Profissionais da rede são capacitados sobre abordagem sindrômica de DSTs
Com base em fluxogramas, o método facilita a detecção de certas doenças
Por Nádia Almeida | 25/7/2007

Médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem que trabalham em unidades básicas de saúde de Praia Grande passam por capacitação sobre abordagem sindrômica de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) na sede da Secretaria de Saúde (Sesap). O trabalho começou na segunda-feira (23) e segue até amanhã (26), das 14 às 16 horas.
Convidado pelo Programa Municipal DST/Aids/Hepatites a orientar os profissionais da rede sobre sífilis congênita, o médico infectologista Marco Antonio Barbosa dos Reis trouxe a enfermeira Márcia Helena Rodrigues Mendes dos Santos, da Unidade Complexa Hospital-Dia Willian Rocha, do Guarujá, para discorrer sobre esse segundo tema. “A abordagem sindrômica utiliza fluxogramas para facilitar o diagnóstico e tratamento das síndromes com o objetivo de cortar a cadeia de transmissão das DSTs, o que inclui os portadores e seus parceiros”, resume Márcia.
Divididos em turmas, os profissionais ouvem primeiramente explanação do médico sobre as DSTs. Com apoio de um projetor, Reis fala sobre as doenças (como gonorréia, HPV, sífilis e herpes), formas de contágio, diagnóstico e tratamento.
Reis ressalta que as DSTs começaram a receber maior atenção quando se começou a investir no combate à Aids. No atendimento público, o desafio é evitar a disseminação dessas doenças por meio do diagnóstico precoce e do tratamento rápido dos portadores, incluindo a detecção nos assintomáticos. “Para isso, o relacionamento do paciente com o médico ou com o enfermeiro precisa se pautar na confiança porque eles talvez sejam os primeiros a serem procurados”, explica. “É importante fazer o aconselhamento específico e orientar sobre a importância do uso de preservativo nas relações sexuais. Disponibilizar preservativos nas unidades é o básico”.
Em Praia Grande, a distribuição gratuita de “camisinhas” acontece nas unidades básicas (Usafas e multiclínicas) e no Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP). A rede disponibiliza ainda as chamadas “camisinhas femininas” no CTAP para mulheres interessadas em experimentar essa versão.
Um dos problemas no diagnóstico das DSTs, segundo ele, é que algumas doenças se apresentam em formas semelhantes, o que exige maior atenção no exame clínico e no relato do próprio paciente. “As características das lesões podem se confundir, bem como outros sinais e sintomas. O que parece ser apenas uma afta, por exemplo, pode ser uma DST”.
Acesso - Após intervalo para lanche, o trabalho recomeça com a abordagem sindrômica, a cargo da enfermeira Márcia.
Na capacitação, ela frisa a necessidade de alcançar populações prioritárias, como adolescentes, profissionais do sexo, travestis, homo e bissexuais. “Eles têm pouca acessibilidade aos serviços”, explica, destacando a importância do aconselhamento. “É preciso deixar o preconceito de lado no atendimento. Se não houver credibilidade, o paciente não volta mais”.
Outro aspecto é a busca pelo diagnóstico e tratamento dos assintomáticos e dos sintomáticos que não procuram a rede. “Há os que não costumam procurar os serviços de saúde. Preferem procurar curandeiros, amigos e farmácias, o que é muito perigoso”, ressalta a palestrante.
Quanto à abordagem sindrômica, Márcia expõe que esse método de “passo a passo” facilita a identificação de síndromes pré-estabelecidas (úlceras genitais; desconforto e dor pélvica; corrimento uretral e vaginal), com base em sinais e sintomas, indicando o tratamento para cada caso. “Como vantagens, estão a prevenção de seqüelas e complicações graves nos portadores, redução do risco de contágio e um manejo rápido dos casos”, cita, entre outras.
