCS – sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência) do hospital.
Além disso, houve uma redução de 86% no tempo de passagem do paciente em atendimento no Pronto-Socorro, levando a um aumento na taxa de agregação de valor ao paciente em 86%. O Pronto-Socorro do hospital também observou avanços importantes, com queda de 70% no número de pacientes aguardando por um leito hospitalar na observação do serviço de urgência, sem reduzir a produção de atendimento e internação. Os números foram apresentados pelos profissionais da Beneficência Portuguesa aos técnicos da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande e membros da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), gestora do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.
“O projeto fez com que a gente mudasse muito a cultura do hospital, que permanecia com superlotação na porta de entrada, alta permanência na UTI e nos leitos de enfermaria. Mas graças ao esforço de todos, o projeto reduziu indicadores importantes, aumentou a rotatividade dos leitos e melhorou os números da pesquisa de satisfação feita com nossos clientes. Além disso, houve uma queda de 80% da taxa de abstenção dos colaboradores, demonstrando que todos se mostram mais satisfeitos e motivados. A gente consegue ver que o hospital mudou o seu patamar, a forma de agir e a de se comportar frente às situações adversas”, destaca o diretor técnico do Hospital Irmã Dulce, Amer Khatib.
“Esse projeto tem auxiliado bastante a melhorar os indicadores da assistência hospitalar no Município, em especial em relação ao acolhimento aos pacientes, por meio das inúmeras capacitações que têm sido feitas. Ainda precisamos avançar em determinados aspectos, mas no geral estamos percebendo que a tendência é melhorar cada vez mais, principalmente no acesso para a população aos serviços de Urgência e Emergência e área hospitalar. E nós vamos estender esses ensinamentos para a Atenção Básica, que é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira.
De acordo com a Prefeita de Praia Grande, Raquel Chini, os investimentos realizados na Atenção Básica, com foco na prevenção, também ajudam na diminuição da procura pelos serviços de Urgência e Emergência. “Praia Grande tem trabalhado intensamente para melhorar o atendimento nas Unidades de Saúde da Família e esse esforço tem refletido na redução da superlotação do Hospital e das unidades de pronto-atendimento da Cidade. É um trabalho que envolve toda a assistência do Município, mas também é cultural, da população compreender que as unidades de pronto-atendimento fazem o atendimento pontual, mas o acompanhamento em saúde deve ser feito a partir da Estratégia de Saúde da Família. É um esforço coletivo que começa nas Usafas e impacta positivamente na outra ponta”.
Para a subsecretária de Urgência e Emergência e Atenção Hospitalar de Praia Grande, Fabiana Dourado, o encerramento do projeto evidenciou os avanços obtidos desde o seu início e coroou o grande esforço empreendido por todos os profissionais da Sesap e do Hospital. “O objetivo do projeto Lean é reduzir à superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos e o Complexo Hospitalar Irmã Dulce foi contemplado, apresentando um resultado significativo para o nosso Município. Só tenho a agradecer o empenho de todos e ao Ministério da Saúde por esta conquista”.
Sobre o projeto – Iniciado em junho no Hospital Irmã Dulce, o projeto “Lean nas Emergências” contemplou cinco meses de visitas presenciais quinzenais pela equipe da Beneficência Portuguesa, com a realização de uma série de palestras, capacitações e encontros nas dependências do Complexo Hospitalar Irmã Dulce, além de reuniões periódicas online. O período proporcionou ainda a ida a São Paulo de uma comissão formada por lideranças do Hospital para conhecer as dependências e os métodos de trabalho da Beneficência Portuguesa.
O projeto incluiu ainda um escopo do trabalho um diagnóstico técnico sobre o Hospital, analisando processos e possíveis gargalos, além de identificar oportunidades de melhoria, elaborando inúmeras ações para eliminar procedimentos que não agregam valor e preservar a qualidade da assistência aos munícipes.
Por meio de dinâmicas e outras atividades, foram apresentadas diversas ferramentas de qualidade em assistência médica que ajudam a modificar os fluxos e processos, proporcionando um funcionamento mais eficiente. Também foram desenvolvidos projetos que possam ser colocados em prática, gerando resultados já em meio à formação.
Lean nas Emergências – Esse projeto é vinculado ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), coordenado pelo Ministério da Saúde, e desenvolvido por três hospitais de excelência no país: Hospital Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Moinhos de Vento.
Iniciado em 2017, o “Lean nas Emergências” pretender atender até 160 hospitais públicos/filantrópicos até 2023. A iniciativa busca aplicar técnicas e ferramentas de qualidade e eficiência operacional normalmente adotadas na engenharia de processos para aprimorar os fluxos e estruturas de unidades assistenciais do SUS.
Complexo Hospitalar – O Hospital Municipal Irmã Dulce é o único hospital 100% SUS na Região, porta aberta (que atende demanda espontânea, sem a necessidade de que o paciente passe em outra unidade de saúde antes) e que conta com mais de 250 leitos em funcionamento. A Unidade atende pacientes de toda a região e funciona como referência na Baixada Santista.
O Complexo de Saúde Irmã Dulce compreende, além do Hospital Municipal, a Porta de Entrada de Urgência e Emergência do Hospital (PS Central), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Samambaia e a Unidade de Alta Complexidade em Cuidados ao Portador de Doença Renal Crônica e Terapia Renal Substitutiva de Praia Grande (Nefro-PG).
O Complexo Hospitalar Irmã Dulce recebeu nesta quinta-feira (6) o encerramento do projeto “Lean nas Emergências”, desenvolvido sob coordenação do Ministério da Saúde em hospitais de referência do país para combater a superlotação hospitalar e melhorar a qualidade do atendimento à população. Foram apresentados os resultados dos cinco meses de trabalho no hospital feitos em parceria com a equipe da Beneficência Portuguesa de São Paulo e as notícias são bastante positivas. Houve uma redução de 47% no indicador de superlotação (NEDOCS – sigla em inglês para Escala de Superlotação do Departamento Nacional de Emergência) do hospital.
