Procon Praia Grande atende 70 pessoas por dia

Empresas de telefonia lideram o número de queixas

Por João Carlos Miranda | 19/3/2007

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O consumidor praiagrandense está mais consciente de seus direitos e tem procurado informações sobre empresas e prestadores de serviços antes de adquirir um produto ou contratar algum tipo de trabalho. A constatação é do coordenador do Procon de Praia Grande, Fernando Moreira e Silva. Ao completar 18 anos este mês, o setor atende cerca de 70 pessoas diariamente.

“Para o morador, a instalação e atuação do Procon no Município representa uma vitória. A credibilidade e respeito, conquistados junto ao consumidor e ao comércio nesses anos, são fruto de um trabalho sério, no qual procuramos conscientizar e fazer valer os direitos daquele que adquire um bem ou produto, descritos na Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor)”, disse Moreira e Silva.

Ele ressaltou a participação da Prefeitura para o sucesso da entidade em Praia Grande: “Só tenho a agradecer às autoridades. O prefeito Mourão sempre acreditou e apoiou o trabalho do Procon”. O coordenador destacou a parceria com a Prefeitura, o que possibilitou a instalação da entidade na Rua Jaú, 880, no Bairro Boqueirão.

O Procon busca a conciliação, mas cerca de 40% das reclamações são encaminhadas à Justiça. O telefone para informações e reclamações é 3473-6810.

Conscientização - O coordenador informou que as empresas campeãs de reclamação continuam sendo as de telefonia. Em Praia Grande, o segundo lugar fica com revendedoras de veículos, seguido de serviços bancários.

Segundo Moreira e Silva, seja qual for o motivo da reclamação, fundamentá-la é essencial. “O consumidor deve exigir nota fiscal no ato da compra de qualquer produto. No caso de serviços, deve fazer contrato constando, com detalhes, o que será feito. É essencial reconhecer a firma das partes, no contrato”.

Para a compra de veículos, além da nota fiscal, Moreira e Silva ressalta que é preciso verificar no Ciretran da Cidade se a documentação está regular. “Geralmente o comprador descobre tarde demais que o veículo está com problemas, como dois financiamentos, multas, falta de vistoria ou de determinado equipamento, ou ainda numeração do motor não condizente com a documentação”.

Já em relação aos serviços bancários, as principais reclamações partem de aposentados ou pensionistas que fazem empréstimos por telefone. “Em caso de dúvida não se deve dar informações, principalmente por telefone. Caso contrário, depois de fornecer os dados e ter liberado o empréstimo, fica difícil comprovar que o consumidor não queria fazê-lo”, alertou o coordenador.