Último trecho da Via Expressa Sul será entregue dia 15 de fevereiro
Complexo exigiu investimento de R$ 75 milhões
Por João Carlos Miranda | 24/1/2007
Ela já é preferência e referência para motoristas e moradores. Transformou e facilitou o trânsito entre os bairros da Cidade e o acesso ao Litoral Sul. É única na região com suas características e, a partir do dia 15 de fevereiro, às 18 horas, estará com a terceira etapa totalmente liberada para o tráfego. É a Via Expressa Sul de Praia Grande e da Região Metropolitana da Baixada Santista, que terá seu último trecho (Bairro Mirim), inaugurado pelo prefeito Alberto Mourão. A solenidade acontece na altura do Viaduto Jandira Torres, que dá acesso ao Paço Municipal.
“Além do trecho Mirim, também foi construída nova alça de acesso da Avenida Ministro Marcos Freire para a Via Expressa, na altura do Bairro Guilhermina, adequando a estrutura às mudanças viárias realizadas pela Secretaria de Trânsito e Transportes (Setransp), na área. Também estamos finalizando alguns serviços e recapeando alguns trechos da via, onde o trânsito intenso causou algum tipo de dano ao asfalto”, detalhou o secretário de Obras Públicas, Luiz Fernando Lopes.
Com o fim das obras, Praia Grande encerra, definitivamente, a história do Acesso 291 da SP-55. A imagem da antiga estrada, marcada pelo excesso de lombadas, acidentes e mortes, desaparece sob as modernas pistas duplicadas da Expressa Sul. A inauguração deste trecho da última etapa marca a conclusão do Sistema Viário Xixová, que inclui as rotatórias e a Avenida Ayrton Senna da Silva, entre outras obras. Trata-se de um dos maiores investimentos em sistema viário na região dos últimos anos: R$ 75 milhões.
“Só nesta terceira etapa da Via Expressa, que totaliza 3,2 quilômetros, foram investidos R$ 28 milhões, sendo 90% destes recursos do Município. Além da duplicação, a Prefeitura construiu mais dois viadutos para pedestres e veículos, que receberam os nomes de Jandira Torres e Oswaldo S. Massei (emancipadores da Cidade) e dotou as marginais de ciclovias e paisagismo”, explicou Lopes.
Mirim - O trecho de 1.100 metros no Bairro Mirim fica entre a Curva do S, na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, e o antigo trevo do bairro. Para se ter uma idéia dos trabalhos realizados, ao longo do trecho e principalmente entre as duas passagens, com 95 metros de extensão , foram lançados 45 mil metros cúbicos de aterro.
Segundo explicou o secretário de Obras, o volume utilizado corresponde a cerca de três mil viagens de caminhão tipo trucado (com capacidade para transportar, no máximo, 15 m³). Para a contenção dos taludes foram construídos muros de 2,4 metros de altura nas duas margens.
O viaduto tem duas passagens para veículos com até 4,5 metros de altura, o que permite o tráfego de ônibus, e 9 metros de largura (passeio de 3,5 metros e pista com 5,5 metros), na altura das ruas José Borges Neto (Viaduto Jandira Torres) e Valter José Alves (Viaduto Oswaldo S. Massei). Há também passagem para pedestres na altura da Rua Rosa Marly de Souza com 4 metros de largura e 2,5 metros de altura, permitindo a travessia segura entre os bairros Mirim e Quietude.
Complementam a obra duas alças de acesso na altura das ruas Padre Manuel da Nóbrega (ligação com a Avenida Roberto de Almeida Vinhas) e Avenida Júlio Prestes de Albuquerque (acesso à Avenida Ministro Marcos Freire).
“Finalizamos também a ciclovia. Restavam apenas pequenos trechos, com cerca de 5 metros cada um, localizados junto aos ramos de acesso à Avenida Roberto de Almeida Vinhas e Ministro Marcos Freire, já devidamente executados”, informou Lopes.
