Agentes combatem contaminação por uso compatilhado de seringas
No primeiro semestre, cerca de 8% dos casos ocorreram entre usuários de drogas
Por Pablo Solano | 14/8/2006

Das 4.495 notificações de Aids registradas no Brasil no primeiro semestre de 2005, 351, ou 7,8%, ocorreram em razão do compartilhamento de seringas. Para reduzir esse índice, fortalecendo as políticas de prevenção à doença entre a população usuária de drogas, a Coordenação de DST/Aids/Hepatites de Praia Grande promove esta semana capacitação dos agentes multiplicadores, monitores e outros funcionários que atuam em políticas de redução de danos.
O desenvolvimento de projetos de redução de danos está presente nas políticas defendidas pelo Programa das Nações Unidas para o Controle Internacional das Drogas (UNDCP), além de ser reconhecido pelo Ministério da Saúde. Elas consistem em executar ações para a prevenção das conseqüências danosas à saúde causadas pelo uso de drogas.
Para conter a epidemia de Aids entre os usuários de drogas injetáveis, desde 1995 existem ações para a distribuição de seringas descartáveis. Em São Paulo este procedimento é preconizado pelo Governo Estadual, que as distribui para os municípios. Em Praia Grande, elas estão disponíveis no Serviço de Assistência Especializada (SAE), voltado para o atendimento aos portadores de HIV, hepatites e outras doenças sexualmente transmissíveis.
“O desenvolvimento desta política de redução de danos é fundamental não somente para quebrar a cadeia de transmissão da Aids, mas também para combater outras doenças sexualmente transmissíveis”, explica a coordenadora municipal de DST/Aids/Hepatites, Renata Cisneiros Felsch. Ela destaca que a falta de acessibilidade a esse público dificulta as abordagens.
A capacitação será realizada pela psicóloga Luciana Villarinho, que atua em programas de redução de danos. Serão três dias de aulas teóricas e dois de atividades de campo, em Santos, onde trabalha a especialista. Os multiplicadores e monitores de Praia Grande conhecerão a ação dos “redutores de danos”, profissionais que atuam na comunidade de usuários incentivando, principalmente, o não-compartilhamento de seringas.
A equipe de Praia Grande atua em ações voltadas para o público geral e com chamadas populações específicas (profissionais do sexo, homossexuais, caminhoneiros, trabalhadores da construção civil etc). Renata acredita que o conhecimento dos técnicos em políticas de redução de danos possibilitará o desenvolvimento de ações que evitem a transmissão de doenças pelo uso das drogas.
Para a coordenadora, apesar de o País contar com política de tratamento aos portadores de HIV considerada modelo internacionalmente, não se deve deixar de avançar nas políticas de prevenção. “A doença tem impacto econômico e social muito grande, já que atinge principalmente pessoas em idade produtiva. Além disso, o preconceito ainda é muito grande”.
As políticas de redução de danos também influenciam os gastos públicos. Estudo do Ministério da Saúde constatou que o custo anual de cada um dos 12 projetos desenvolvidos de 1996 e 1999 correspondia ao valor gasto para tratar de quatro portadores do HIV. Além disso, manter um trabalho de prevenção à Aids envolvendo 45 usuários de drogas injetáveis custa menos que a média para se manter a assistência médica e farmacêutica a um único infectado.
Infecções - Atualmente, cerca de 500 pessoas portadoras do HIV contam com atendimento no SAE de Praia Grande, o que inclui co-infectados por hepatites virais e casos de outros municípios.
De 1986 a 2005 foram notificados 985 casos em Praia Grande. De 1995 a 1999 houve o registro de 363 casos. Desse total, 125 eram mulheres (34,43%). Já de 2000 a 2005, apesar das campanhas, o número de notificações permaneceu estável: 366. No entanto, nesse mesmo período, houve sensível crescimento do registro da doença entre as mulheres: 160 notificações, ou seja, 43,7% do total.
