PIC tem palestra sobre aleitamento materno
Evento, na Vila Sônia, encerra a Semana Mundial de Aleitamento
Por Nádia Almeida | 6/8/2007

Nesta quarta-feira (8), às 9 horas, a Unidade de Saúde da Família (Usafa) Vila Sônia promove palestra com a médica Valéria Amaral sobre aleitamento materno. O evento, destinado a mães e gestantes, acontece no Programa de Integração e Cidadania (PIC), na Rua G, s/nº. O evento coincide com o encerramento das atividades alusivas à Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1º a 7 de agosto.
Com o tema “Amamentação na Primeira Hora, Proteção sem Demora”, a campanha nacional que traz o casal Thiago Lacerda e Vanessa Lóes com o filho recém-nascido, visa sensibilizar as mães sobre a importância de oferecer o seio ao bebê logo após o nascimento. Este ato ajuda a aumentar a quantidade de leite fabricado pelo organismo e melhora o vínculo entre ambos, entre outras vantagens.
Em Minas Gerais, pesquisa publicada recentemente revelou que bebês que demoram seis horas ou mais para começar a mamar no seio materno têm duas vezes mais chances de sofrer desmame precoce. Entre outros fatores que atrapalham o aleitamento, detectados no trabalho, estão o uso de chupeta, realização de menos de cinco consultas médicas durante o pré-natal e o fumo e consumo de bebida alcoólica pelas mães.
A pediatra Simíldeci Fozatto Ramalho, coordenadora de Programas da Secretaria de Saúde (Sesap), explica que em Praia Grande as gestantes recebem orientações preliminares nas unidades básicas durante as pré-consultas. No hospital, após o parto, as enfermeiras continuam estimulando o aleitamento. E em casa, os agentes comunitários fazem visitas e são treinados para falar sobre os benefícios dessa prática. “O médico fala nas consultas, todos insistem no mesmo assunto e tiram as dúvidas e angústias da mãe”, declara.
Proteção - Estima-se que 1 milhão de mortes de recém-nascidos em todo mundo poderiam ser evitadas se todas as mulheres iniciassem a amamentação na primeira hora do nascimento. “É uma proteção maior que a criança recebe”, frisa a médica. “Às vezes, a mulher está cansada, fez muita força ou está saindo do centro cirúrgico após cesárea. No berçário, às vezes o bebê chora, e começam a dar mamadeira. Isso atrapalha todo o aleitamento.”
Não existe leite materno fraco. De acordo com Simíldeci, a composição varia no começo, meio e final da mamada. No começo sai um leite claro, rico em água e proteína. Depois vai engrossando aos poucos até ficar mais rico em gordura.
Orientada sobre isso, a mãe pode resistir a conselhos que se baseiam em mitos. “Sempre tem aquela tia ou avó que quer dar mamadeira”, menciona. “Recomendamos que, com o leite materno, não precisa dar nada, nem água. A criança não deve se acostumar com outro bico porque no artificial o leite sai muito mais fácil do que no da mãe. A criança suga menos e se torna preguiçosa.”
O primeiro leite é chamado de colostro, do nascimento até a primeira semana de vida do bebê. Sua aparência quase transparente engana: é o mais nutritivo. Segundo a médica, existem praticamente três tipos de leite: além do colostro, há o intermediário e o maduro, só produzido 15 dias após o nascimento. Cada leite pode ter ainda uma coloração diferente, de acordo com a alimentação da mãe, que pode variar em tons azul claro, amarelo claro ou forte, branco transparente e até esverdeado.
“Tem aquele leite de reserva, em que a mãe sente o peito cheio, dolorido, quente, latejando. E tem o leite que é fabricado conforme a criança vai sugando”, salienta. “Mesmo que a mãe sinta que o peito está vazio, ela precisa dar de mamar porque o sugar da criança estimula a produção.”
Apoio - A pediatra salienta ainda que é importante que os familiares ajudem a mãe nesta fase, principalmente o marido. “Quando nasce o bebê, a mãe acha que vai continuar fazendo tudo o que fazia antes, além de cuidar do bebê e amamentar; mas não dá, ninguém é de ferro. Ela tem de abrir mão de algumas coisas para que possa se dedicar mais ao bebê”, frisa. “Cansaço, estresse emocional e esgotamento físico fazem diminuir o leite.”
Todos os esforços garantirão saúde à criança. “São só seis meses numa vida inteira. É um tempo de ouro”, ressalta. “Logicamente, se a mãe puder esticar até um ano, melhor. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza até dois anos de idade, mas os seis primeiros meses são fundamentais.”
Tramita no Senado projeto de lei que aumentaria de quatro para seis meses o período de licença-maternidade. O objetivo é garantir que o bebê receba leite materno como alimento exclusivo durante o prazo mínimo ideal. Embora a mãe possa retirar e armazenar seu leite para ser dado ao filho na sua ausência, a volta ao trabalho pode comprometer a freqüência das mamadas e estimular a introdução de novos alimentos antes do tempo.
