Praia Grande é exemplo de inclusão digital
Mais de 60% das escolas têm laboratório de informática
Por Ana Flávia Scarelli | 9/11/2006

“Há uma década, computador em escola brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seu uso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hoje, esses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. As escolas públicas com laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo o Ministério de Educação.”
O texto, da matéria Tecnologia ao Alcance de Todos, da Revista Nova Escola, edição de setembro de 2006, aponta a atual situação das escolas brasileiras e, consequentemente, confirma que Praia Grande é exemplo de inclusão digital.
No Município, das 52 escolas municipais, 32 já possuem laboratório de informática: 22 unidades de Ensino Fundamental e 10 de Educação Infantil, o que representa mais de 60% da rede. A informação é do coordenador de Programas de Inclusão Digital da Secretaria de Educação de Praia Grande (Seduc), Marcos Pastorello. “Temos cerca de 40 mil alunos na rede municipal e hoje, mais de 20 mil estudantes já têm acesso a laboratórios de informática em escolas municipais”.
Início – Pastorello conta que a informatização da rede é um braço do complexo projeto concebido pela atual administração em 2000, o Cidade Integrada, que prevê a instalação de cabos de fibra ótica em toda a Cidade para a transmissão de dados, sons e imagens entre instituições públicas, como escolas, unidades de saúde e outros setores de atendimento à população.
“A informatização das escolas municipais começou em 2003 e a implantação dos laboratórios de informática vem ocorrendo gradativamente”, informou Pastorello. Gradativamente, mas ‘a passos largos’. Só este ano, oito laboratórios foram montados. E para 2007 está prevista a abertura de mais nove.
“Anualmente, a Prefeitura implanta novos laboratórios. É evidente que se trata de um trabalho demorado. Além de recursos financeiros e aquisição de novos equipamentos, existe ainda a capacitação de novos profissionais. Mas da maneira que caminhamos, acredito que até o final desta administração estaremos com todas as escolas com laboratório atendendo plenamente os cerca de 40 mil estudantes”, afirmou Pastorello.
Tanto nas escolas de Educação Infantil, quanto no Ensino Fundamental, a estrutura dos laboratórios é planejada de acordo com seu público. “Tudo é pensado e planejado, desde mesas e cadeiras, passando pelo ar condicionado, chegando aos computadores interligados em rede e conectados à fibra ótica”, disse o coordenador.
Crianças – Cada laboratório das unidades de Educação Infantil tem cinco computadores. A Prefeitura firmou parceria com a Positivo Informática e adquiriu da empresa as chamadas ‘mesas educacionais’. “Estas mesas são utilizadas por crianças de três a seis anos de idade. São mais de 500 jogos educativos voltados para esta faixa etária, que trabalham imagem, som raciocínio e lógica”, explicou Pastorello.
Na época da implantação do programa, os professores da rede passaram por capacitação, onde aprenderam a trabalhar com os computadores e a explorar todo o conteúdo pedagógico que eles fornecem. “O educador desenvolve suas atividades em sala de aula e depois no laboratório de informática. A mesa acomoda até seis crianças que trabalham em conjunto, coletivamente. Os jogos desenvolvem o espírito de equipe, de união”.
Presente em várias aulas das crianças, Marcos Pastorello fala sobre o entusiasmo dos pequenos. “A aula é esperada com expectativa, ansiedade”. Ele credita essa reação a dois aspectos: “Primeiro, muitos deles são carentes e não dispõem de computador em casa. Na aula, participam bastante. Outro ponto forte é que os jogos são interativos, despertam a imaginação, o raciocínio. O resultado é extremamente satisfatório”.
Fundamental – A dedicação não é somente para os pequenos. O Ensino Fundamental, além de jogos exclusivos para esta faixa etária, conta com o portal www.alunopg.com.br, também fruto da parceria com a Positivo Informática.
“Quando entram na escola, os alunos são cadastrados com um login e recebem uma senha. A partir daí, podem acessar o portal”, explicou Pastorello. “No site, o estudante tem à disposição todo um conteúdo destinado à parte pedagógica. O aluno acessa o portal, desenvolvido pela rede Aprende Brasil, e pesquisa, faz trabalhos, exercícios”.
E o uso não é aleatório. Cerca de 650 educadores também foram capacitados para trabalhar com o portal. “O professor faz o planejamento da aula acessando o portal e escolhe o conteúdo inserido em sua matéria. Tanto pode trabalhar em sala como no laboratório, dando seqüência à sua aula. Os alunos ainda usufruem do e-mail com extensão aprendebrasil.com.br, onde conversam com seus colegas de sala e interagem com o professor”.
