Sesap inutiliza produtos clandestinos

Potes de palmito e suplementos alimentares foram apreendidos no comércio

Por Nádia Almeida | 17/7/2007

A Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) acaba de inutilizar produtos apreendidos em operações de fiscalização realizadas em estabelecimentos comerciais de Praia Grande desde o dia 20 de junho. Foram destruídos 121 vidros contendo três quilos de palmito cada e 60 vidros com 500 gramas. A divisão também procedeu a inutilização de mais de 60 frascos e de 70 pacotes de suplementos alimentares.

A informação é o responsável pelo setor, Luiz Carlos Marono. Tanto os palmitos quanto os suplementos registravam problemas de rotulagem, como falta de registro no Ministério da Saúde e datas de fabricação e validade, expressas de forma inadequada.

Segundo Marono, os palmitos foram encaminhados para análise físico-química no Instituto Adolfo Lutz, que apontou irregularidades. “Os produtos estavam em desacordo com a legislação em vigor”, afirmou.

Os processos das autuações serão encaminhados ao Ministério Público.

Conscientização – “É importante que os comerciantes da área alimentícia se conscientizem sobre a necessidade de só comprar produtos legalizados”, salienta a chefe do Departamento de Saúde Pública da Secretaria de Saúde (Sesap), Maria Cecília Gulo Cabrita Nogueira.

Marono recomenda cuidado aos comerciantes na hora de adquirir palmito, já que o alimento pode ter sido cultivado e preparado clandestinamente, apresentando contaminações e causando intoxicações, inclusive o temido botulismo, pela bactéria Clostridium botulinum. “Suspeite sempre que for barato demais”, adverte.

Marono alerta que antes de adquirir qualquer produto, sobretudo alimentar, o consumidor deve obter o máximo de informações sobre a sua procedência, como no caso dos suplementos. “Verifique se há o número do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) do fabricante e do distribuidor no rótulo. Os registros também podem ser pesquisados no site da Receita Federal. O produto também deve ter o aval do Ministério da Saúde”, adverte. “São formas de o consumidor se proteger e ter segurança naquilo que está adquirindo”.