Canto do Forte ganha Unidade de Saúde da Família
Expectativa é aumentar a população atendida
Por Pablo Solano | 16/1/2007
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A área do recém-criado bairro do Canto do Forte já possui o atendimento de uma Unidade de Saúde da Família (Usafa) na Rua Xixová, no mesmo prédio onde funcionava a multiclínica do local. A população agora conta com o acompanhamento de médica generalista que desenvolverá atividades de prevenção e educação em Saúde, além da atenção integral a todos os membros das famílias cadastradas.
O médico generalista é considerado o principal personagem da transformação do atendimento proposto pelo sistema Estratégia de Saúde da Família (ESF), a nova denominação do Programa Saúde da Família (PSF), do Ministério da Saúde. Esse profissional tem condições de desenvolver as tarefas de um clínico-geral, um pediatra ou ginecologista-obstétrico. A vantagem, defendida pelo Ministério da Saúde, é que ele poder fazer um tratamento mais humanizado, já que conhece melhor a família e a comunidade em que trabalha.
“Hoje, o Governo Federal considera o ESF uma estratégia para reformular toda a atenção básica no Brasil. Um programa tem começo, meio e fim, ou seja, uma hora tem de terminar, o que não é o caso da Saúde da Família”, afirma uma das coordenadoras do sistema em Praia Grande, Florisa Maria Coelho Braz.
De acordo com dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Canto do Forte tem 12.400 moradores. Desse total, 3.300 estão cadastrados na unidade de saúde. Nessa fase atual, o atendimento demandará somente uma equipe, que é sempre formada por um médico generalista, um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem. Atualmente, o bairro conta com oito agentes comunitários.
A médica generalista escolhida para atuar na unidade, Rita de Cássia Willians de Castro, conhece essa política de saúde desde o início de sua implantação em Praia Grande, em 2001. A primeira Usafa foi criada no local do antigo pronto-socorro da Vila São Jorge.
Assim como a generalista, a enfermeira que atuará na unidade também conta com experiência no Saúde da Família. “Colocamos profissionais experientes para melhor orientar os auxiliares de enfermagem, agentes comunitários e outros funcionários da unidade”, afirma Florisa.
Atendidos – Florisa acredita que o número de cadastrados deve subir no bairro. “Nessa área, muitas pessoas têm plano de saúde e acham que não precisam da saúde pública. Acreditamos que à medida que a população entenda a proposta do ESF, os cadastramentos devem aumentar, até porque naquela região existem muitos idosos que podem usar os serviços de uma Usafa”.
Até o final do ano passado, o bairro Canto do Forte estava contemplado pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (agora denominado Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS). Conforme dados do Sistema de Informação da Atenção Básica, tais áreas possuem uma porcentagem maior de moradores com plano de saúde do que onde já existem Usafas: 27% contra 11%. Atualmente, as multiclínicas Guilhermina, Ocian, Caiçara e Aviação já contam com EACS.
Para a também coordenadora do ESF em Praia Grande, Hilda Maria Jaguary Dias, a Saúde da Família não serve somente para quem não possui plano de saúde. “As Usafas desenvolvem atividades de promoção de vacinação, de prevenção à gripe entre idosos e contra mordedura de cães, dentre outras ações importantes para toda a população.”
Prontuários – A implantação do ESF exige a transformação dos prontuários individuais do EACS em familiares. Tal migração é a principal tarefa da nova supervisora da unidade, Creuza de Souza Smith, em parceria com a equipe de trabalho.
“Estimo que 80% dos usuários estão na terceira idade. Geralmente, as Usafas e multiclínicas contam com razoável número de crianças. Mas isso não ocorre aqui”, afirma Creuza, que participou da implantação da Usafa Tude Bastos, onde permaneceu até ser transferida para o Canto do Forte. Ela também já supervisionou a multiclínica Boqueirão.
Instalação – O Ministério da Saúde disponibiliza para as administrações municipais R$ 20 mil por equipe do ESF. O recurso deve ser usado exclusivamente na compra de equipamentos. A nova sede da Usafa, na Avenida Rio Branco, entre as ruas Amazonas e Espírito Santo, será entregue à comunidade ainda este ano.
Diferentemente de outras Usafas, a unidade terá área de espera externa ajardinada e com bancos, jardim interno junto à recepção de 75 lugares e estacionamento com bicicletário anexo, além de consultórios, almoxarifado, depósito e sanitários.
Demanda – A transição de multiclínica para Usafa no Canto do Forte incorporou à rede de atenção básica em Praia Grande mais um médico generalista para atuar por oito horas diárias. Com isso, os dois clínicos-gerais, o ginecologista-obstetra e o pediatra que atuavam por quatro horas diárias na unidade foram deslocados para os bairros do Boqueirão, Aviação, Tupi e Caiçara, aperfeiçoando o atendimento à população dessas localidades.
Atualmente, 62,61% da população de Praia Grande é acompanhada pelo ESF. Outros 15,46% contam com o EACS.
Desde 1998 o Governo Federal trata como prioridade a implantação do Saúde da Família. “Praia Grande saiu na frente nesse processo. Poucos municípios com mais de 100 mil habitantes conseguiram essa transformação de modelo”, explica o secretário de Saúde Pública, Eduardo Dall´Acqua.