Ferramenta – Pastorello confirma que o computador é instrumento de trabalho. “A máquina é uma ferramenta que mostra uma maneira diferente de aprender. O aluno imagina que vai brincar, mas na verdade vai aprender utilizando teclado, mouse e o programa. Aprende de forma virtual, com outros atrativos”.
Mas o coordenador reforça que a máquina, sozinha, não soluciona todos os problemas. “Precisamos frisar a importância que os professores, os livros, têm. O computador não veio para substituir. Ele é mais um instrumento de trabalho”.
Incentivo – Pastorello acredita que o aluno se sente mais valorizado com o emprego da informática na rotina escolar. “Vejo como um ato de valorização. O estudante vê que estamos investindo nele, em seu futuro. E este investimento o faz crescer, auxilia em seu desenvolvimento”.
Para ele, a inclusão digital tem reflexos na questão do analfabetismo e na educação do aluno em relação ao mundo. “A inclusão altera até o comportamento, já que mexe com a auto-estima. O estudante se sente importante, e isso o afeta positivamente”.
“A inclusão reflete ainda na relação do aluno com seus pais”, ressalta Pastorello. “Chega em casa, conta o que aprendeu, o que fez e alguns pais ficam fascinados em ver que seus filhos estão aprendendo, que estão atualizados. Essa é a nossa missão. Colocar nosso aluno frente ao que vem surgindo de mais novo, antenado, sintonizado com o mundo digital”.
Serviço – As escolas beneficiadas com o portal são: José Júlio Martins Baptista, Isabel Figueroa Bréfere, Maria Nilza da Silva Romão, Thereza Magri, Lions Clube Ocian, Franco Montoro, Joaquim Augusto Ferreira Mourão, Ana Maria Babette Bajer Fernandes, São Francisco de Assis, José Padin Mouta, Roberto Shoji, Carlos Roberto Dias, Governador Mário Covas, Domingos Soares de Oliveira e Ary Cabral.
As escolas que já possuem as mesas educacionais são: José Ribeiro dos Santos Cunha, Oswaldo Justo, Maestro Luis Arruda Paes, Idílio Perticaratti, Idalina da Conceição Pereira, Newton de Almeida Castro, Natale de Lucca, Maria dos Remédios Carmona Milan, Nicolau Paal e Paulo de Souza Sandoval.
A coordenadoria de Programas de Inclusão Digital fica na sede da Secretaria de Educação, na Rua José Borges Neto, 50, Bairro Mirim, telefone 3496-2370.
O texto, da matéria Tecnologia ao Alcance de Todos, da Revista Nova Escola, edição de setembro de 2006, aponta a atual situação das escolas brasileiras e, consequentemente, confirma que Praia Grande é exemplo de inclusão digital.
No Município, das 52 escolas municipais, 32 já possuem laboratório de informática: 22 unidades de Ensino Fundamental e 10 de Educação Infantil, o que representa mais de 60% da rede. A informação é do coordenador de Programas de Inclusão Digital da Secretaria de Educação de Praia Grande (Seduc), Marcos Pastorello. “Temos cerca de 40 mil alunos na rede municipal e hoje, mais de 20 mil estudantes já têm acesso a laboratórios de informática em escolas municipais”.
Início – Pastorello conta que a informatização da rede é um braço do complexo projeto concebido pela atual administração em 2000, o Cidade Integrada, que prevê a instalação de cabos de fibra ótica em toda a Cidade para a transmissão de dados, sons e imagens entre instituições públicas, como escolas, unidades de saúde e outros setores de atendimento à população.
“A informatização das escolas municipais começou em 2003 e a implantação dos laboratórios de informática vem ocorrendo gradativamente”, informou Pastorello. Gradativamente, mas ‘a passos largos’. Só este ano, oito laboratórios foram montados. E para 2007 está prevista a abertura de mais nove.
“Anualmente, a Prefeitura implanta novos laboratórios. É evidente que se trata de um trabalho demorado. Além de recursos financeiros e aquisição de novos equipamentos, existe ainda a capacitação de novos profissionais. Mas da maneira que caminhamos, acredito que até o final desta administração estaremos com todas as escolas com laboratório atendendo plenamente os cerca de 40 mil estudantes”, afirmou Pastorello.
Tanto nas escolas de Educação Infantil, quanto no Ensino Fundamental, a estrutura dos laboratórios é planejada de acordo com seu público. “Tudo é pensado e planejado, desde mesas e cadeiras, passando pelo ar condicionado, chegando aos computadores interligados em rede e conectados à fibra ótica”, disse o coordenador.
