Prefeitura entrega último viaduto da Via Expressa Sul em outubro
Obra exigiu o investimento de R$ 75 milhões
Por João Carlos Miranda | 28/9/2006

Com a entrega do viaduto de acesso da Via Expressa Sul ao complexo administrativo municipal de Praia Grande, no Bairro Mirim, Praia Grande encerra, definitivamente, a história do Acesso 291 da SP-55 até o final de outubro. A imagem da antiga estrada, marcada pelo excesso de lombadas, acidentes e mortes (cerca de 20 ao ano), desaparece sob as modernas pistas duplicadas da Expressa Sul. A inauguração dessa última etapa marca a conclusão do Sistema Viário Xixová. Trata-se de um dos maiores investimentos em sistema viário na região nos últimos anos, R$ 75 milhões.
“Só nesta terceira etapa da Via Expressa, que totaliza 3,2 quilômetros, foram investidos R$ 28 milhões, 90% do Município. Além da duplicação, a Prefeitura construiu viadutos para pedestres e veículos e dotou as marginais de ciclovias e paisagismo. Os bairros beneficiados foram Boqueirão, Guilhermina e Mirim”, detalhou o secretário de Obras Públicas, Luiz Fernando Lopes.
Mirim - O trecho de 1.100 metros no Bairro Mirim fica entre a Curva do S, na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, e o antigo trevo do bairro. As pistas já estão delineadas e atualmente recebem brita. Ao longo do trecho e principalmente entre as duas passagens - 95 metros de extensão -, foram lançados 45 mil metros cúbicos de aterro.
Segundo explicou o secretário de Obras Públicas, Luiz Fernando Lopes, o volume utilizado corresponde a 4.500 viagens de caminhão tipo trucado (veículo com capacidade de transportar, em média, 12 metros cúbicos de areia). Para a contenção dos taludes foram construídos muros de 2,4 metros de altura nas duas margens.
O viaduto tem duas passagens para veículos com até 4,5 metros de altura, o que permite o tráfego de ônibus, e 9 metros de largura (passeio de 3,5 metros e pista com 5,5 metros), na altura das ruas José Borges Neto e Valter José Alves. Há também passagem para pedestres na altura da Rua Rosa Marly de Souza com 4 metros de largura e 2,5 metros de altura, permitindo a travessia segura entre os bairros Mirim e Quietude.
“Está sendo finalizado o plantio de grama nos taludes e iniciaremos nos próximos dias o asfaltamento das pistas. Cada uma tem 8 metros de largura”, informou o titular da Seop.
Complementam a obra duas alças de acesso na altura das ruas Padre Manuel da Nóbrega (ligação com a Avenida Roberto de Almeida Vinhas) e Avenida Júlio Prestes de Albuquerque (acesso à Avenida Ministro Marcos Freire), já em fase de acabamento.
“Com isso estamos finalizando a ciclovia. São pequenos trechos, com cerca de 5 metros cada um, localizados junto aos ramos de acesso à Avenida Roberto de Almeida Vinhas e Ministro Marcos Freire”, informou Lopes.
Histórico - O Acesso 291 era a estrada de 10 quilômetros que ligava a cabeceira da Ponte do Mar Pequeno, no início da Rodovia dos Imigrantes, à Curva do S, entroncamento das rodovias Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) e Pedro Taques.
O trecho entre a entrada de Praia Grande até a ponte denomina-se Avenida Ayrton Senna. Todo o complexo viário, da Curva do S até o Mar Pequeno, leva o nome de Xixová e recebeu as primeiras intervenções da Prefeitura a partir de 1993.
Com a Via Expressa Sul, o Complexo Viário Xixová exigiu o investimento de R$ 75 milhões desde 93, dos quais apenas R$ 10 milhões, o equivalente a 13,3%, vieram do Estado, por meio do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estâncias (Dade).
Em seu primeiro mandato (1993-96), o prefeito Alberto Mourão conseguiu que a administração do Acesso 291 passasse do DER para a Prefeitura. “Já tínhamos em mente o projeto de duplicação”, lembra o prefeito. A partir do momento que a via passou a ser administrada pela Prefeitura, começou a receber uma série de serviços que melhoraram suas condições. A manutenção do DER era muito precária”.
Com a nova via acaba a triste história do Acesso 291, feita de vários capítulos de acidentes e atropelamentos. Por ano, morriam pelo menos 20 pessoas, vítimas dos cerca de 400 acidentes ocorridos anualmente, de acordo com dados da Polícia Rodoviária.
A construção de 21 passagens sob a pista, de ciclovia nas duas margens, alças de acesso e a duplicação colaboraram para a queda dessa estatística. “Esse é o principal objetivo da obra”, frisou Mourão.