Histórico - O Acesso 291 era a estrada de 10 quilômetros que ligava a cabeceira da Ponte do Mar Pequeno, no início da Rodovia dos Imigrantes, à Curva do S - entroncamento das rodovias Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) e Pedro Taques.
O trecho entre a entrada de Praia Grande até a ponte denomina-se Avenida Ayrton Senna da Silva. Todo o complexo viário, da Curva do S até o Mar Pequeno, leva o nome de Xixová e recebeu as primeiras intervenções da Prefeitura a partir de 1993.
Com a Via Expressa Sul, o Complexo Viário Xixová exigiu o investimento de R$ 75 milhões desde 93, dos quais apenas R$ 10 milhões, o equivalente a 13,3%, vieram do Estado, por meio do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estâncias (Dade).
Em seu primeiro mandato (1993-96), o prefeito Alberto Mourão conseguiu que a administração do Acesso 291 passasse do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para a Prefeitura. “Já tínhamos em mente o projeto de duplicação”, lembra o prefeito. A partir do momento que a via passou a ser administrada pela Prefeitura, começou a receber uma série de serviços que melhoraram suas condições. A manutenção do DER era muito precária”.
Com a nova via acaba a triste história do Acesso 291, feita de vários capítulos de acidentes e atropelamentos. Por ano, morriam pelo menos 20 pessoas, vítimas dos cerca de 400 acidentes ocorridos anualmente, de acordo com dados da Polícia Rodoviária.
A construção de 21 passagens sob a pista, de ciclovia nas duas margens, alças de acesso e a duplicação colaboraram para a queda vertiginosa dessa estatística. “Esse é o principal objetivo da obra, que praticamente zerou as ocorrências”, frisou Mourão.
Com 20 quilômetros de extensão, sinalização adequada e paisagismo, a ciclovia acompanha as duas avenidas marginais. A via tem intenso movimento de ciclistas, que também eram vítimas de acidentes, alguns fatais, daí a importância da faixa exclusiva para as duas rodas.
A duplicação do antigo Acesso 291 implicou na retirada das lombadas, alvo de queixas dos motoristas, mas necessárias até então para diminuir os riscos de acidente. Com a retirada, a velocidade permitida passou a ser própria de vias expressas, o que facilita a fluidez do trânsito. Os trevos foram eliminados e o acesso da pista para os bairros se deu por meio de alças e retornos, dentro do chamado “padrão DER” ou “pingos”, como os existentes na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no trecho de Praia Grande a Peruíbe.
Imigrantes - Além de modernizar o sistema viário de Praia Grande, a Via Expressa Sul foi uma das raras iniciativas concretas de uma prefeitura da Região Metropolitana para se adequar à realidade da duplicação da Imigrantes, com recursos próprios.
Transformado em free way, o acesso tem importante caráter regional. A drenagem de 20 quilômetros de canais que margeiam a Via Expressa também trouxe reflexos positivos para a periferia. Houve a redução de alagamentos e enchentes.
Empregos - A construção da Via Expressa Sul representou uma nova revolução em Praia Grande, como a ocorrida na Administração 93-96, quando a Cidade ganhou nova imagem, não apenas com a urbanização da orla, mas também com as mudanças no sistema viário. As obras causaram grande impacto no desenvolvimento local. E os reflexos dessa nova obra estão sendo sentidos na economia local.
A interferência urbanística que o Governo Municipal vem fazendo desde 1994 no Acesso 291 já provocou aumento de 1000% no número de estabelecimentos comerciais ao longo de seus dois corredores marginais.
Desde o asfaltamento das avenidas Ministro Marcos Freire e Roberto Almeida Vinhas (marginais à Via Expressa), passando pela construção das rotatórias e do viaduto na entrada da Cidade, foram registradas cerca de 300 novas empresas na área. Uma evolução considerável, se levado em conta que, de 1974 a 1993, havia a média de 28 empresas, de acordo com os arquivos da Secretaria de Finanças. Com a conclusão da Via Expressa Sul, os negócios devem crescer ainda mais.