Sífilis – A capacitação sobre sífilis congênita teve o cronograma alterado em função do feriado do dia 9 de julho. Haverá apresentação de sugestões dos profissionais para que o Município consiga erradicar a doença até 2012, prazo nacional. Podendo causar aborto, má formações no feto e sérios problemas de saúde nos filhos de mães portadoras e não tratadas, a sífilis é considerada eliminada quando atinge menos de um caso para cada mil nascidos vivos.
Convidado pelo Programa Municipal DST/Aids/Hepatites a orientar os profissionais da rede sobre sífilis congênita, o médico infectologista Marco Antonio Barbosa dos Reis trouxe a enfermeira Márcia Helena Rodrigues Mendes dos Santos, da Unidade Complexa Hospital-Dia Willian Rocha, do Guarujá, para discorrer sobre esse segundo tema. “A abordagem sindrômica utiliza fluxogramas para facilitar o diagnóstico e tratamento das síndromes com o objetivo de cortar a cadeia de transmissão das DSTs, o que inclui os portadores e seus parceiros”, resume Márcia.
Divididos em turmas, os profissionais ouvem primeiramente explanação do médico sobre as DSTs. Com apoio de um projetor, Reis fala sobre as doenças (como gonorréia, HPV, sífilis e herpes), formas de contágio, diagnóstico e tratamento.
Reis ressalta que as DSTs começaram a receber maior atenção quando se começou a investir no combate à Aids. No atendimento público, o desafio é evitar a disseminação dessas doenças por meio do diagnóstico precoce e do tratamento rápido dos portadores, incluindo a detecção nos assintomáticos. “Para isso, o relacionamento do paciente com o médico ou com o enfermeiro precisa se pautar na confiança porque eles talvez sejam os primeiros a serem procurados”, explica. “É importante fazer o aconselhamento específico e orientar sobre a importância do uso de preservativo nas relações sexuais. Disponibilizar preservativos nas unidades é o básico”.
Em Praia Grande, a distribuição gratuita de “camisinhas” acontece nas unidades básicas (Usafas e multiclínicas) e no Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP). A rede disponibiliza ainda as chamadas “camisinhas femininas” no CTAP para mulheres interessadas em experimentar essa versão.
Um dos problemas no diagnóstico das DSTs, segundo ele, é que algumas doenças se apresentam em formas semelhantes, o que exige maior atenção no exame clínico e no relato do próprio paciente. “As características das lesões podem se confundir, bem como outros sinais e sintomas. O que parece ser apenas uma afta, por exemplo, pode ser uma DST”.
Acesso - Após intervalo para lanche, o trabalho recomeça com a abordagem sindrômica, a cargo da enfermeira Márcia.
Na capacitação, ela frisa a necessidade de alcançar populações prioritárias, como adolescentes, profissionais do sexo, travestis, homo e bissexuais. “Eles têm pouca acessibilidade aos serviços”, explica, destacando a importância do aconselhamento. “É preciso deixar o preconceito de lado no atendimento. Se não houver credibilidade, o paciente não volta mais”.
Outro aspecto é a busca pelo diagnóstico e tratamento dos assintomáticos e dos sintomáticos que não procuram a rede. “Há os que não costumam procurar os serviços de saúde. Preferem procurar curandeiros, amigos e farmácias, o que é muito perigoso”, ressalta a palestrante.
Quanto à abordagem sindrômica, Márcia expõe que esse método de “passo a passo” facilita a identificação de síndromes pré-estabelecidas (úlceras genitais; desconforto e dor pélvica; corrimento uretral e vaginal), com base em sinais e sintomas, indicando o tratamento para cada caso. “Como vantagens, estão a prevenção de seqüelas e complicações graves nos portadores, redução do risco de contágio e um manejo rápido dos casos”, cita, entre outras.
Sífilis – A capacitação sobre sífilis congênita teve o cronograma alterado em função do feriado do dia 9 de julho. Haverá apresentação de sugestões dos profissionais para que o Município consiga erradicar a doença até 2012, prazo nacional. Podendo causar aborto, má formações no feto e sérios problemas de saúde nos filhos de mães portadoras e não tratadas, a sífilis é considerada eliminada quando atinge menos de um caso para cada mil nascidos vivos.