Além disso, houve uma redução de 86% no tempo de passagem do paciente em atendimento no Pronto-Socorro, levando a um aumento na taxa de agregação de valor ao paciente em 86%. O Pronto-Socorro do hospital também observou avanços importantes, com queda de 70% no número de pacientes aguardando por um leito hospitalar na observação do serviço de urgência, sem reduzir a produção de atendimento e internação. Os números foram apresentados pelos profissionais da Beneficência Portuguesa aos técnicos da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande e membros da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM), gestora do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.
“O projeto fez com que a gente mudasse muito a cultura do hospital, que permanecia com superlotação na porta de entrada, alta permanência na UTI e nos leitos de enfermaria. Mas graças ao esforço de todos, o projeto reduziu indicadores importantes, aumentou a rotatividade dos leitos e melhorou os números da pesquisa de satisfação feita com nossos clientes. Além disso, houve uma queda de 80% da taxa de abstenção dos colaboradores, demonstrando que todos se mostram mais satisfeitos e motivados. A gente consegue ver que o hospital mudou o seu patamar, a forma de agir e a de se comportar frente às situações adversas”, destaca o diretor técnico do Hospital Irmã Dulce, Amer Khatib.
“Esse projeto tem auxiliado bastante a melhorar os indicadores da assistência hospitalar no Município, em especial em relação ao acolhimento aos pacientes, por meio das inúmeras capacitações que têm sido feitas. Ainda precisamos avançar em determinados aspectos, mas no geral estamos percebendo que a tendência é melhorar cada vez mais, principalmente no acesso para a população aos serviços de Urgência e Emergência e área hospitalar. E nós vamos estender esses ensinamentos para a Atenção Básica, que é a porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirma o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira.
De acordo com a Prefeita de Praia Grande, Raquel Chini, os investimentos realizados na Atenção Básica, com foco na prevenção, também ajudam na diminuição da procura pelos serviços de Urgência e Emergência. “Praia Grande tem trabalhado intensamente para melhorar o atendimento nas Unidades de Saúde da Família e esse esforço tem refletido na redução da superlotação do Hospital e das unidades de pronto-atendimento da Cidade. É um trabalho que envolve toda a assistência do Município, mas também é cultural, da população compreender que as unidades de pronto-atendimento fazem o atendimento pontual, mas o acompanhamento em saúde deve ser feito a partir da Estratégia de Saúde da Família. É um esforço coletivo que começa nas Usafas e impacta positivamente na outra ponta”.
Para a subsecretária de Urgência e Emergência e Atenção Hospitalar de Praia Grande, Fabiana Dourado, o encerramento do projeto evidenciou os avanços obtidos desde o seu início e coroou o grande esforço empreendido por todos os profissionais da Sesap e do Hospital. “O objetivo do projeto Lean é reduzir à superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos e o Complexo Hospitalar Irmã Dulce foi contemplado, apresentando um resultado significativo para o nosso Município. Só tenho a agradecer o empenho de todos e ao Ministério da Saúde por esta conquista”.
Sobre o projeto – Iniciado em junho no Hospital Irmã Dulce, o projeto “Lean nas Emergências” contemplou cinco meses de visitas presenciais quinzenais pela equipe da Beneficência Portuguesa, com a realização de uma série de palestras, capacitações e encontros nas dependências do Complexo Hospitalar Irmã Dulce, além de reuniões periódicas online. O período proporcionou ainda a ida a São Paulo de uma comissão formada por lideranças do Hospital para conhecer as dependências e os métodos de trabalho da Beneficência Portuguesa.
O projeto incluiu ainda um escopo do trabalho um diagnóstico técnico sobre o Hospital, analisando processos e possíveis gargalos, além de identificar oportunidades de melhoria, elaborando inúmeras ações para eliminar procedimentos que não agregam valor e preservar a qualidade da assistência aos munícipes.
Por meio de dinâmicas e outras atividades, foram apresentadas diversas ferramentas de qualidade em assistência médica que ajudam a modificar os fluxos e processos, proporcionando um funcionamento mais eficiente. Também foram desenvolvidos projetos que possam ser colocados em prática, gerando resultados já em meio à formação.
Lean nas Emergências – Esse projeto é vinculado ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), coordenado pelo Ministério da Saúde, e desenvolvido por três hospitais de excelência no país: Hospital Sírio-Libanês, Beneficência Portuguesa de São Paulo e Hospital Moinhos de Vento.
Iniciado em 2017, o “Lean nas Emergências” pretender atender até 160 hospitais públicos/filantrópicos até 2023. A iniciativa busca aplicar técnicas e ferramentas de qualidade e eficiência operacional normalmente adotadas na engenharia de processos para aprimorar os fluxos e estruturas de unidades assistenciais do SUS.
Complexo Hospitalar – O Hospital Municipal Irmã Dulce é o único hospital 100% SUS na Região, porta aberta (que atende demanda espontânea, sem a necessidade de que o paciente passe em outra unidade de saúde antes) e que conta com mais de 250 leitos em funcionamento. A Unidade atende pacientes de toda a região e funciona como referência na Baixada Santista.
O Complexo de Saúde Irmã Dulce compreende, além do Hospital Municipal, a Porta de Entrada de Urgência e Emergência do Hospital (PS Central), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro Samambaia e a Unidade de Alta Complexidade em Cuidados ao Portador de Doença Renal Crônica e Terapia Renal Substitutiva de Praia Grande (Nefro-PG).