Integração - A Via Expressa Sul representa também a integração entre os bairros, áreas antigamente denominadas de Primeira e Segunda Zonas Residenciais (núcleos situados entre a pista e a praia) com a Terceira Zona, periferia. Com a construção das passagens de pedestres e de veículos, a Cidade está unida, com fácil acesso. Além disso, houve a valorização dos imóveis em todos os setores.
“Além do trecho Mirim, também foi construída nova alça de acesso da Avenida Ministro Marcos Freire para a Via Expressa, na altura do Bairro Guilhermina, adequando a estrutura às mudanças viárias realizadas pela Secretaria de Trânsito e Transportes (Setransp), na área. Também estamos finalizando alguns serviços e recapeando alguns trechos da via, onde o trânsito intenso causou algum tipo de dano ao asfalto”, detalhou o secretário de Obras Públicas, Luiz Fernando Lopes.
Com o fim das obras, Praia Grande encerra, definitivamente, a história do Acesso 291 da SP-55. A imagem da antiga estrada, marcada pelo excesso de lombadas, acidentes e mortes, desaparece sob as modernas pistas duplicadas da Expressa Sul. A inauguração deste trecho da última etapa marca a conclusão do Sistema Viário Xixová, que inclui as rotatórias e a Avenida Ayrton Senna da Silva, entre outras obras. Trata-se de um dos maiores investimentos em sistema viário na região dos últimos anos: R$ 75 milhões.
“Só nesta terceira etapa da Via Expressa, que totaliza 3,2 quilômetros, foram investidos R$ 28 milhões, sendo 90% destes recursos do Município. Além da duplicação, a Prefeitura construiu mais dois viadutos para pedestres e veículos, que receberam os nomes de Jandira Torres e Oswaldo S. Massei (emancipadores da Cidade) e dotou as marginais de ciclovias e paisagismo”, explicou Lopes.
Mirim - O trecho de 1.100 metros no Bairro Mirim fica entre a Curva do S, na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, e o antigo trevo do bairro. Para se ter uma idéia dos trabalhos realizados, ao longo do trecho e principalmente entre as duas passagens, com 95 metros de extensão , foram lançados 45 mil metros cúbicos de aterro.
Segundo explicou o secretário de Obras, o volume utilizado corresponde a cerca de três mil viagens de caminhão tipo trucado (com capacidade para transportar, no máximo, 15 m³). Para a contenção dos taludes foram construídos muros de 2,4 metros de altura nas duas margens.
O viaduto tem duas passagens para veículos com até 4,5 metros de altura, o que permite o tráfego de ônibus, e 9 metros de largura (passeio de 3,5 metros e pista com 5,5 metros), na altura das ruas José Borges Neto (Viaduto Jandira Torres) e Valter José Alves (Viaduto Oswaldo S. Massei). Há também passagem para pedestres na altura da Rua Rosa Marly de Souza com 4 metros de largura e 2,5 metros de altura, permitindo a travessia segura entre os bairros Mirim e Quietude.
Complementam a obra duas alças de acesso na altura das ruas Padre Manuel da Nóbrega (ligação com a Avenida Roberto de Almeida Vinhas) e Avenida Júlio Prestes de Albuquerque (acesso à Avenida Ministro Marcos Freire).
“Finalizamos também a ciclovia. Restavam apenas pequenos trechos, com cerca de 5 metros cada um, localizados junto aos ramos de acesso à Avenida Roberto de Almeida Vinhas e Ministro Marcos Freire, já devidamente executados”, informou Lopes.
Histórico - O Acesso 291 era a estrada de 10 quilômetros que ligava a cabeceira da Ponte do Mar Pequeno, no início da Rodovia dos Imigrantes, à Curva do S - entroncamento das rodovias Padre Manoel da Nóbrega (SP-55) e Pedro Taques.
O trecho entre a entrada de Praia Grande até a ponte denomina-se Avenida Ayrton Senna da Silva. Todo o complexo viário, da Curva do S até o Mar Pequeno, leva o nome de Xixová e recebeu as primeiras intervenções da Prefeitura a partir de 1993.
