Ver Crescer acompanha peso e medidas de 20 mil alunos
Projeto de Praia Grande será destaque em simpósio da USP
Por Ana Flávia Scarelli | 4/7/2006

Quase 27% dos alunos matriculados na Rede Municipal de Ensino de Praia Grande apresentam problemas com a balança. Enquanto 15,05% estão acima do peso, de acordo com os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), outros 11,61% apresentam massa corporal abaixo dos limites ideais. Os dados foram obtidos pelo projeto Ver Crescer, desenvolvido pela Secretaria de Educação (Seduc).
Desde 2002, técnicos da Prefeitura conferem a avaliação biométrica dos estudantes e orienta pais e responsáveis sobre os riscos da obesidade e da desnutrição infantil. O último levantamento, realizado em 2005 e divulgado agora, envolveu 20 mil estudantes.
De acordo com a pesquisa, algumas escolas apresentam índices elevados de alunos com peso inadequado. No bairro Caiçara, a escola Mário Possani, por exemplo, apresentava em 2004 quadro de 31,82% de alunos acima do peso. Com o projeto, este índice caiu para 22,47% no último ano. A unidade Lions Club Ocian, no Bairro Ocian, conseguiu êxito ainda maior. A taxa de estudantes com sobrepeso caiu de 25,71% para 14,99%, em um ano.
Diabetes - Criador do Ver Crescer, o professor de educação física, Davi Cantino, conta que a partir do diagnóstico há contato com os pais dos alunos. “Nossa avaliação é apenas um indicativo. A partir daí cabe aos pais e responsáveis a verificação da saúde da criança. Num dos casos, detectamos oscilação freqüente de peso num aluno. Comunicamos a mãe, que depois de exames médicos, descobriu que o filho tinha diabetes. E assim ocorreu com outras crianças. Foram descobertos casos de anemias a problemas com tireóide”.
O professor, que é responsável pela educação física da rede municipal disse que começou o projeto observando os estudantes. “Alguns estavam muito magros, outros, gordos, e muitos deles com rendimento escolar abaixo da média. Sabemos que a baixa auto-estima interfere no aproveitamento escolar, e que isso pode ser causado por problemas diversos, como afetividade, formação familiar. De nossa parte, começamos cuidando da alimentação”, conta.
A orientação da Seduc aos pais reafirma a importância de uma boa alimentação. “É necessário conscientizá-los da importância de uma dieta balanceada e as conseqüências do sedentarismo”, disse Cantino.
Segundo o professor, a obesidade infantil pode causar diversos problemas, entre eles dificuldades psicossociais (tais como discriminação, auto-imagem negativa e socialização diminuída, entre outras), além de físicas (hipertensão, índice elevado de colesterol e intolerância anormal à glicose, podendo desenvolver diabetes, entre outros males).
“Por outro lado, a desnutrição pode provocar o retardo no crescimento, alterações psíquicas, atrofia muscular, queda de cabelo e alterações gastrintestinais, entre outros”, salientou Cantino.
Simpósio – Cantino afirma que o projeto ainda tem muito a crescer. “Nossa meta é aferir pesos e medidas de todos os 40 mil alunos da rede”. Mesmo assim, a Seduc já colhe os frutos do investimento. Tanto é que o projeto já virou exemplo. Esta semana será tema de relato de experiência e estará exposto na categoria pôster, dentro do 1º Seminário de Educação Física da USP. Outras informações sobre o projeto e sobre a participação de Praia Grande no simpósio, pelo telefone 3496-2350.
Desde 2002, técnicos da Prefeitura conferem a avaliação biométrica dos estudantes e orienta pais e responsáveis sobre os riscos da obesidade e da desnutrição infantil. O último levantamento, realizado em 2005 e divulgado agora, envolveu 20 mil estudantes.
De acordo com a pesquisa, algumas escolas apresentam índices elevados de alunos com peso inadequado. No bairro Caiçara, a escola Mário Possani, por exemplo, apresentava em 2004 quadro de 31,82% de alunos acima do peso. Com o projeto, este índice caiu para 22,47% no último ano. A unidade Lions Club Ocian, no Bairro Ocian, conseguiu êxito ainda maior. A taxa de estudantes com sobrepeso caiu de 25,71% para 14,99%, em um ano.
Diabetes - Criador do Ver Crescer, o professor de educação física, Davi Cantino, conta que a partir do diagnóstico há contato com os pais dos alunos. “Nossa avaliação é apenas um indicativo. A partir daí cabe aos pais e responsáveis a verificação da saúde da criança. Num dos casos, detectamos oscilação freqüente de peso num aluno. Comunicamos a mãe, que depois de exames médicos, descobriu que o filho tinha diabetes. E assim ocorreu com outras crianças. Foram descobertos casos de anemias a problemas com tireóide”.
O professor, que é responsável pela educação física da rede municipal disse que começou o projeto observando os estudantes. “Alguns estavam muito magros, outros, gordos, e muitos deles com rendimento escolar abaixo da média. Sabemos que a baixa auto-estima interfere no aproveitamento escolar, e que isso pode ser causado por problemas diversos, como afetividade, formação familiar. De nossa parte, começamos cuidando da alimentação”, conta.
A orientação da Seduc aos pais reafirma a importância de uma boa alimentação. “É necessário conscientizá-los da importância de uma dieta balanceada e as conseqüências do sedentarismo”, disse Cantino.
Segundo o professor, a obesidade infantil pode causar diversos problemas, entre eles dificuldades psicossociais (tais como discriminação, auto-imagem negativa e socialização diminuída, entre outras), além de físicas (hipertensão, índice elevado de colesterol e intolerância anormal à glicose, podendo desenvolver diabetes, entre outros males).
“Por outro lado, a desnutrição pode provocar o retardo no crescimento, alterações psíquicas, atrofia muscular, queda de cabelo e alterações gastrintestinais, entre outros”, salientou Cantino.
Simpósio – Cantino afirma que o projeto ainda tem muito a crescer. “Nossa meta é aferir pesos e medidas de todos os 40 mil alunos da rede”. Mesmo assim, a Seduc já colhe os frutos do investimento. Tanto é que o projeto já virou exemplo. Esta semana será tema de relato de experiência e estará exposto na categoria pôster, dentro do 1º Seminário de Educação Física da USP. Outras informações sobre o projeto e sobre a participação de Praia Grande no simpósio, pelo telefone 3496-2350.