A realização de testes é fundamental para conter o número de casos. Nos primeiros seis meses deste ano foram realizados 1.726 exames para detecção da doença no Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP), na Avenida Presidente Kennedy 2.030, Guilhermina. O número representa um crescimento de 26,16% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando se realizaram 1.368. Outras informações pelo telefone 3473-3351.
O desenvolvimento de projetos de redução de danos está presente nas políticas defendidas pelo Programa das Nações Unidas para o Controle Internacional das Drogas (UNDCP), além de ser reconhecido pelo Ministério da Saúde. Elas consistem em executar ações para a prevenção das conseqüências danosas à saúde causadas pelo uso de drogas.
Para conter a epidemia de Aids entre os usuários de drogas injetáveis, desde 1995 existem ações para a distribuição de seringas descartáveis. Em São Paulo este procedimento é preconizado pelo Governo Estadual, que as distribui para os municípios. Em Praia Grande, elas estão disponíveis no Serviço de Assistência Especializada (SAE), voltado para o atendimento aos portadores de HIV, hepatites e outras doenças sexualmente transmissíveis.
“O desenvolvimento desta política de redução de danos é fundamental não somente para quebrar a cadeia de transmissão da Aids, mas também para combater outras doenças sexualmente transmissíveis”, explica a coordenadora municipal de DST/Aids/Hepatites, Renata Cisneiros Felsch. Ela destaca que a falta de acessibilidade a esse público dificulta as abordagens.
A capacitação será realizada pela psicóloga Luciana Villarinho, que atua em programas de redução de danos. Serão três dias de aulas teóricas e dois de atividades de campo, em Santos, onde trabalha a especialista. Os multiplicadores e monitores de Praia Grande conhecerão a ação dos “redutores de danos”, profissionais que atuam na comunidade de usuários incentivando, principalmente, o não-compartilhamento de seringas.
A equipe de Praia Grande atua em ações voltadas para o público geral e com chamadas populações específicas (profissionais do sexo, homossexuais, caminhoneiros, trabalhadores da construção civil etc). Renata acredita que o conhecimento dos técnicos em políticas de redução de danos possibilitará o desenvolvimento de ações que evitem a transmissão de doenças pelo uso das drogas.
Para a coordenadora, apesar de o País contar com política de tratamento aos portadores de HIV considerada modelo internacionalmente, não se deve deixar de avançar nas políticas de prevenção. “A doença tem impacto econômico e social muito grande, já que atinge principalmente pessoas em idade produtiva. Além disso, o preconceito ainda é muito grande”.
As políticas de redução de danos também influenciam os gastos públicos. Estudo do Ministério da Saúde constatou que o custo anual de cada um dos 12 projetos desenvolvidos de 1996 e 1999 correspondia ao valor gasto para tratar de quatro portadores do HIV. Além disso, manter um trabalho de prevenção à Aids envolvendo 45 usuários de drogas injetáveis custa menos que a média para se manter a assistência médica e farmacêutica a um único infectado.
Infecções - Atualmente, cerca de 500 pessoas portadoras do HIV contam com atendimento no SAE de Praia Grande, o que inclui co-infectados por hepatites virais e casos de outros municípios.
De 1986 a 2005 foram notificados 985 casos em Praia Grande. De 1995 a 1999 houve o registro de 363 casos. Desse total, 125 eram mulheres (34,43%). Já de 2000 a 2005, apesar das campanhas, o número de notificações permaneceu estável: 366. No entanto, nesse mesmo período, houve sensível crescimento do registro da doença entre as mulheres: 160 notificações, ou seja, 43,7% do total.
A realização de testes é fundamental para conter o número de casos. Nos primeiros seis meses deste ano foram realizados 1.726 exames para detecção da doença no Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP), na Avenida Presidente Kennedy 2.030, Guilhermina. O número representa um crescimento de 26,16% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando se realizaram 1.368. Outras informações pelo telefone 3473-3351.