A ciclovia, com 20 quilômetros de extensão, sinalização adequada e paisagismo, acompanha as duas avenidas marginais. A via tem intenso movimento de ciclistas, que também eram vítimas de acidentes, alguns fatais, daí a importância da faixa exclusiva para as duas rodas.
A duplicação do antigo Acesso 291 implicou na retirada das lombadas, alvo de queixas dos motoristas, mas necessárias até então para diminuir os riscos de acidente. Com a retirada, a velocidade permitida passou a ser própria de vias expressas, o que facilita a fluidez do trânsito. Os trevos foram eliminados e o acesso da pista para os bairros se deu por meio de alças e retornos, dentro do chamado “padrão DER” ou “pingos”, como os existentes na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no trecho de Praia Grande a Peruíbe.
Imigrantes - Além de modernizar o sistema viário de Praia Grande, a Via Expressa Sul é a uma iniciativa concreta de uma prefeitura da Região Metropolitana para se adequar à realidade da duplicação da Imigrantes, com recursos próprios.
Transformado em free way, o acesso tem importante caráter regional. A drenagem de 20 quilômetros de canais que margeiam a Via Expressa também trouxe reflexos positivos para a periferia. Houve a redução de alagamentos e enchentes.
Empregos - A construção da Via Expressa Sul representou uma nova revolução em Praia Grande, como a ocorrida na Administração 93-96, quando a Cidade ganhou nova imagem, não apenas com a urbanização da orla, mas também com as mudanças no sistema viário. As obras causaram grande impacto no desenvolvimento local. E os reflexos dessa nova obra já estão sendo sentidos na economia local.
A interferência urbanística que o Governo Municipal vem fazendo desde 1994 no Acesso 291 já provocou aumento de 1.000% no número de estabelecimentos comerciais ao longo de seus dois corredores marginais.
Desde o asfaltamento das avenidas Ministro Marcos Freire e Roberto Almeida Vinhas (marginais à Via Expressa), passando pela construção das rotatórias e do viaduto na entrada da Cidade, foram registradas cerca de 300 novas empresas na área. Uma evolução considerável, se levado em conta que, de 1974 a 1993, havia a média de 28 empresas, de acordo com os arquivos da Secretaria de Finanças. Com a conclusão da Via Expressa Sul, os negócios devem crescer ainda mais.
Integração - A Via Expressa Sul representa também a integração entre os bairros: as chamadas Primeira e Segunda Zonas Residenciais (núcleos situados entre a pista e a praia) com a Terceira Zona, periferia. Com a construção das passagens de pedestres e de veículos, a Cidade está unida, com fácil acesso. Além disso, houve a valorização dos imóveis em todos os setores.
“Só nesta terceira etapa da Via Expressa, que totaliza 3,2 quilômetros, foram investidos R$ 28 milhões, 90% do Município. Além da duplicação, a Prefeitura construiu viadutos para pedestres e veículos e dotou as marginais de ciclovias e paisagismo. Os bairros beneficiados foram Boqueirão, Guilhermina e Mirim”, detalhou o secretário de Obras Públicas, Luiz Fernando Lopes.
Mirim - O trecho de 1.100 metros no Bairro Mirim fica entre a Curva do S, na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, e o antigo trevo do bairro. As pistas já estão delineadas e atualmente recebem brita. Ao longo do trecho e principalmente entre as duas passagens - 95 metros de extensão -, foram lançados 45 mil metros cúbicos de aterro.
Segundo explicou o secretário de Obras Públicas, Luiz Fernando Lopes, o volume utilizado corresponde a 4.500 viagens de caminhão tipo trucado (veículo com capacidade de transportar, em média, 12 metros cúbicos de areia). Para a contenção dos taludes foram construídos muros de 2,4 metros de altura nas duas margens.
O viaduto tem duas passagens para veículos com até 4,5 metros de altura, o que permite o tráfego de ônibus, e 9 metros de largura (passeio de 3,5 metros e pista com 5,5 metros), na altura das ruas José Borges Neto e Valter José Alves. Há também passagem para pedestres na altura da Rua Rosa Marly de Souza com 4 metros de largura e 2,5 metros de altura, permitindo a travessia segura entre os bairros Mirim e Quietude.
“Está sendo finalizado o plantio de grama nos taludes e iniciaremos nos próximos dias o asfaltamento das pistas. Cada uma tem 8 metros de largura”, informou o titular da Seop.
Complementam a obra duas alças de acesso na altura das ruas Padre Manuel da Nóbrega (ligação com a Avenida Roberto de Almeida Vinhas) e Avenida Júlio Prestes de Albuquerque (acesso à Avenida Ministro Marcos Freire), já em fase de acabamento.