São muitas as vantagens do leite materno em comparação ao industrializado, que pode até provocar alergia e obesidade. Além da parte nutricional, o leite funciona como uma espécie de vacina. “A criança que mama no peito não fica doente porque todos os anticorpos da mãe são passados para a criança no que a gente chama de memória imunológica”, completa.
Com o tema “Amamentação na Primeira Hora, Proteção sem Demora”, a campanha nacional que traz o casal Thiago Lacerda e Vanessa Lóes com o filho recém-nascido, visa sensibilizar as mães sobre a importância de oferecer o seio ao bebê logo após o nascimento. Este ato ajuda a aumentar a quantidade de leite fabricado pelo organismo e melhora o vínculo entre ambos, entre outras vantagens.
Em Minas Gerais, pesquisa publicada recentemente revelou que bebês que demoram seis horas ou mais para começar a mamar no seio materno têm duas vezes mais chances de sofrer desmame precoce. Entre outros fatores que atrapalham o aleitamento, detectados no trabalho, estão o uso de chupeta, realização de menos de cinco consultas médicas durante o pré-natal e o fumo e consumo de bebida alcoólica pelas mães.
A pediatra Simíldeci Fozatto Ramalho, coordenadora de Programas da Secretaria de Saúde (Sesap), explica que em Praia Grande as gestantes recebem orientações preliminares nas unidades básicas durante as pré-consultas. No hospital, após o parto, as enfermeiras continuam estimulando o aleitamento. E em casa, os agentes comunitários fazem visitas e são treinados para falar sobre os benefícios dessa prática. “O médico fala nas consultas, todos insistem no mesmo assunto e tiram as dúvidas e angústias da mãe”, declara.
Proteção - Estima-se que 1 milhão de mortes de recém-nascidos em todo mundo poderiam ser evitadas se todas as mulheres iniciassem a amamentação na primeira hora do nascimento. “É uma proteção maior que a criança recebe”, frisa a médica. “Às vezes, a mulher está cansada, fez muita força ou está saindo do centro cirúrgico após cesárea. No berçário, às vezes o bebê chora, e começam a dar mamadeira. Isso atrapalha todo o aleitamento.”
Não existe leite materno fraco. De acordo com Simíldeci, a composição varia no começo, meio e final da mamada. No começo sai um leite claro, rico em água e proteína. Depois vai engrossando aos poucos até ficar mais rico em gordura.
Orientada sobre isso, a mãe pode resistir a conselhos que se baseiam em mitos. “Sempre tem aquela tia ou avó que quer dar mamadeira”, menciona. “Recomendamos que, com o leite materno, não precisa dar nada, nem água. A criança não deve se acostumar com outro bico porque no artificial o leite sai muito mais fácil do que no da mãe. A criança suga menos e se torna preguiçosa.”
O primeiro leite é chamado de colostro, do nascimento até a primeira semana de vida do bebê. Sua aparência quase transparente engana: é o mais nutritivo. Segundo a médica, existem praticamente três tipos de leite: além do colostro, há o intermediário e o maduro, só produzido 15 dias após o nascimento. Cada leite pode ter ainda uma coloração diferente, de acordo com a alimentação da mãe, que pode variar em tons azul claro, amarelo claro ou forte, branco transparente e até esverdeado.
“Tem aquele leite de reserva, em que a mãe sente o peito cheio, dolorido, quente, latejando. E tem o leite que é fabricado conforme a criança vai sugando”, salienta. “Mesmo que a mãe sinta que o peito está vazio, ela precisa dar de mamar porque o sugar da criança estimula a produção.”
Apoio - A pediatra salienta ainda que é importante que os familiares ajudem a mãe nesta fase, principalmente o marido. “Quando nasce o bebê, a mãe acha que vai continuar fazendo tudo o que fazia antes, além de cuidar do bebê e amamentar; mas não dá, ninguém é de ferro. Ela tem de abrir mão de algumas coisas para que possa se dedicar mais ao bebê”, frisa. “Cansaço, estresse emocional e esgotamento físico fazem diminuir o leite.”
Todos os esforços garantirão saúde à criança. “São só seis meses numa vida inteira. É um tempo de ouro”, ressalta. “Logicamente, se a mãe puder esticar até um ano, melhor. A Organização Mundial de Saúde (OMS) preconiza até dois anos de idade, mas os seis primeiros meses são fundamentais.”
Tramita no Senado projeto de lei que aumentaria de quatro para seis meses o período de licença-maternidade. O objetivo é garantir que o bebê receba leite materno como alimento exclusivo durante o prazo mínimo ideal. Embora a mãe possa retirar e armazenar seu leite para ser dado ao filho na sua ausência, a volta ao trabalho pode comprometer a freqüência das mamadas e estimular a introdução de novos alimentos antes do tempo.
São muitas as vantagens do leite materno em comparação ao industrializado, que pode até provocar alergia e obesidade. Além da parte nutricional, o leite funciona como uma espécie de vacina. “A criança que mama no peito não fica doente porque todos os anticorpos da mãe são passados para a criança no que a gente chama de memória imunológica”, completa.