Com a Via Expressa Sul, o Complexo Viário Xixová exigiu o investimento de R$ 75 milhões desde 93, dos quais apenas R$ 10 milhões, o equivalente a 13,3%, vieram do Estado, por meio do Departamento de Apoio e Desenvolvimento às Estâncias (Dade).
Em seu primeiro mandato (1993-96), o prefeito Alberto Mourão conseguiu que a administração do Acesso 291 passasse do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) para a Prefeitura. “Já tínhamos em mente o projeto de duplicação”, lembra o prefeito. A partir do momento que a via passou a ser administrada pela Prefeitura, começou a receber uma série de serviços que melhoraram suas condições. A manutenção do DER era muito precária”.
Com a nova via acaba a triste história do Acesso 291, feita de vários capítulos de acidentes e atropelamentos. Por ano, morriam pelo menos 20 pessoas, vítimas dos cerca de 400 acidentes ocorridos anualmente, de acordo com dados da Polícia Rodoviária.
A construção de 21 passagens sob a pista, de ciclovia nas duas margens, alças de acesso e a duplicação colaboraram para a queda vertiginosa dessa estatística. “Esse é o principal objetivo da obra, que praticamente zerou as ocorrências”, frisou Mourão.
Com 20 quilômetros de extensão, sinalização adequada e paisagismo, a ciclovia acompanha as duas avenidas marginais. A via tem intenso movimento de ciclistas, que também eram vítimas de acidentes, alguns fatais, daí a importância da faixa exclusiva para as duas rodas.
A duplicação do antigo Acesso 291 implicou na retirada das lombadas, alvo de queixas dos motoristas, mas necessárias até então para diminuir os riscos de acidente. Com a retirada, a velocidade permitida passou a ser própria de vias expressas, o que facilita a fluidez do trânsito. Os trevos foram eliminados e o acesso da pista para os bairros se deu por meio de alças e retornos, dentro do chamado “padrão DER” ou “pingos”, como os existentes na Rodovia Padre Manuel da Nóbrega, no trecho de Praia Grande a Peruíbe.
Imigrantes - Além de modernizar o sistema viário de Praia Grande, a Via Expressa Sul foi uma das raras iniciativas concretas de uma prefeitura da Região Metropolitana para se adequar à realidade da duplicação da Imigrantes, com recursos próprios.
Transformado em free way, o acesso tem importante caráter regional. A drenagem de 20 quilômetros de canais que margeiam a Via Expressa também trouxe reflexos positivos para a periferia. Houve a redução de alagamentos e enchentes.
Empregos - A construção da Via Expressa Sul representou uma nova revolução em Praia Grande, como a ocorrida na Administração 93-96, quando a Cidade ganhou nova imagem, não apenas com a urbanização da orla, mas também com as mudanças no sistema viário. As obras causaram grande impacto no desenvolvimento local. E os reflexos dessa nova obra estão sendo sentidos na economia local.
A interferência urbanística que o Governo Municipal vem fazendo desde 1994 no Acesso 291 já provocou aumento de 1000% no número de estabelecimentos comerciais ao longo de seus dois corredores marginais.
Desde o asfaltamento das avenidas Ministro Marcos Freire e Roberto Almeida Vinhas (marginais à Via Expressa), passando pela construção das rotatórias e do viaduto na entrada da Cidade, foram registradas cerca de 300 novas empresas na área. Uma evolução considerável, se levado em conta que, de 1974 a 1993, havia a média de 28 empresas, de acordo com os arquivos da Secretaria de Finanças. Com a conclusão da Via Expressa Sul, os negócios devem crescer ainda mais.
Integração - A Via Expressa Sul representa também a integração entre os bairros, áreas antigamente denominadas de Primeira e Segunda Zonas Residenciais (núcleos situados entre a pista e a praia) com a Terceira Zona, periferia. Com a construção das passagens de pedestres e de veículos, a Cidade está unida, com fácil acesso. Além disso, houve a valorização dos imóveis em todos os setores.