“Com isso estamos finalizando a ciclovia. São pequenos trechos, com cerca de 5 metros cada um, localizados junto aos ramos de acesso à Avenida Roberto de Almeida Vinhas e Ministro Marcos Freire”, informou Lopes.
Histórico - O Acesso 291 era a estrada de 10 quilômetros que ligava a cabeceira da Ponte do Mar Pequeno, no início da Rodovia dos Imigrantes, à Curva do S, entroncamento das rodovias Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) e Pedro Taques.
O trecho entre a entrada de Praia Grande até a ponte denomina-se Avenida Ayrton Senna. Todo o complexo viário, da Curva do S até o Mar Pequeno, leva o nome de Xixová e recebeu as primeiras intervenções da Prefeitura a partir de 1993.
Com a Via Expressa Sul, o Complexo Viário Xixová exigiu o investimento de R$ 75 milhões desde 93, dos quais apenas R$ 10 milhões, o equivalente a 13,3%, vieram do Estado, por meio do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estâncias (Dade).
Em seu primeiro mandato (1993-96), o prefeito Alberto Mourão conseguiu que a administração do Acesso 291 passasse do DER para a Prefeitura. “Já tínhamos em mente o projeto de duplicação”, lembra o prefeito. A partir do momento que a via passou a ser administrada pela Prefeitura, começou a receber uma série de serviços que melhoraram suas condições. A manutenção do DER era muito precária”.
Com a nova via acaba a triste história do Acesso 291, feita de vários capítulos de acidentes e atropelamentos. Por ano, morriam pelo menos 20 pessoas, vítimas dos cerca de 400 acidentes ocorridos anualmente, de acordo com dados da Polícia Rodoviária.
A construção de 21 passagens sob a pista, de ciclovia nas duas margens, alças de acesso e a duplicação colaboraram para a queda dessa estatística. “Esse é o principal objetivo da obra”, frisou Mourão.
A ciclovia, com 20 quilômetros de extensão, sinalização adequada e paisagismo, acompanha as duas avenidas marginais. A via tem intenso movimento de ciclistas, que também eram vítimas de acidentes, alguns fatais, daí a importância da faixa exclusiva para as duas rodas.
A duplicação do antigo Acesso 291 implicou na retirada das lombadas, alvo de queixas dos motoristas, mas necessárias até então para diminuir os riscos de acidente. Com a retirada, a velocidade permitida passou a ser própria de vias expressas, o que facilita a fluidez do trânsito. Os trevos foram eliminados e o acesso da pista para os bairros se deu por meio de alças e retornos, dentro do chamado “padrão DER” ou “pingos”, como os existentes na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no trecho de Praia Grande a Peruíbe.
Imigrantes - Além de modernizar o sistema viário de Praia Grande, a Via Expressa Sul é a uma iniciativa concreta de uma prefeitura da Região Metropolitana para se adequar à realidade da duplicação da Imigrantes, com recursos próprios.
Transformado em free way, o acesso tem importante caráter regional. A drenagem de 20 quilômetros de canais que margeiam a Via Expressa também trouxe reflexos positivos para a periferia. Houve a redução de alagamentos e enchentes.
Empregos - A construção da Via Expressa Sul representou uma nova revolução em Praia Grande, como a ocorrida na Administração 93-96, quando a Cidade ganhou nova imagem, não apenas com a urbanização da orla, mas também com as mudanças no sistema viário. As obras causaram grande impacto no desenvolvimento local. E os reflexos dessa nova obra já estão sendo sentidos na economia local.
A interferência urbanística que o Governo Municipal vem fazendo desde 1994 no Acesso 291 já provocou aumento de 1.000% no número de estabelecimentos comerciais ao longo de seus dois corredores marginais.
Desde o asfaltamento das avenidas Ministro Marcos Freire e Roberto Almeida Vinhas (marginais à Via Expressa), passando pela construção das rotatórias e do viaduto na entrada da Cidade, foram registradas cerca de 300 novas empresas na área. Uma evolução considerável, se levado em conta que, de 1974 a 1993, havia a média de 28 empresas, de acordo com os arquivos da Secretaria de Finanças. Com a conclusão da Via Expressa Sul, os negócios devem crescer ainda mais.
Integração - A Via Expressa Sul representa também a integração entre os bairros: as chamadas Primeira e Segunda Zonas Residenciais (núcleos situados entre a pista e a praia) com a Terceira Zona, periferia. Com a construção das passagens de pedestres e de veículos, a Cidade está unida, com fácil acesso. Além disso, houve a valorização dos imóveis em todos os setores.