“A consolidação do ESF exige não só a mudança de postura dos profissionais, mas também da comunidade. As pessoas geralmente procuram o serviço de urgência e emergência nos prontos-socorros, deixando de lado a prevenção e as consultas de rotina hoje oferecidas nas Usafas”, afirma o secretário.
O médico generalista é considerado o principal personagem da transformação do atendimento proposto pelo sistema Estratégia de Saúde da Família (ESF), a nova denominação do Programa Saúde da Família (PSF), do Ministério da Saúde. Esse profissional tem condições de desenvolver as tarefas de um clínico-geral, um pediatra ou ginecologista-obstétrico. A vantagem, defendida pelo Ministério da Saúde, é que ele poder fazer um tratamento mais humanizado, já que conhece melhor a família e a comunidade em que trabalha.
“Hoje, o Governo Federal considera o ESF uma estratégia para reformular toda a atenção básica no Brasil. Um programa tem começo, meio e fim, ou seja, uma hora tem de terminar, o que não é o caso da Saúde da Família”, afirma uma das coordenadoras do sistema em Praia Grande, Florisa Maria Coelho Braz.
De acordo com dados de 2005 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Canto do Forte tem 12.400 moradores. Desse total, 3.300 estão cadastrados na unidade de saúde. Nessa fase atual, o atendimento demandará somente uma equipe, que é sempre formada por um médico generalista, um enfermeiro e dois auxiliares de enfermagem. Atualmente, o bairro conta com oito agentes comunitários.
A médica generalista escolhida para atuar na unidade, Rita de Cássia Willians de Castro, conhece essa política de saúde desde o início de sua implantação em Praia Grande, em 2001. A primeira Usafa foi criada no local do antigo pronto-socorro da Vila São Jorge.
Assim como a generalista, a enfermeira que atuará na unidade também conta com experiência no Saúde da Família. “Colocamos profissionais experientes para melhor orientar os auxiliares de enfermagem, agentes comunitários e outros funcionários da unidade”, afirma Florisa.
Atendidos – Florisa acredita que o número de cadastrados deve subir no bairro. “Nessa área, muitas pessoas têm plano de saúde e acham que não precisam da saúde pública. Acreditamos que à medida que a população entenda a proposta do ESF, os cadastramentos devem aumentar, até porque naquela região existem muitos idosos que podem usar os serviços de uma Usafa”.
Até o final do ano passado, o bairro Canto do Forte estava contemplado pelo Programa de Agentes Comunitários de Saúde (agora denominado Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde – EACS). Conforme dados do Sistema de Informação da Atenção Básica, tais áreas possuem uma porcentagem maior de moradores com plano de saúde do que onde já existem Usafas: 27% contra 11%. Atualmente, as multiclínicas Guilhermina, Ocian, Caiçara e Aviação já contam com EACS.
Para a também coordenadora do ESF em Praia Grande, Hilda Maria Jaguary Dias, a Saúde da Família não serve somente para quem não possui plano de saúde. “As Usafas desenvolvem atividades de promoção de vacinação, de prevenção à gripe entre idosos e contra mordedura de cães, dentre outras ações importantes para toda a população.”
Prontuários – A implantação do ESF exige a transformação dos prontuários individuais do EACS em familiares. Tal migração é a principal tarefa da nova supervisora da unidade, Creuza de Souza Smith, em parceria com a equipe de trabalho.
“Estimo que 80% dos usuários estão na terceira idade. Geralmente, as Usafas e multiclínicas contam com razoável número de crianças. Mas isso não ocorre aqui”, afirma Creuza, que participou da implantação da Usafa Tude Bastos, onde permaneceu até ser transferida para o Canto do Forte. Ela também já supervisionou a multiclínica Boqueirão.
Instalação – O Ministério da Saúde disponibiliza para as administrações municipais R$ 20 mil por equipe do ESF. O recurso deve ser usado exclusivamente na compra de equipamentos. A nova sede da Usafa, na Avenida Rio Branco, entre as ruas Amazonas e Espírito Santo, será entregue à comunidade ainda este ano.
Diferentemente de outras Usafas, a unidade terá área de espera externa ajardinada e com bancos, jardim interno junto à recepção de 75 lugares e estacionamento com bicicletário anexo, além de consultórios, almoxarifado, depósito e sanitários.
Demanda – A transição de multiclínica para Usafa no Canto do Forte incorporou à rede de atenção básica em Praia Grande mais um médico generalista para atuar por oito horas diárias. Com isso, os dois clínicos-gerais, o ginecologista-obstetra e o pediatra que atuavam por quatro horas diárias na unidade foram deslocados para os bairros do Boqueirão, Aviação, Tupi e Caiçara, aperfeiçoando o atendimento à população dessas localidades.
Atualmente, 62,61% da população de Praia Grande é acompanhada pelo ESF. Outros 15,46% contam com o EACS.
Desde 1998 o Governo Federal trata como prioridade a implantação do Saúde da Família. “Praia Grande saiu na frente nesse processo. Poucos municípios com mais de 100 mil habitantes conseguiram essa transformação de modelo”, explica o secretário de Saúde Pública, Eduardo Dall´Acqua.
“A consolidação do ESF exige não só a mudança de postura dos profissionais, mas também da comunidade. As pessoas geralmente procuram o serviço de urgência e emergência nos prontos-socorros, deixando de lado a prevenção e as consultas de rotina hoje oferecidas nas Usafas”, afirma o secretário.