Crianças – Cada laboratório das unidades de Educação Infantil tem cinco computadores. A Prefeitura firmou parceria com a Positivo Informática e adquiriu da empresa as chamadas ‘mesas educacionais’. “Estas mesas são utilizadas por crianças de três a seis anos de idade. São mais de 500 jogos educativos voltados para esta faixa etária, que trabalham imagem, som raciocínio e lógica”, explicou Pastorello.
Na época da implantação do programa, os professores da rede passaram por capacitação, onde aprenderam a trabalhar com os computadores e a explorar todo o conteúdo pedagógico que eles fornecem. “O educador desenvolve suas atividades em sala de aula e depois no laboratório de informática. A mesa acomoda até seis crianças que trabalham em conjunto, coletivamente. Os jogos desenvolvem o espírito de equipe, de união”.
Presente em várias aulas das crianças, Marcos Pastorello fala sobre o entusiasmo dos pequenos. “A aula é esperada com expectativa, ansiedade”. Ele credita essa reação a dois aspectos: “Primeiro, muitos deles são carentes e não dispõem de computador em casa. Na aula, participam bastante. Outro ponto forte é que os jogos são interativos, despertam a imaginação, o raciocínio. O resultado é extremamente satisfatório”.
Fundamental – A dedicação não é somente para os pequenos. O Ensino Fundamental, além de jogos exclusivos para esta faixa etária, conta com o portal www.alunopg.com.br, também fruto da parceria com a Positivo Informática.
“Quando entram na escola, os alunos são cadastrados com um login e recebem uma senha. A partir daí, podem acessar o portal”, explicou Pastorello. “No site, o estudante tem à disposição todo um conteúdo destinado à parte pedagógica. O aluno acessa o portal, desenvolvido pela rede Aprende Brasil, e pesquisa, faz trabalhos, exercícios”.
E o uso não é aleatório. Cerca de 650 educadores também foram capacitados para trabalhar com o portal. “O professor faz o planejamento da aula acessando o portal e escolhe o conteúdo inserido em sua matéria. Tanto pode trabalhar em sala como no laboratório, dando seqüência à sua aula. Os alunos ainda usufruem do e-mail com extensão aprendebrasil.com.br, onde conversam com seus colegas de sala e interagem com o professor”.
Ferramenta – Pastorello confirma que o computador é instrumento de trabalho. “A máquina é uma ferramenta que mostra uma maneira diferente de aprender. O aluno imagina que vai brincar, mas na verdade vai aprender utilizando teclado, mouse e o programa. Aprende de forma virtual, com outros atrativos”.
Mas o coordenador reforça que a máquina, sozinha, não soluciona todos os problemas. “Precisamos frisar a importância que os professores, os livros, têm. O computador não veio para substituir. Ele é mais um instrumento de trabalho”.
Incentivo – Pastorello acredita que o aluno se sente mais valorizado com o emprego da informática na rotina escolar. “Vejo como um ato de valorização. O estudante vê que estamos investindo nele, em seu futuro. E este investimento o faz crescer, auxilia em seu desenvolvimento”.
Para ele, a inclusão digital tem reflexos na questão do analfabetismo e na educação do aluno em relação ao mundo. “A inclusão altera até o comportamento, já que mexe com a auto-estima. O estudante se sente importante, e isso o afeta positivamente”.
“A inclusão reflete ainda na relação do aluno com seus pais”, ressalta Pastorello. “Chega em casa, conta o que aprendeu, o que fez e alguns pais ficam fascinados em ver que seus filhos estão aprendendo, que estão atualizados. Essa é a nossa missão. Colocar nosso aluno frente ao que vem surgindo de mais novo, antenado, sintonizado com o mundo digital”.
Serviço – As escolas beneficiadas com o portal são: José Júlio Martins Baptista, Isabel Figueroa Bréfere, Maria Nilza da Silva Romão, Thereza Magri, Lions Clube Ocian, Franco Montoro, Joaquim Augusto Ferreira Mourão, Ana Maria Babette Bajer Fernandes, São Francisco de Assis, José Padin Mouta, Roberto Shoji, Carlos Roberto Dias, Governador Mário Covas, Domingos Soares de Oliveira e Ary Cabral.
As escolas que já possuem as mesas educacionais são: José Ribeiro dos Santos Cunha, Oswaldo Justo, Maestro Luis Arruda Paes, Idílio Perticaratti, Idalina da Conceição Pereira, Newton de Almeida Castro, Natale de Lucca, Maria dos Remédios Carmona Milan, Nicolau Paal e Paulo de Souza Sandoval.
A coordenadoria de Programas de Inclusão Digital fica na sede da Secretaria de Educação, na Rua José Borges Neto, 50, Bairro Mirim, telefone 3496-2370.